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jugular

Isto não está a acontecer

Com autorização do autor do texto reproduzo aqui o que li num grupo de médicos. É ler para acreditar. E depois o Infarmed diz - como foi referido nas notícias há uns dias - que não recebeu qualquer notificação. Pudera.

Caros colegas,

Não sei se vos acontece, mas tenho muitos doente que não conseguem levantar as prescrições na farmácia com a alegação que o medicamento está esgotado. Tentei comunicar ao infarmed na pagina deles, mas esta não está a funcionar. Enviei-lhes um email, esta é a resposta:
"...Exmo. Senhor
XXXXXXXXXX

Acusamos e agradecemos o e-mail enviado ao Infarmed/CIMI a 26-08-2013, o qual mereceu a nossa melhor atenção.
Em resposta à solicitação, confirma-se que a aplicação Rutura de Medicamentos se encontra de momento indisponível por decisão superior.
..." (sublinhados meus)

...

Esta cenas das inconstitucionalidades repetidas transposta para a lei do dia a dia é assim uma coisa tipo vou roubar nas barbas da polícia, sou apanhada e culpo o chui pela minha desgraça, não é?

Mulheres e autárquicas

 

A imagem acima é um dos textos do trabalho sobre paridade e eleições autárquicas que o DN publica hoje (páginas 28 e 29), acrescento este excerto, de outro:

 

"Confrontada com as contas do DN, a politóloga Marina Costa Lobo não tem dúvidas: “A percentagem diminuta de mulheres cabeças de lista significa que a lei da paridade não está a funcionar como deve a nível autárquico. “O motivo estará “no facto de a estrutura interna dos partidos refletir a da sociedade e que fica espelhada nas listas autárquicas de forma mais evidente, porque é uma eleição mais personalizada. E há estudos que mostram que as mulheres em eleições personalizadas perdem mais. Existe ainda algum preconceito em relação a mulheres líderes, por falta de hábito – é uma pescadinha de rabo na boca.”"

this is not

américa


vilipendiada por atacar, vilipendiada por não atacar.


dêem as voltas que quiserem: esse lugar em que eles estão, o de decidir o certo e o errado global e de agir em conformidade, é o lugar em que os colocámos, o lugar em que os queremos. porque assim podemos sempre sentir-nos justos, aqui quietinhos e ao fresco enquanto eles matam e morrem.


porque morrem, sabem? e isso é um bocado mais que aquilo que estamos dispostos a fazer pelas nossas tão impolutas ideias e os nossos tão bons sentimentos.


erram? erram muito, provavelmente quase sempre. porque avançam. porque vão. porque põem o dinheiro (o dinheiro, sim) e a vida e o sangue onde têm o discurso. são estúpidos? são ignorantes? estão convencidos de que são o centro do mundo? sim, tudo isso. muito irritante, de facto. mas esses estúpidos ignorantes convencidos atravessam o mundo porque viram crianças do outro lado do mundo mortas e lhes disseram que vão combater quem as matou. e morrer se for preciso. é muito estúpido, isso, não é? daí que nós fiquemos a ver. e a tomar notas.

a quem tenho que pedir desculpa?

Foi há dois anos. O meu carro desapareceu à porta de casa. Era uma chaveco velho com 20 anos, mas dava muito jeito, sobretudo por ser a diesel e pelo estilo "carro de combate" que aguentava tudo. Até hoje não consigo perceber quem se terá dado ao trabalho de furtar aquilo. Disseram-me que foi por causa das peças, asseguraram-me que foi por causa do motor ("uma bomba, valia mais do que o carro"), houve quem me garantisse que foi para um país africano. A explicação mais razoável foi que o usaram e que o largaram nalgum buraco. Nunca apareceu. Inglório fim para um Opel Corsa que suportou tudo, inclusivé um abalroamento estúpido por um cavalheiro que não parou num stop, que guiava sem seguro e que a polícia não quis saber porque tinha o "selinho" no limpa pára-brisas (e o guarda não conferiu a data), e por cuja indemnização ainda aguardo, em processo judicial, contra o dito e contra aquela maravilha da cidadania chamada Fundo de Garantia Automóvel.

Adiante. Passado um ano, feito o luto do velho boguinhas e perdidas as esperanças de o reaver, era chegada a hora de cancelar a matrícula e de deixar de pagar o Imposto de Circulação Automóvel que o fisco simpaticamente me continuava (e continua) a cobrar. Numa conservatória do registo automóvel, disseram-me que teria que ir ao IMTT tratar disso. E foi o que fiz. Depois de consultar o respetivo site, perdi uma manhã numa Loja do Cidadão. Nada feito, afinal era preciso uma "declaração da polícia" atestando a queixa que fiz no dia do furto. Protestei, porque nada disso constava na página informativa do IMTT e escusava de perder horas para nada. Paciência, encolher de ombros.

Muito bem. Passados meses, respirei fundo e decidi encerrar de vez a história. Fui à esquadra da GNR onde a queixa fora efetuada. Ninguém sabia o que fazer e acabaram por me encaminhar para a da PSP, "porque eles é que têm as bases de dados das viaturas furtadas". Lá fui. Histórias surreais à parte, lá me deram um documento. Agora era só voltar ao IMTT e acabar com isto. Para quem não saiba, o congestionamento destes serviços faz perder um dia inteiro. Há semanas fui lá, estavam 114 pessoas à minha frente. Hoje, finalmente, madruguei e apareci antes da hora de abertura. Duas horas de espera não é muito, de facto. Caso resolvido? Não. "Esta declaração não serve" foi o veredito. Voltei a protestar, porque não tenho culpa que a polícia não saiba o que quer o IMTT, que isto deveria estar tudo devidamente regulamentado e que andar de IMTT para a GNR, da GNR para a PSP e da PSP novamente para o IMTT não me parece justo, sobretudo porque, se as coisas funcionassem, deveria ser o próprio IMTT a pedir os dados que quisesse à polícia (qualquer que fosse). O processo entrou, fiz um "pedido" com a informação, mas já me avisaram de que deverei receber uma carta a dizer que falta a declaração adequada. E tive que pagar 10 €. Ah! e "tenho que lhe dizer que, para todos os efeitos, a matrícula não está cancelada". O fisco lá irá cobrar mais uma anuidade de IUC, e eu continuarei a perder o tempo que as instituições oficiais e policiais acharem adequado. E lá vamos cantando e rindo. Eu, não. Quem me roubou o carro, decerto que sim. Tenho a certeza de que lhe deu muito menos trabalho do que me está a dar a mim.

Apenas para contextualizar. A questão do aborto nos anos 40 do século XX

Nuno Saraiva, hoje num artigo de opinião, no Diário de Notícias, disse tudo o que eu gostaria de dizer. Por isso, cito-o: «O assunto não faz parte da agenda nem da ordem do dia e, tão pouco, ocupa lugar nas preocupações dos portugueses. O desemprego que cresce descontrolado, a economia que não avança, os novos cortes nas pensões e nos salários que aí vêm, a degradação de serviços públicos essenciais como sejam o Serviço Nacional de Saúde ou a escola pública, a falta de dinheiro para pôr comida na mesa é, natural e legitimamente, o que aflige milhões de cidadãos que, porque pobrezinhos, nem sequer se podem dar ao luxo de sonhar com um fim de semana na Comporta para brincar aos ricos (…). Mas há sempre quem seja capaz de surpreender pela desonestidade e ausência de noção do sentido de oportunidade. Nas páginas do Público de ontem, o padre Gonçalo Portocarrero de Almada, ou melhor, D. Gonçalo Nuno Ary Portocarrero de Almada, 4.º visconde de Macieira e sacerdote secular da prelatura do Opus Dei, dedica-se a um exercício, lamentável e chocante, de falta de ética e de honestidade intelectual mas, também, de cobardia. (…) O exercício do sacerdote é pois ética e intelectualmente desonesto porque, na melhor prática estalinista, deturpa e reescreve as palavras de Álvaro Cunhal e ignora deliberadamente a verdade factual de quem defendeu a despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Mas é também um ato de cobardia. Ao descontextualizar as palavras do antigo líder comunista, redigidas há mais de 70 anos, Gonçalo Portocarrero sabe que não será contraditado simplesmente porque o autor já cá não está para se defender e repor a verdade». (O artigo está online).

Apenas pretendo aqui contribuir para ajudar a contextualizar o tema, nos anos quarenta do século XX português, e para isso fui buscar excertos de textos por mim publicados.

 

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