ilustrar a apresentação pública de um movimento apartidário de cidadãos com uma fotografia de um comício do ps já é muito original. "relacioná-la" com as notícias da campanha do ps às europeias ultrapassa a originalidade. não por acaso, a maioria dos comentadores da notícia assume que se trata de uma iniciativa partidária e do ps. o que é tanto mais rigoroso quanto, além de edite estrela, citada na notícia, e do cabeça de lista do ps (vital moreira), entre os subscritores do movimento se contam miguel portas, ana drago, fernando rosas e outros dirigentes do be, além do candidato independente rui tavares, heloísa apolónia, francisco madeira lopes e josé luís ferreira (dos verdes), odete santos e josé saramago (pcp) e vasco rato (psd).
A Cruz Vermelha declarou-se há pouco muito preocupada com a situação no vale de Swat, no noroeste do Paquistão. De facto, são já mais de 2.4 milhões os paquistaneses que fogem da ofensiva militar contra os talibans no Vale do Swat, no noroeste do país. Há 10 dias, a Organização das Nações Unidas considerava que esta poderia constituir em breve uma das mais graves crises humanitárias dos últimos anos no mundo.
Update 2: O suspeito detido pela polícia é Scott Roeder, membro/simpatizante da Operation Rescue, uma organização que se descreve como«Operation Rescue/Operation Save America unashamedly takes up the cause of preborn children in the name of Jesus Christ. We employ only biblical principles. The Bible is our foundation; the Cross of Christ is our strategy; (...) abortion is preeminently a Gospel issue. The Cross of Christ is the only solution.» Pois....
Em mais um excelente exercício de perspicácia, sagacidade e clarividência, a que nos tem, aliás, habituado, a maravilha fatal da nossa idade (e da blogosfera) chamada de Paulo Pinto Mascarenhas fez ontem, após uma investigação profunda e de seriedade incontestável, uma denúncia corajosa e firme, um libelo vibrante e lúcido, contra certas imposições de agenda que impedem a discussão sobre a crise e os problemas sociais que Portugal vive neste momento. Mais precisamente, acusa certos seminários e certos movimentos de desviarem a atenção do que é essencial, numa manobra que só pode estar submetida, servir, interessar e suportar uma única força. Venho aqui, publicamente, prestar o meu integral apoio a tal posição e contribuir, ainda que modestamente, para essa denúncia.
Bill Donohue, o presidente da Liga Católica Americana, defende ao microfone o que escreveu imediatamente após o relatório Ryan ter sido tornado público: as crianças brutalizadas em instituições católicas na Irlanda eram na sua maioria delinquentes e «miscreants», não passam de um bando de gente ignóbil que quer enriquecer à custa da ICAR. Pelo menos Donohue não pretende, como o ex-arcebispo Rembert G. Weakland, que os responsáveis da Igreja não sabiam que o abuso sexual de menores era um crime, embora certamente partilhe na actualidade a convicção do passado do prelado, pelo menos em relação aos «malfeitores» irlandeses, de que este abuso não teve nenhum efeito nefasto nas crianças violentadas...
Henry Louis Mencken definiu uma vez o fundamentalismo como «o terrível, omnipresente medo de que alguém, algures, se esteja a divertir (the terrible, pervasive fear that someone, somewhere, is having fun)». Embora o «sábio de Baltimore» tenha morrido há mais de meio século, o seu pensamento continua actual. Aliás, como nos recorda um artigo do principal jornal do Alasca, com o recrudescer de fundamentalismos sortidos, talvez seja ainda mais necessário hoje em dia «an outspoken defender of freedom of conscience and civil rights, an opponent of persecution and of injustice and of the puritanism and self-righteousness that masks the oppressive impulse.»
Muitas notícias dos últimos dias, para além do «Fundamentalists raise bar of intolerance», que reminesce sobre a tolerância em relação às opções sexuais na época em que Mencken acordava a consciência pública dos Estados Unidos, recordaram-me não apenas esta mas outras citações de Mencken. Em particular, o que se passa na Irlanda, com a infame lei da blasfémia e a impunidade da pedofilia clerical, é bem definido por «Todos os homens decentes têm vergonha do governo sob o qual vivem ( Every decent man is ashamed of the government he lives under)».
Entre experiências musicais mais ou menos estranhas (como juntar Bach com música africana ou Mozart com música egípcia), o francês Hugues de Courson gravou, em 1999, este Songs of Innocence, resultado da sua colaboração com Tomas Gubitch. Nele usou vozes e coros de crianças de todo o mundo, em composições cantadas em diversas linguas. O resultado é muito interessante, como se pode comprovar aqui.
Marinho e Pinto aponta convergência entre Ordem e Bloco sobre corrupção
O bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho e Pinto, apontou a existência de uma convergência entre as propostas da Ordem dos Advogados e do Bloco de Esquerda no combate à corrupção. Marinho e Pinto reuniu-se com o coordenador do Bloco, Francisco Louçã, e a deputada Helena Pinto para uma troca de impressões sobre questões relacionadas à Justiça. [Esquerda.net, 11-Mar-2008]