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jugular

Almofadas de penas*

Imaginem-se, num dia de rigorosa invernia, a esfaquear uma almofada de penas no cimo de uma montanha. Agora imaginem-se – arrependidos do vosso acto – a voltar no dia seguinte para tentar recolher todas as penas aventadas, de forma a recompor a almofada. Imaginem a remissão impossível. Agora imaginem que as penas da almofada – todas e cada uma – acolhem um boato, uma bisbilhotice, um diz-que-diz, uma escuta mal-parida, uma fotocopiadora forense com vontade própria. Isto imaginado, de faca na mão, e sabendo que a almofada é o encosto do país – do vosso –, ou o travesseiro de um qualquer desafortunado – vocês, por exemplo –, confessem o fácil (e fortuito) que é esfaquear uma almofada de penas no cimo de uma montanha ventosa. E imaginem também que a faca não está na vossa mão e que o recosto é (era) o vosso.

 

* adaptação (excessivamente) livre de uma confissão fictícia em Doubt, filme protagonizado por Meryl Streep e Philip Seymour Hoffman

lamento, mas aquilo não é uma gabardina

ó tiago, lamento desiludi-lo, mas nunca esteve em questão eu fazer questão de saber quem o tiago é. então não falo consigo na mesma? não escrevi um post com o seu nome no título, e tudo? não lhe estou a responder? never was the point -- o ponto era mesmo o contrário.

 

ah, e aquela coisa amarela do p&c não é uma gabardina. é aliás de camurça. a camurça não faz boas gabardinas.

Tropeções

O Daniel Oliveira tem escrito sobre o Face Oculta e suas derivações coisas muito acertadas, em relação às quais qualquer pessoa decente pode, senão concordar por inteiro, ao menos encontrar boa matéria para reflexão.

De quando em volta, porém, a preocupação de ser engraçadinho ou, muito simplesmente, de aproveitar a onda, levam-no a posts bem infelizes, de que este é um triste exemplo.

por que no te callas?

'as mulheres têm uma maneira muito especial de resolver conflitos' -- maria cavaco silva sobre as relações bilaterais na cimeira ibero-americana e o programa das 'acompanhantes'.

 

o facto de haver mulheres entre os chefes de estado presentes na cimeira não consegue impedir inanidades destas, pelos vistos. maria cavaco silva está a precisar de que alguém lhe acerte o relógio. o calendário. enfim, as coordenadas. alô?

Refrescando memórias

Há gente muito burra, virge. Admirados por haver quem, por aqui, não tenha nada contra heteronímia na net ou, em vez de admirados, prontinhos a elaborar esconsas teorias da conspiração. Ó santas e imbecis almas, não se estarão a esquecer que entre os fundadores deste blog há pelo menos 3* que durante muito tempo só tiveram existência blogosférica usando nicks?  E que só os abandonaram (e não completamente) porque lhes parece interessante a lógica "ou comem todos ou não come nenhum", logo se se juntaram a um blog onde a norma era o uso do nome que constava do BI assim seria com eles também. Era preciso ser muito destituído de princípios (eu sei que para algumas pessoas isto não será nada de especial porque têm a mania de ver os outros à sua medida) para negar a outros aquilo que reinvindicaram para si, ou seja, a possibilidade de discutirem, debaterem, criarem cumplicidades ou antagonismos, sem serem filtrados por eventuais "pré-conceitos" de uma identidade real.

 

*Errata: 4,  e não 3, só me lembrei dos que "nasceram" ao mesmo tempo que eu na blogosfera.

A ler

"Aumente-se a progressividade do sistema fiscal; taxe-se o consumo ostentatório, que só promove as importações e a degradação ambiental; taxem-se as mais-valias fundiárias, que só promovem a corrupção no urbanismo; [taxem-se as mais-valias mobiliárias;] reintroduza-se um imposto sucessório bem desenhado para promover a ideia de que o futuro está aberto para todos."

 

João Rodrigues, artigo publicado no jornal i

 

e o tiago moreira ramalho, já agora, quem é?

numa volta pelos blogues, deparo com a nova-velha discussão dos anónimos. leio gente que diz que não há mal nenhum em ser anónimo mas que. mas que, claro, concordo. como não?

 

sucede que o mas que não tem só a ver com a utilização do anonimato para o insulto e a calúnia renitentes, para o espalhar de boatos, para o vómito de ódio que qualquer pessoa que administre uma caixa de comentários de blogue ou esteja no twitter conhece de ginjeira. não: o mas que dirige-se igualmente, sem distinção de plano nem de gravidade, a anónimos que 'se apresentam a defender partidos ou programas políticos'. i beg your pardon? 'algo está errado', postula tiago moreira ramalho, com a alta e simples indignação dos muito justos.

 

o tiago, que não tenho o prazer de alguma vez ter visto na vida, de quem nunca vi foto, impressão digital ou qualquer outra manifestação corpórea, e que portanto para mim é só um nome, um nome que tomo por uma pessoa e por uma voz, independentemente de ser tiago moreira ramalho o nome que ele usa por aí, que lhe está no bi, etc, esqueceu-se de explicar por que raio lançar calúnias e acusações 'que uma assinatura não permitiria' (e quanto a isso muito há a dizer sobre a facilidade com que assinaturas das que correspondem a nomes de bi andam pela bloga e plo twitter a lançar acusações do mais rasca que se arranja, chamando toda a gente de fretista e vendido para baixo, como se fosse amendoins e tratando qualquer arremedo de reacção como atentado à sacrossanta liberdade de expressão) é igual a defender 'partidos e programas políticos'.

 

é que assim, não explicando, a gente ainda tem de concluir que para o tiago moreira ramalho 'defender partidos e programas políticos' é uma espécie de crime, talvez até uma difamação generalizada de todos os partidos e programas que se não defende. algum programa político ou partido em particular, ou todos em geral, tiago? e, já agora, que acharia o tiago moreira ramalho necessário para que se pudessem defender 'partidos e programas políticos'? que conjunto de elementos identitários lhe parecem obrigatórios? os mesmos que são necessários para equivaler difamadores a defensores de 'partidos e programas políticos', ou mais alguma coisa?

 

resposta com fotografia de corpo inteiro e dados pessoais completos, incluindo emprego actual e passados, militâncias políticas, profissão da mãe, pai, e restantes parentes em primeiro grau e, claro, na vigência do que parece ser o actual entendimento sobre a matéria, declaração de amizades e inimizades, assim como interesses amororos, presentes, passados e futuros (incluindo as tampas, tão ou mais relevantes que os sucessos), mais como passa os tempos livres. assim, tiago, talvez -- só talvez, claro -- lhe concedamos o direito de dizer o que pensa, em liberdade e responsabilidade.

 

o princípio da desconfiança e da suspeita (que é dizer da difamação automática), tiago, quando nasce é para todos. mas claro que o tiago, como a generalidade das pessoas que por aqui andam, não tinha pensado nisso. pense mais um bocadinho.

 

adenda: agradeço aos anónimos que aqui vêm bolçar insultos a presentes e ausentes com o pretexto do anonimato dos insultados a deliciosa ilustração do post, mas fica só entre nós. não sou cúmplice de nojas e vermes, desculpem lá.

É pior que cuspir na sopa,

Isabel, já não se aguenta o disco riscado. E renhó, nhó, nhó, do preservativo, e renhó, nhó, nhó do deboche, e renhó, nhó, nhó da doença. Como diz a canção "para esse peditório o pessoal já deu". Afinal quem é que (tenta) manipular quem e o quê? Imposições morais são isso mesmo, imposições. Vamo-nos deixar de fitas e de sonsices, não é isso que interessa à ciência em geral e muito menos, por maioria de razão, à ciência médica em particular.

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