Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

jugular

Só para tirar teimas

Na caixa de comentários de um post mais abaixo houve uma troca de palavras entre mim e o Pedro Picoito que, para tirar teimas e porque me parece importante*, resolvi retirar das catacumbas e trazer para a luz do dia.

 

Comecei eu

 

Pois eu achei particularmente revelador (e explica taaaaanta coisa) a história, tb. saída da boca de Pedro Picoito, de q o casamento existe para proteger as mulheres. Em 2009 o casamento não é uma instituição que regula, de forma igualitária e paritária, a relação entre 2 pessoas, com iguais direitos e deveres,  mas que serve para proteger uma delas... cute, hein?

 

E o Pedro replicou

 

Maria João, eu não disse que o casamento serve para proteger a mulher, mas para definir o estatuto jurídico da mulher. E não disse "hoje", disse "ao longo da história". É diferente, mas claro que cada um ouve aquilo que quer. O que também é bastante revelador da honestidade intelectual de quem ouve.(...)

 

E, de novo, eu

 

Pois, Pedro, esqueceu-se no meio da sua prelecção de referir q se estava a referir ao passado, esqueceu-se de referir q o casamento sofreu, ao longo do tempo, mudanças profundas q lhe alteraram a "natureza" e depois fala em honestidade intelectual? Repare, até aceito q viva/olhe para o casamento sem lhe reconhecer essas alterações estruturais (até me parece q para si o q interessa não é o casamento mas o matrimónio, estou enganada?) mas o q é um facto é q o instituto casamento q estamos agora a discutir não tem nada a ver com aquele q descreveu, é outra coisa, tal como está consignado no código civil  as simple as that.

 

Pedro strikes back

 
Maria João, lamento, mas eu tive o cuidado de dizer "historicamente". Pode ir ver à gravação do programa. Insisto, cada um ouve aquilo que quer.(...)

 

E eu fui ouvir e transcrever

 

Não disse historicamente, eu ajudo-o com a transcrição exacta das suas palavras e com especial cuidado para não haver tempos verbais adulterados, aspecto fundamental nas evidentes críticas que as suas palavras merecem. Aqui vai, então, a transcrição (o bold é usado por motivos óbvios na parte q me mereceu especial reparo):

"O casamento, tal como existe na civilização ocidental e não só, pretende defender, antes de mais nada, as relações entre homem e mulher, entre marido e mulher mas, também, as relações de paternidade e filiação e também a situação jurídica da mulher. São estes os vários bens que estão em causa no casamento.Ora se nós mudamos o contrato de casamento, como pretende esta mudança legal, que é uma mudança legal imposta de cima por decreto, o que nós estamos a fazer é mudar esta estrutura completamente e isto é uma mudança suficientemente grave, na minha opinião, para que se possa perguntar às pessoas, à sociedade civil em primeiro lugar, o que é que acha disto, porque nós não podemos confiar uma instituição tão importante como esta apenas a uma reivindicação identitária, tribal, perdoem-me a expressão, de uma minoria."

 

* E parece-me importante por um motivo evidente, não é por acaso que a maioria dos que se encontram ligados a movimentos relacionados com a condição feminina se revê nestas lutas e tem, também não por acaso, os mesmos "adversários". É como diz o outro, isto anda tudo ligado. Adenda: o texto do Daniel, no Arrastão.

 

P.S. atrasado - esqueci-me de me justificar pelo uso de abreviaturas. Ao contrário do que acontece nos posts, nas caixas de comentários, para ganhar tempo, uso e abuso de abreviaturas. Quando decidi trazer os comentários para a "luz do dia" hesitei entre editá-los ou não mas a picuinhice que me é própria levou a melhor, uma citação é uma citação, respeita o original e ponto final.

Publicidade Institucional

As TED conferences já foram faladas e visionadas tantas vezes aqui na jugular que vale a pena divulgar o primeiro segundo evento TED em terras nacionais. É já no próximo sábado, no campus do Técnico no TagusPark. O programa completo está disponível numa página dedicada. As inscrições estão limitadas à capacidade da sala, 100 pessoas. Quem quiser assistir inscreva-se depressa aqui.

as coisas que contam

'Há coisas mais importantes do que um artigo de jornal. Há coisas que contam mais do que a nossa profissão. E, ao contrário do que muitos pensam, somos nós que escolhemos o que queremos ser e o que queremos fazer com o que somos. Somos só nós que escolhemos se queremos ser os abutres', escreve o daniel, que cita um texto notável (mais um) de ferreira fernandes. concordo com tudo, menos com a parte em que faz coincidir 'a nossa profissão' com a ideia de revelar tudo ou perguntar tudo, como se ser jornalista correspondesse a uma ideia de ausência de filtro, de decência e de pensamento, a desprezar 'as coisas que contam' em nome de uma ideia merdosa do interesse público. não, não, não.

À conversa com... a prata da casa

Hoje às 18h.45, na livraria Círculo das Letras, à conversa com Irene Pimentel , Joaquim Vieira e Francisco Fanhais

Livraria Círculo das Letras

Rua Augusto Gil, 15 B (cruzamento com Óscar Monteiro Torres / proximo Av. de Roma/ Av João XXI) Tel. 210938753 

Na 2ª parte Francisco Fanhais canta algumas canções do Zeca

da empatia: custa muito ser "diferente"

custa muito ser diferente. a inês é a única pessoa na sua família que acredita em deus. decidiu, com 20 anos, ser baptizada e pediu aos pais e aos quatro irmãos para estarem presentes. a família da inês tomou-a por estúpida e irracional e fez essa coisa que devia ser crime, a troça. a inês entrou para a sua nova família sem ninguém que a vira crescer ao seu lado. custa muito ser diferente.

a rita, pelo contrário, nasceu numa família de 7 irmãos, na ilha de são miguel, uma família conservadora, católica, de missa diária. a rita apaixonou-se pelo miguel e ficou grávida com 20 anos. a sua mãe disse-lhe que nunca ultrapassaria tamanha vergonha social, a sua filha pecadora, sentenciou-lhe um casamento, a filha recusou, isso valeu-lhe umas bofetadas e vários insultos. a rita abortou espontaneamente e a família ficou feliz.. a rita saiu de casa e foi viver com o miguel, no porto. passaram 3 anos e nunca mais disse ou ouviu mãe e pai. custa muito ser diferente.

o joão ganhou uma bolsa e frequenta uma universidade privada cujo nome não interessa. o joão gosta de vestir-se de preto. porque sim. lembra-lhe o avô, que usava uma camisa escura. o joão não tem dinheiro para ir aos jantares de turma, nem para comer sandes e sumos nos intervalos, nem para ir sair de bar em bar nessas noites que custam não menos de 30 euros. o joão tem borbulhas na cara e ténis da feira. as suas notas acima do 14, coisa rara no curso de direito, não chegam para fazer amigos, para entrar num grupo. custa muito ser diferente.

custa muito não ser diferente mas tratarem-nos como diferentes. a inês, a rita e o joão são a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.  

 

territórios de afecto

querido luís, colocas várias questões. uma tem a ver com a constituição. dizes que se se aprovar o acesso de casais do mesmo sexo ao casamento civil, a seguir será inconstitucional manter a proibição de adopção para casais do mesmo sexo. não sou constitucionalista, como tu não és, mas parece-me um argumento algo confuso. é que ao admitires que pode ser inconstitucional vedar a adopção a esses casais te esqueces (ou decides ignorá-la) da possibilidade de ser inconstitucional vedar-lhes o casamento. ora se a inconstitucionalidade da proibição da adopção deveria em teu entender levar à mudança dessa norma, que dirás da inconstitucionalidade da proibição de casamento? ou estarás a defender que se deve manter uma inconstitucionalidade para que ao saná-la não sejamos obrigados a encarar a existência de eventuais outras?

 

a seguir, perguntas: 'qual é a vantagem, para a criança, de ter um pai e um pai ou uma mãe e uma mãe, face à situação actual de poder ter um pai e uma mãe?' e eu pergunto-te: qual situação actual? estamos a falar de crianças institucionalizadas e de uma lei que permite já a adopção por pessoas singulares (independentemente, nota, da sua orientação sexual). a pergunta certa é, pois, qual é a vantagem de excluir da adopção os casais do mesmo sexo, face à situação actual em que podem adoptar casais de sexo diferente (independentemente da sua orientação sexual) e pessoas singulares (independentemente dasua orientação sexual)?

 

desde que se iniciou a discussão sobre a possibilidade de casais do mesmo sexo adoptarem que estou à espera que alguém me explique por que é que é melhor -- e sempre melhor, portanto -- que uma criança seja educada/criada por um casal de sexo diferente ou por uma só pessoa que por um casal do mesmo sexo. isto porque não me chega, como argumento, que se diga que para fazer filhos à boa velha maneira é preciso um homem e uma mulher. estamos, como é bom de ver, a falar de crianças já existentes, e crianças que sabem que não são filhas dos adoptantes. por que motivo seria então tão importante essa dualidade sexual? é suposto uma criança ver os pais como sujeitos sexuais? ou é uma preocupação, digamos, para o exterior?

 

também não me chega que me digam que as crianças têm de saber que há dois géneros, porque as crianças adoptadas não serão criadas/educadas em isolamento e quem as adopta tem, em princípio -- para aferir dessas coisas é que há serviços de adopção -- relações sociais diversificadas, família, etc.

 

por fim, a ideia da 'normalidade': as crianças devem estar com casais de sexo diferente porque a maioria das crianças estão com casais de sexo diferente e assim não serão discriminadas nem se sentirão 'diferentes'. é um velho argumento: foi usado contra o divórcio, contra o casamento interrracial, contra as mães solteiras e até contra a adopção. é a discriminação que se apoia na discriminação. eis um argumento que deveria envergonhar quem o usa, mas que acaba sempre por surgir nesta discussão. e que acaba, invariavelmente, por incluir a frase 'as crianças são más'.

 

não, as crianças reproduzem os preconceitos que lhes são inculcados pelos adultos. motivo pelo qual é tão importante os adultos terem noção dos seus preconceitos. o que me faz regressar à questão original: querido luís, qual é desvantagem de ser criado por um casal do mesmo sexo, face à possibilidade de ser criado por um casal de sexo diferente ou por uma pessoa só? e, por favor, não me respondas que é evidente -- porque para mim não é.

 

adenda: uma questão que queria abordar e que apenas aflorei é-me relembrada por um comentador do post do joão, que fala das 'características próprias' de mãe e pai, portanto de mulher e homem. seria interessante que quem se socorre deste 'argumento' enumerasse também as tais 'características próprias' -- serão as que, cultural e socialmente construídas e forçadas, implicaram durante séculos que as crianças fossem criadas só por mulheres?

 

adenda número 2: ler este post de laura abreu cravo, no mel com cicuta.

 

adenda número 3: luís naves respondeu. peço desculpa, luís, mas não estou esclarecida. não me explicaste por que motivo achas que é melhor para uma criança ser criada por uma mulher e um homem ou só uma mulher ou só um homem que por uma mulher e outra mulher ou um homem e outro homem. também não explicaste por que é que seria inconstitucional impedir a adopção a casais casados do mesmo sexo mas não é inconstitucional impedir o casamento de casais do mesmo sexo. a verdade é que nem sequer te esforçaste. fico amuada por não quereres perder tempo comigo (olha, o luís acaba de aparecer aqui muito meiguinho, a dizer que me respondeu. que digo?)

Sem insultar

"O que ainda não vi ninguém explicar é o seguinte: qual é a vantagem, para a criança, de ter um pai e um pai ou uma mãe e uma mãe, face à situação actual de poder ter um pai e uma mãe? O meu ponto é o seguinte: será justo que a sociedade portuguesa se ponha a fazer experiências sociais com crianças já de si desfavorecidas?"

 

Luís Naves, Corta-Fitas

 

O Luís coloca mal a primeira questão. A coisa devia ser: em que medida é que incluir casais homossexuais do conjunto de potenciais adoptantes prejudica uma criança? É a exclusão que carece de fundamento e não a inclusão. Até que se procure fundamentar essa exclusão, ela surge como arbitrária e, por isso, ilegítima e discriminatória.

 

O único argumento não evidentemente homofóbico é aquele que aconselha precaução por estarmos perante matérias sensíveis e que dizem respeito aos interesses de terceiros - as crianças. Aqui entramos no célebre argumento conservador contra o experimentalismo social, que é uma versão do "é preciso cautela!, com coisas sérias não se brinca". O problema é que não estamos a falar de qualquer instrumentalização de crianças em nome de um projecto revolucionário, pela simples razão de que já existe uma experiência histórica significativa de crianças educadas por casais homossexuais, não constando que o mundo tenha acabado nem que, quando comparado com adopções por parte de famílias ditas normais, a coisa dê sinais de estar a correr mal. Já existindo uma tradição, uma experiência histórica de crianças educadas por casais homossexuais, o argumento conservador da precaução cai por terra. Pior: o argumento conservador transforma-se rapidamente em reaccionarismo. A legalização da adopção não cria nem inventa a partir do nada; limita-se a reconhecer uma realidade afectiva que já existe, regulando-a e conferindo-lhe uma dignidade que ela hoje não tem. Se à luz da experiência conhecida não há qualquer fundamento que legitime a exclusão referida, sou eu que pergunto ao Luís: perante tudo aquilo que se sabe hoje, em que fundamenta a sua resistência e as suas dúvidas em relação à possibilidade de adopção por parte de casais homossexuais?

 

Um dos problemas com a posição do Luís é este considerar que o seu preconceito (uso "preconceito" enquanto termo meramente descritivo, sem qualquer juízo ético) é uma coisa natural. É esta naturalidade que, hoje, não tem qualquer fundamento que não o preconceito (aqui já uso preconceito com uma carga valorativa) arbitrário e irracional. O Luís pode achar que a sua resistência e as suas dúvidas não têm nada de homofóbico. E eu digo-lhe: a pior homofobia é aquela que se recusa a reconhecer enquanto tal e que se julga - erradamente-  tolerante e compassiva.

Momento Zen de segunda: Ribeiro e Castro sobre tolerância

Esqueceste nessa rapidinha um dos momentos altos do Prós&Contras de ontem, quando Ribeiro e Castro se lançou numa tirada sobre tolerância absolutamente redonda. De acordo com o apologeta do referendo,  os únicos intolerantes nesta história são os defensores do CPMS que, ao pretenderem que o direito ao casamento civil deve ser universal, não percebem que estão a ser insuportavelmente intolerantes em relação aos que têm uma noção da família e do casamento segundo o evangelho de Ribeiro e Castro. Haja paciência para tanta homofobia!

Até tu, MEC?

Desde que me lembro de a ouvir - e já a ouço vai para muito tempo - que me irrito ao ver que o género de uma certa palavra é sistematicamente trocado. A crónica de hoje Miguel Esteves Cardoso, a propósito da campanha "El placer está em tus manos"* da Junta da Extremadura, termina com a malfadada troca "(...) e mesmo um pouco daquela constante tesão.". É o tesão, bolas, o tesão.

 

* Acho lindo - e revelador - o nome com que os adversários da campanha se apresentam, eheh (obrigada pela partilha do artigo, J.J.Amarante)

Esta gente passa-se big time

Parece que o Computer Crimes Act, debitado em 2007 depois de um vídeo no Toutube ter sido considerado ofensivo em relação ao rei da Tailândia, vai ser finalmente utilizado em tribunal. Três tailandeses arriscam uma pena de prisão de 5 anos e uma multa de 100 000 baht por terem difundido na internet notícias sobre a saúde de Phra Bat Somdet Phra Poramintharamaha Bhumibol Adulyadej.  Ou antes, por terem traduzido um artigo da Bloomberg que postaram em sítios considerados anti-monárquicos. Mesmo assim, os 3 tailandeses podem considerar-se afortunados: se a acusação fosse insulto ao rei, a pena de prisão que os esperaria seria de 15 anos e não de 5....

Homofobia

homofobia
(homo[ssexual] + fobia)

s. f.
Repulsa ou preconceito contra a homossexualidade ou os homossexuais.

 

Ninguém gosta de se apresentar como homofóbico. Foi preciso um longo e dificil processo histórico, mas, hoje, a homofobia perdeu respeitabilidade, foi marginalizada e quase banida do espaço público. Há quem lhe chame politicamente correcto e há até quem fale de censura; eu prefiro o termo decência. E é por isso que grande parte dos que são contra o casamento fazem um enorme esforço para se distanciarem de tamanho pecado. Se, hoje, certas formas claramente patológicas da homofobia foram marginalizadas, há outras, mais subtis e muitas vezes inconscientes, que ainda se arrastam na nossa sociedade.

 

sim mas não não mas sim

Há  minorias oprimidas em Portugal? Não.
Mas toda a gente tem os mesmos direitos?assim tipo, digamos, casar-se com quem bem entender? Não
Mas não há minorias oprimidas em Portugal? Não
A constituição portuguesa proíbe qualquer tipo de discriminação em função da raça, credo ou orientação sexual? Sim.
Quer dizer que qualquer cidadão, pagador de impostos, no pleno exercicio da sua cidadania, não tendo cometido qualquer crime, tem os mesmos direitos perante a lei? assim tipo, digamos, casar-se com quem bem entender? Não
Mas não há minorias oprimidas em Portugal?Não

Palavra de honra, às vezes acho que os senhores gato fedorento andam a baixar o nível das pessoas que subcontratam (especialmente quando fazem hacking ao Prós e Contras).

Arquivo

Isabel Moreira

Ana Vidigal
Irene Pimentel
Miguel Vale de Almeida

Rogério da Costa Pereira

Rui Herbon


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Comentários recentes

  • f.

    olá. pode usar o endereço fernandacanciodn@gmail.c...

  • Anónimo

    Cara Fernanda Câncio, boa tarde.Poderia ter a gent...

  • Fazem me rir

    So em Portugal para condenarem um artista por uma ...

  • Anónimo

    Gostava que parasses de ter opinião pública porque...

  • Anónimo

    Inadmissível a mensagem do vídeo. Retrocedeu na hi...

Arquivo

  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2018
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2017
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2016
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2015
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2014
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2013
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2012
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2011
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2010
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2009
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2008
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2007
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D

Links

blogs

media