O cardeal Tauran apresenta os cumprimentos do Papa a Ahmadinejad e entrega-lhe a carta em que Bento XVI expressa a esperança de que «as relações cordiais já felizmente existentes entre a Santa Sé e o Irão continuem progredindo».
Terminou na passada 5ª feira em Teerão a reunião «Religião e sociedade: perspectivas cristãs e muçulmanas», organizada de forma conjunta pelo Conselho Pontificial para o Diálogo Inter-Religioso, presidido pelo cardeal Jean-Louis Tauran, e pelo Centro para o Diálogo da ICRO (Islamic Culture and Relations Organisation). Um dos objectivos da coisa foi o estabelecimento de uma frente unida das religiões monoteístas em defesa da moral e bons costumes, «a única forma de evitar a depravação», explicou o cardeal que há exactamente dois anos agradeceu aos muçulmanos terem trazido a religião para a esfera pública. Estou certa que Sakineh Ashtiani e restantes «depravados» concordam com a justiça das palavras do cardeal...
sigh, porque será que esta gente nunca comenta a mensagem mas começa logo por acusar o mensageiro de anti-catolicismo e quejandos? É que não há mesmo pachorra para isto, irra.
«Qualquer crítica que lhes seja endereçada é refutada com o mesmo tipo de argumentos, que, na verdade, se resumem a um: a pessoa que critica deve ter (tem de ter) “um problema qualquer” com a instituição em causa, assim a modos que um trauma, uma mania persecutória, um complexo, uma fobia. É o chamado argumento da desqualificação do adversário, um argumento que se exime, assim, ao decretar o crítico como alguém com preconceito, parti pris, total ausência de isenção e equilíbrio face ao objecto em causa – ou seja, como maluquinho -, de apresentar propriamente ditos argumentos que contraditem as críticas.»
Qual ayotallah da pura racionalidade discursiva epitomizada pela «imperdível» musa do regime, a Doutora Palmira abespinha-se toda com uma subtil e irénica sugestão no sentido de levá-la a fundamentar este seu post, não na espuma jornalística, mas na "hard reality" que a Palmira, decididamente, não quer ver aqui considerada. Essa "reality" inclui, sem dúvida as vítimas de um sistema político brutal como é o do Irão; inclui também, e a Palmira sabe-o bem... aqueles santos monges trucidados na Argélia, para já nem falar das avalanches de cristãos indefesos mortos no Iraque, na laica Turquia, em Gaza - e tudo isto só nas últimas semanas... Isto dito, pergunto-lhe: tem a Palmira estômago para manter tão injuriosa insinuação como é a de dizer que entre a Igreja de Cristo (pecadora, por certo) e as práticas do senhor Ahmadinejad e dos seus ayatollahs existe «Uma Aliança Natural»? Amigavelmente.