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Leituras matinais (mas só agora tive tempo de aqui vir)

Esta manhã dei com o curioso e interessante artigo no La Vanguardia, assinado por Rafael Poch, com o título "¿Quién es el pagador de Europa?". O que está em causa é a tão propalada conversa de que é a Alemanha que paga a "Europa". Há contas e contas, como poderão constatar. Aconselho leitura integral mas deixo ficar alguns excertos:

 

(...)Su base es que, como mayor economía de la eurozona y por su mayor población, Alemania es la que mas dinero aporta en cifras totales al fondo de estabilización del euro. En cifras reales, que son las que cuentan, no es así.

La parte del PIB que Alemania dedica al fondo la sitúa en el décimo puesto europeo. En contribución per cápita los alemanes están en el sexto puesto, sobre diecisiete países, y hasta los españoles (y los malteses, portugueses, eslovenos e italianos) pagan un poco más que ellos. Pero tanto el gobierno como los medios de comunicación, sostienen activamente la idea de que "somos los pagadores de Europa", lo que a su vez alimenta dicha queja.(...)

 

Según su población el mayor pagador de la eurozona es Luxemburgo, un paíos que no se queja, con 398 euros por habitante. Alemania queda muy lejos, con 265 euros por habitante, en el sexto puesto sobre diecisiete.(...).

 

Outras maneiras de ver, em suma...

 

Presumo que alguém tenha explicações a dar, não?

 

Recomenda-se uma visita ao site do Externato de Penafirme, por lá encontra-se um pdf em que o externato se define - ao responder sim, à pergunta "As escolas com contrato de associação são escolas públicas?" - como escola pública. Depois damos com isto (encontrado aqui) e ficamos incrédulos. Alguém imagina sequer a possibilidade de uma escola pública estar associada a um tal panfleto? Estamos perante uma situação costumeira, é-se pública para receber o nartel, quanto ao resto a coisa muda de figura...

Como toda a gente sabe, o PS não tem programa

Convencionou-se dizer que o PS não tem programa. Já o PSD, não só tem programa, como este até é 'excelente e ousado'. Pouco importa que uma parte significativa das medidas propostas pelo PSD ou ja existam (por vezes com outra designação, noutras nem isso), ou não resistam à mínima crítica. Mas o programa do PSD não serve para ser analisado quanto aos seus méritos (e deméritos), apenas como contraponto de uma suposta inexistência.

 

O programa do PS remete para o Acordo Tripartido para a Competitividade e Emprego, que envolveu Governo, UGT, CAP, CCP e CIP. Este acordo demonstra duas coisas sobre os governos liderados por Sócrates: que são capazes de concretizar compromissos sociais alargados, como já o tinham sido na Segurança Social, no salário mínimo, na formação profissional e no regime jurídico da protecção no desemprego; e que o PS se apresenta a estas eleições dando continuidade à agenda reformista iniciada em 2005.

 

Este acordo, reafirmado no programa do PS, devia merecer muitos dos elogios que têm sido dirigidos ao acordo com a Troika - o tal cujo nível de detalhe, abrangência e arrojo é, garantem-nos, coisa nunca vista no nosso país. Num certo sentido, este acordo não existe...porque não pode existir: como toda a gente sabe, o PS não tem nada a dizer sobre competitividade e emprego. Os factos também se criam assim: por decreto. (também publicado no Diário Económico)

As tretas do EcoTretas

 

Caro EcoTretas, finalmente alguém com a sua clarividência para desmontar os pérfidos argumentos que teci neste ardiloso e filigrânico post.

 

Ainda mal entrei no seu sagaz comentário imbuído de invulgar coragem anónima e sapiência milenar e logo fiquei a saber que tenho um patrão-mor com uns amigalhaços ditadores, que sou um artista do esconde esconde e aqui que talvez até seja familiar dos Psittacidae. Sinceramente eu não mereço tamanha honra, uma ave e logo das mais inteligentes, em jeito de agradecimento envio-lhe uma foto da minha clausura na gaiola do patrão-mor que também envia cumprimentos.

 

Deu para perceber que adora jogar às escondidas e que sabe valorizar o apelido. Eu também gosto de jogos infantis mas hoje não tenho tempo. Aqui vai uma resposta ao seu monólogo de vingador zangadinho de alguém que percebe mais de energia do que eu e arrisco a dizer bastante mais do que você.

 

Se quiser continuar ad eternum força, eu vou só ali dormir um bocadinho e quiçá sonhar com a moratória da tortura de teclados. Só respondo a 5 perguntas porque estou a tentar esconder o shale gas que está ali a brotar do sofá da sala.

 

Alemanha anuncia fim do nuclear!

Até 2022 a Alemanha vai encerrar todas as suas centrais nucleares, responsáveis por um quarto da electricidade produzida no País em 2010.

 

A Alemanha é a 4ª maior economia do mundo e a maior potência económica e industrial da Europa. Ao contrário de Portugal tem empresas que desenvolvem tecnologia nuclear, trabalhadores que dependem dela e recursos renováveis muito menos atractivos do que o Sul da Europa. Tomar esta decisão na Alemanha é portanto muito mais difícil do que em Portugal, onde o investimento nas energias renováveis é uma escolha óbvia quer se utilize um critério económico, ambiental ou social.

 

A imprensa internacional achou este facto muito relevante, em Portugal nem por isso, mas esta notícia é avassaladora para os defensores do nuclear e melhora as perspectivas de desenvolvimento das energias renováveis e eficiência energética no motor económico da Europa. New York Times - Guardian - BBC - Público - Diário de Notícias - Económico - i

 

Como a memória curta também mata, seria interessante ouvir agora os argumentos (ou a falta deles) de Mira Amaral e Pedro Sampaio Nunes na defesa da sua dama, que no pós-Fukushima passou a amiga longínqua de quem provavelmente já não se recordam bem.

 

Repetindo o que já escrevi aqui: a energia nuclear além dos riscos de acidente e de atentado, da falta de transparência desta indústria, do impacte ambiental e de saúde pública ao nível do tratamento dos resíduos e da mineração do urânio, da questão latente do desmantelamento da central, do enorme risco financeiro associado aos projectos “demasiado grandes para falharem”, da reduzida criação de emprego e da ínfima integração nacional, da resistência da opinião pública à construção de uma central, demoraria na melhor das hipóteses uma década até estar operacional, mas tudo isto é redundante porque existe excesso de capacidade instalada no parque electroprodutor nacional.

 

É necessário que independentemente do resultado das próximas eleições, os principais partidos saibam estancar ódios de estimação e preservar a qualidade da política energética seguida na última década em Portugal, recorrendo a actores políticos e institucionais de reconhecida competência e mérito nesta área.

 

Igualmente importante é manter a uma higiênica distância do poder aqueles que persistem de forma obsessiva, por manifesta ignorância ou desonestidade intelectual, na tentativa de destruir uma política nacional que contribuiu para vitórias tão importantes como a de desenvolver em Portugal um cluster industrial state-of-art na área das energias renováveis. O consórcio da ENEOP-ENERCON é um dos maiores sucessos industriais recentes em Portugal: permitiu construir 5 fábrica de raiz e ampliar outras 7, onde trabalham 2000 mil portugueses que em menos de 3 anos desenvolveram um extraordinário know-how em tecnologias renováveis de excelência. Destas fábricas saíram já mais de 1000 dos melhores aerogeradores do mundo, com uma incorporação nacional próxima dos 100%. Esta vitória não é de nenhum partido, é de Portugal!

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