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jugular

Ricos e pobres, direita e esquerda

Temos ouvido muito nos últimos dias o argumento de que direita e esquerda não se distinguem muito quanto à sua capacidade real para reduzir as desigualdades entre os cidadãos. Não conheço em Portugal nenhum estudo rigoroso sobre o assunto, mas, nos EUA, Dani Rodrik resume assim as esmagadoras conclusões das investigações de Larry Bartel:
When a Republican president is in power, people at the top of the income distribution experience much larger real income gains than those at the bottom--a difference of 1.5 percent per year going from the bottom to the top quintile in the income distribution. The situation is reversed when a Democrat is in power: those who benefit the most are the lower income groups. If you are in the bottom quintile, the difference between having a Democratic or a Republican president in office is an income gain (or loss) of more than 2 percent per year!

Europeus e não só

Certas observações ao meu post "Europeus de segunda" pressupõem que, para um sujeito ser europeu, tem que deixar de ser português ou algarvio.

Ora, eu não acredito numa identidade europeia assente na negação das identidades nacionais e regionais. Direi mesmo que tentar ir por aí é uma receita segura para minar os alicerces do projecto europeu.

Nada impede - e muita coisa recomenda - que as múltiplas lealdades dos cidadãos europeus sejam respeitadas e acarinhadas. Nós hoje em dia somos mesmo assim: pessoas multi-dimensionais que não se deixam encaixar em classificações simplistas e limitadoras.

Os inquéritos regularmente realizados pela União Europeia confirmam que os europeus de hoje se vêem desse modo.

Porque o prometido é devido, cá vai o segundo de cinco: «O fim de discriminação positiva às mulheres

(Texto de Jaime Roriz)

Sempre me pareceu que a discriminação retirava dignidade ao lado discriminado. Não só a discriminação é causa de injustiça, desigualdade e, de alguma forma, contrário à condição humana, como também é um logro pois prejudica tantos os discriminados como os discriminadores (se é que esta última palavra existe).

No caso da discriminação positiva a equação parece-me que se aplica da mesma forma. Ou seja é negativa quer para o “beneficiado” quer para quem “beneficia”. Isto se entendermos que a discriminação positiva é um benefício. A meu ver resulta num prejuízo para a sociedade em geral e para a fruição da própria diversidade.

Não sendo redutor, é na diversidade que encontramos o confronto que nos faz crescer como seres humanos. A discriminação positiva nasce com a finalidade de colocar no mesmo plano aqueles que, por fatalidade ou circunstância, se encontram em posição de inferioridade. Lamentavelmente é o caso dos deficientes motores, dos deficientes mentais e no geral dos restantes tipos de deficiências. Um deficiente motor necessita de acessos especiais para chegar com a mesma facilidade que as outras pessoas aos diversos locais. Nesse sentido, nós enquanto sociedade, fomos levados a concluir que seria necessário criar regras imperativas que dessem alguns benefícios a essas pessoas. Assim, os deficientes pagam menos impostos, têm prioridade na admissão a certos concursos públicos e algumas empresas têm, estatutariamente, o compromisso de admitir percentagens de deficientes nos seus quadros de pessoal permanente.

Enfim o referido acima parece-me uma lamentável circunstância a que a sociedade (o estado) se obriga voluntariamente para fazer face a um problema que era imperativo resolver. Mesmo assim ficámos muito aquém do que seria desejável. Tenho também muitas dúvidas sobe a eficácia real de todas essas medidas. Porém, estou fortemente convicto que é necessário fazer algo neste particular.

Daqui passamos para as medidas de discriminação positiva em função do género, da raça, e de todos os subgrupos em que a sociedade pretende dividir-se. Loiros, carecas, gordos, toxicoindependentes, juristas, e até (pasme-se!) grupos que se pretendem autonomizar em função do seu comportamento íntimo. Nada disto me parece correcto.

A legislação do trabalho faz discriminação positiva relativamente à condição feminina e não me parece bem. Faz também discriminação positiva relativamente à mulher grávida e já me parece bem. Cumpre-me aqui explicar a diferença (para que não se diga que me parece bem porque sim). A mulher trabalhadora não precisa de nenhuma discriminação positiva. Ela pode (e já o provou) concorrer em igualdade de circunstâncias em competência e capacidade de trabalho, quer em regime de turnos, quer em na própria dureza das condições de trabalho. Sendo portadora de menor massa muscular (e mesmo isso pode ser discutível) poderá haver razão para não estar adaptada a raríssimas profissões, porém está perfeitamente capaz de exercer todas as restantes. Já no que respeita à trabalhadora mãe a discriminação positiva apenas se compreende no que respeita ao período de amamentação dos filhos, não se compreendendo porque continuará a haver essa discriminação fora dessa circunstância (essa sim inerente à condição feminina). No que respeita à trabalhadora grávida a discriminação positiva (não sendo a gravidez uma doença ou uma deficiência) entende-se dada a especial fragilidade durante esse período. Todos, sem excepção, estamos de acordo que a gravidez deve ter uma especial protecção.

Encontrei na internet o testemunho de uma jovem do 10º ano cuja leitura aconselho vivamente. Pode ser lido em http://aartedepensar.com/ppt/discrpositiva2.pdf e o interessante é precisamente ter sido escrito por uma adolescente do sexo feminino. Ela defende a dignidade de quem parece estar em posição, à partida inferior, mas não está.

Na Suécia o sistema de quotas imperou, porém em virtude do sistema educativo sueco enfermar do mesmo mal que o português, só que com 30 anos de avanço, as mulheres são as professoras, logo as alunas têm mais sucesso, daí que as licenciadas são em número superior, logo têm, naturalmente, mais cargos de direcção e mais cargos no governo. Hoje o governo sueco tem mais mulheres do que homens e pensa-se em criar o sistema de quotas para que o governo tenha um número equilibrado de homens e de mulheres. Curiosidade; o governo (ministros e secretários de estado) sueco tem 21% de licenciados, a Suécia tem 21 % de licenciados; o governo português tem 100% de licenciados, Portugal tem 8% de licenciados.

Puro deleite

A verdadeiro liberal é na realidade um esteta que se deleita com a beleza do Mercado e da Mão Invisível. Ou melhor, o liberal é um ser humano dividido em dois. Por um lado, participa no mercado como toda a gente—comprando, vendendo...enfim, fazendo aquilo que a ciência económica diz que as pessoas fazem. Por outro, é um Liberal e contempla a ordem verdeira do Ser em toda a sua harmonia. Há quem fale da especulação e das subidas de preços com preocupação e alarmismo; mas nada disso importa ao verdadeiro Liberal, pois a especulação é a virtude do homem enquanto investidor—ela não é mais do que a procura racional do lucro que antecipa um aumento de preços. E essa coisa do aumento de preços, é na realidade uma relação entre a oferta e a procura que reflecte a escassez de recursos; pode tornar a vida mais cara, mas é sobretudo uma oportunidade para exercitarmos a imaginação e a criatividade humanas. A racionalidade disto tudo vem nos livros, e o liberal já a conhece. Por isso, ele olha para a desorientação dos outros com a altivez dos sábios. Os liberais conseguiram aquilo que Platão julgava impossível: afinal o sol está na caverna. Basta saber olhar, e imitar o João Miranda.

pobre portugal

Um relatório sobre 25 Estados membros da UE refere Portugal como tendo, no período de 2000 a 2004, um dos mais baixos rendimentos per capita - com 960 mil pessoas a viver com menos de 10 euros por dia - e maior desigualdade na distribuição de riqueza; um estudo de Alfredo Bruto da Costa, reputado especialista na matéria, certifica que pouco ou nada se tem evoluído no combate à pobreza, calculando que 46% da população passaram por esse estado entre 1995 e 2000. Parece pois lícito concluir que a democracia portuguesa falhou dois dos seus objectivos essenciais: promover a coesão social e melhorar o nível de vida.

Sucede que, estudando o tal relatório europeu que tanto alarme - justamente - desencadeou, a situação se complexifica. Desde logo, este admite que é difícil comparar países só com base em indicadores quantitativos do rendimento de cada agregado, já que os mesmos 10 euros compram na Polónia o dobro do que na Dinamarca (os dois extremos da escala, na qual Portugal está em 11.º), evidenciando surpresas na caracterização qualitativa da pobreza. Assim, menos de 5% da população portuguesa não têm acesso a uma refeição "decente" (com carne, peixe ou equivalente) cada dois dias. O mesmo sucede na Bélgica, enquanto no Reino Unido, Alemanha, França e Itália a percentagem ultrapassa os 6%. Serão 5% os portugueses que não conseguem pagar as contas básicas - contra 6/7% de belgas, finlandeses e franceses, e 10% de italianos -, e menos de 20% os que afirmam não estar em condições de assumir uma despesa inesperada, uma percentagem só ao nível da sueca, já que todos os outros membros apresentam valores superiores. E são 17%, ao nível da Alemanha e da Finlândia (dois dos países com mais alto rendimento per capita), os agregados que não conseguem ter carro, TV a cores, telefone, ou máquina de lavar, ou têm contas em atraso ou não acedem à tal refeição cada dois dias. Dados europeus mais recentes acrescentam perplexidades: se Portugal tem, em 2006, uma taxa de pobreza (correspondendo ao número de agregados com cerca de 400 euros/mês/pessoa) de 18%, dois pontos acima da média da UE, está ao nível da Irlanda, três pontos abaixo da Grécia, dois pontos abaixo da Espanha e da Itália e um ponto abaixo do Reino Unido. Longe da Noruega, da Dinamarca, da Suécia e da Holanda (entre os 10 e os 13%), é certo. Mas sendo estes valores respeitantes aos rendimentos dos agregados após "prestações sociais" - ou seja, após pensões e subsídios -, há uma extraordinária constatação a fazer: antes dessas prestações, Portugal tem uma taxa de pobreza de 25%, igual à da França e inferior à da média da UE (26%), assim como da Irlanda (33%), da Noruega (30%) e da Finlândia e Suécia (29%). Por outro lado, se esta taxa desceu apenas dois pontos desde 1995, a outra desceu cinco pontos, de 23% para 18%, no mesmo período. Parece que a democracia, afinal, serve para alguma coisa - e que um país é tanto mais pobre quanto o quisermos pobre. Nada de novo, mas é sempre bom lembrar. (publicado hoje no dn. nota: o nível de pobreza referido nos dados citados refere-se a agregados com rendimento correspondente a menos de 60% do rendimento médio da ue. de acordo com as contas que fiz, isso corresponde a cerca de 400 euros por mês. a referência que faço a 400 euros/mês/pessoa pode portanto estar incorrecta, já que os meus dotes para o cálculo não são propriamente o meu maior orgulho. o relatório a que faço referência, de abril de 2008, é 'The Social Situation in the European Union 2007 Social Cohesion through Equal Opportunities', um documento de 199 páginas; os dados a que me refiro no parágrafo final podem ser encontrados em dois quadros, 'At-risk-of-poverty rate before social transfers - total', e 'At-risk-of-poverty rate after social transfers - total' -- em http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page?_pageid=1996,45323734&_dad=portal&_schema=PORTAL&screen=welcomeref&open=/&product=STRIND_SOCOHE&depth=2)

Produzir e repartir

Logo a seguir ao 25 de Abril, para contrariar as reivindicações salariais, o PPD argumentava que era preciso produzir-se mais primeiro para depois se poder distribuir.

Passados mais de 34 anos, o nosso produto per capita mais do que duplicou em termos reais, mas o momento da distribuição parece não ter ainda chegado.

Pobreza é pobreza, desigualdade é desigualdade.

Levar a sério o desporto

A propósito das questões levantadas no meu artigo desta semana no Jornal de Negócios, faz sentido recordar o que escreveu David Goldblatt em Dezembro de 2007 na Prospect inglesa:

In sport, as in so many other areas, we seem to have accepted the triumph of private capital and global markets as irreversible. The private ownership of British football clubs, often by foreign billionaires, may appear to be a fait accompli, but it remains a flawed model. After all, what is a club? Stadiums, players, coaches and directors can and do change, and yet Arsenal is still Arsenal. What gives Arsenal continuity is the accumulated social capital amassed by generations who have attached significance to the narratives generated by the team's performances. This network of memories, meanings, identities and rituals constitute a precious form of value which cannot be owned by anyone and should not have its fortunes exclusively linked to the vagaries of private capital—just ask people in Brooklyn how they feel about the Dodgers' flight to Los Angeles in 1958.

At least in the US, private ownership of franchises is coupled with the regulatory mechanisms of the major leagues—salary caps, revenue-sharing agreements and a player draft system that favours the weak. British football has fewer of these safeguards and, as a result, both the English and Scottish premier leagues are among the most unequal and therefore predictable in the world; the same small group of teams that can afford to pay the ever-rising wage bill win every year. (The Premier League does redistribute about £128m a year to the lower divisions, but this is a tiny proportion of its £2.2bn television deal.) Meanwhile, ticket prices soar—an average Premier League ticket costs around £30—and many ordinary fans are priced out; witness the empty seats at clubs like Bolton and Middlesbrough. Even the US supreme court, hardly a bastion of social democracy, has recognised that sport cannot be regulated as a normal economic sector.

Michel Platini's Uefa and the EU have sought to address some of these problems with proposals for salary restrictions, limits on foreign players, spreading Champions League money more evenly and enshrining sport's distinct status in EU legalisation. But we also need to re-examine the whole question of ownership in sport. We should consider placing stricter limits on private investment in clubs (as in France and Germany) or making it easier to experiment with other forms of ownership, such as the fan-owned model in Spain, where senior club officials are elected. Terrified of appearing too influenced by a European initiative, the British government has been dismissive of the Platini plan, yet it shares many of the same concerns. It has, for example, been promoting supporters' trusts to give the ordinary fan a voice in the boardroom of clubs both big and small. It has also been backing innovative study centres at professional football clubs, with the clubs providing the space and glamour—but not the teaching—to help engage the hardest to reach children.

We need to balance private capital's opportunity to make profits from football with its duties of care. The argument begins with the link between professional sport and the wider sporting culture of society—pub teams, school sports, youth leagues, participating, watching, following and talking. Without this sub-stratum, sport at the highest level would be impossible. All professional sports organisations should bear considerable responsibility for their bases.

Musicando a actualidade noticiosa

Lê-se no Público de hoje (p.16) - a propósito do livro escrito por Scott McClellan, ex-porta-voz da Casa Branca, a ser lançado nos próximos dias - ,«O Presidente dos Estados Unidos terá uma notável capacidade para se "auto-convencer e acreditar no que lhe der mais jeito para servir as suas necessidades no momento". Já os principais conselheiros e dirigentes que o rodeiam gozam de uma extraordinária capacidade para lhe fornecer essas explicações, considera o antigo porta-voz.». Há melhor sonorização de tais afirmações que o refrão desta canção?:

Europeus de segunda

Os êxitos europeus do Benfica nos longínquos anos 60 fizeram os portugueses sentir pela primeira vez que não só eram parte da Europa, como até poderiam esperar vir a ter nela um papel de algum relevo.

Durante três décadas da Taça dos Campeões, qualquer equipa com talento podia aspirar ser a melhor da Europa, de modo que não só as mais poderosas nações, mas também os portugueses, os holandeses, os escoceses, os romenos e os jugoslavos puderam nalgum momento vencer, sem falar que também gregos, belgas e suecos atingiram a final da competição. Esqueceu-se hoje a importância que o futebol teve no desenvolvimento de uma consciência europeia.

Mais ou menos na mesma altura em que o Tratado de Maastricht entrou em vigor, as regras do futebol europeu foram alteradas, reduzindo drasticamente as chances dos clubes não originários dos países mais poderosos da União. Desde então, apenas FC Porto e Ajax chegaram à final.

Clubes que nunca foram campeões nos seus países são admitidos na competição, ao mesmo tempo que muitos campeões nacionais são deixados à porta. Uma maioria de europeus assiste de fora, pagando para ver os outros jogar. De ano para ano restringe-se o núcleo dos candidatos à vitória. Franceses e alemães já não conseguem chegar às meias-finais, e, nos últimos dois anos, três dos semi-finalistas foram ingleses. Pior, a crescente concentração do poder económico favorecida pelas competições europeias cava também ao nível nacional um fosso entre os da frente e os restantes. Nalguns países, emergem campeões crónicos; noutros, as ligas são, na prática, disputadas entre apenas dois clubes.

Como existe uma elevada correlação entre as despesas dos clubes com jogadores e o seu sucesso desportivo, é grande a tentação de gastar acima das posses. Chegámos assim ao ponto em que o prejuízo anual do Chelsea é superior às receitas somadas de todos os clubes portugueses de todos os escalões. Todavia, não existe qualquer correlação entre sucesso desportivo e sucesso financeiro, o que explica a insolvência de um número crescente de clubes. Farense, Salgueiros e Boavista não são excepções na Europa do futebol: são, cada vez mais, a regra num sistema que caminha a passos largos para a ruína.

Algumas soluções aventadas para resolver os problemas financeiros dos grandes clubes institucionalizam a distinção entre europeus de primeira e europeus de segunda. A saúde financeira do futebol de topo pode ser assegurada pela criação de uma Super Liga reservada aos principais clubes dos maiores países, em que eventualmente entrará um clube português (mas só um, notem bem!). Quem achar que o futebol é um entretenimento semelhante ao circo, poderá gostar deste modelo em que os párias se orgulham por verem os Nanis, os Robens ou os Ibrahimovics a jogar nos clubes da casta superior europeia.

Mas isso é esquecer que o envolvimento popular com o futebol vai muito para além do mero espectáculo. Participação, pertença, identidade, rituais, experiências partilhadas, memória colectiva – eis o que o futebol significa para os povos europeus. É degradante imaginar-se sequer que um portista se resigne a torcer pelo Chelsea só porque lá jogam ex-futebolistas do seu clube.

Muito poucas pessoas entendem verdadeiramente o que está em causa no Tratado de Lisboa, mas, no fundo, há uma grande similaridade entre os rumos da Europa política e os da Europa do futebol. Num e noutro caso, a ausência ou diluição das instâncias verdadeiramente europeias de poder conduz ao triunfo sem freios dos poderes fácticos, mesmo os menos respeitáveis.

O presente estado do futebol interessa a um reduzido número de futebolistas de topo e aos interesses obscuros que se movimentam em torno da compra e venda dos seus passes. Mas prejudica os adeptos, os investidores, a quase totalidade dos clubes e a esmagadora maioria dos jogadores de todos os escalões.

Também no futebol, são necessários novos caminhos para a Europa.

(Artigo publicado no Jornal de Negócios de 28.5.08)

Latitude e Música: uma reflexão teórica

Conversa importada de outras paragens mas que, pela acutilância e pertinência do comentário, merece divulgação.

Perante este clip a Fuckit/Inês perorou o seguinte, «Como dizia a Bjorg numa entrevista há uns anos (em resposta à pergunta "porque engravidou tão nova?"), quando vives num sítio onde não podes pôr o nariz fora de casa grande parte do tempo, só te resta fazer música, embebedares-te ou fazer sexo. Estes senhores escolheram as duas primeiras opções, claramente. Mas estou a falar a sério, vocês dão-se conta da quantidade absurda de bandas que há nos países verdadeiramente frios? Querem que eles façam o quê, que vão até à praia? Ora quando tens mais gente a fazer uma coisa tens mais gente a fazê-la mal, é um corolário lógico.»

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