A gripe em balanço
Por cortesia do RCP aqui deixo informação enviada pelo gabinete da Ministra da Saúde.
Após reunião agora terminada entre o meu gabinete, a Direcção Geral da Saúde, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e responsáveis de hospitais e centros de saúde da Grande Lisboa, gostaria de chamar a atenção para:
1. No Instituto Ricardo Jorge está montado o Sistema de Vigilância de Gripe, que assenta na rede de médicos-sentinela. Há cerca de três semanas, este sistema detectou a possibilidade de uma epidemia de gripe. Os dados colhidos foram apresentados à Direcção Geral de Saúde, que efectuou, de imediato, a avaliação do risco, antecipando, assim, a epidemia. As instituições do Serviço Nacional de Saúde foram alertadas no sentido de preparem um plano de resposta. Foram, então, adoptadas medidas pelos Hospitais e Centros de Saúde para responder a um previsível aumento da procura de cuidados de saúde pela população, a qual já tinha sido alertada para a necessidade de vacinação e adopção de procedimentos a ter em conta, em caso de surgimento de sintomas de gripe.
2. Tal como previsto, a epidemia está em curso, havendo, naturalmente, um aumento extraordinário do número de episódios de procura dos serviços de urgência. Para responder a este pico:
1. O Ministério da Saúde recomendou o reforço das equipas de saúde, a abertura de Centros de Saúde ao fim-de-semana e o alargamento do seu horário de funcionamento pelo menos até às 22 horas.
2. Foi também dada luz verde aos Centros de Saúde e Hospitais para, em caso de necessidade, adiarem consultas e cirurgias programadas não urgentes.
3. Simultaneamente, o Ministério da Saúde, com o apoio da comunicação social, pediu às pessoas para, aos primeiros sintomas de gripe, ligarem para a Linha Saúde 24.
4. E, em caso de necessidade, recorrerem aos Centros de Saúde para que as urgências hospitalares mantivessem a capacidade para responder aos grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças e doentes crónicos.
Resulta desta reunião o seguinte balanço (dados provisórios nacionais):
Dia 26 de Dezembro: 2.000;
Dia 27 de Dezembro: 2.700
Dia 28 de Dezembro: 3.500
Número de episódios de procura em urgências hospitalares: 81.480
Dia 26 de Dezembro: 16.710
Dia 27 de Dezembro: 12.936
Dia 28 de Dezembro: 12.344
Número de episódios de procura em Centros de Saúde: 110.358
Dia 26 de Dezembro: 20.331
Dia 27 de Dezembro: 17.300
Dia 28 de Dezembro: 16.610.
Total do número de episódios de procura: 191.838
Dia 26 de Dezembro: 37.041
Dia 27 de Dezembro: 30.236
Dia 28 de Dezembro: 28.954
Dados Provisórios da Região de Lisboa e Vale do Tejo - 22 a 28 de Dezembro:
1. Número de episódios de procura em urgências hospitalares: 17.243
2. Número de episódios de procura em Centros de Saúde: 28.490
3. Total do Número de episódios de procura: 45.733
Dados Provisórios da Região Norte – 22 a 28 de Dezembro:
1. Número de episódios de procura em urgências hospitalares: 29.176.
2. Número de episódios de procura em Centros de Saúde: 28.596.
3. Total do Número de episódios de procura: 57.772
Dados Provisórios da Região do Algarve – 23 a 28 de Dezembro:
1. Número de episódios de procura em urgências hospitalares: 5.379
2. Número de episódios de procura em Centros de Saúde: 3.120
3. Total do Número de episódios de procura: 8.499
Dados Provisórios da Região do Alentejo –22 a 28 de Dezembro:
1. Número de episódios de procura em urgências hospitalares: 5.689
2. Número de episódios de procura em Centros de Saúde: 13.745
3. Total do Número de episódios de procura: 19.434
Dados Provisórios da Região Centro – 22 a 28 de Dezembro:
1. Número de episódios de procura em urgências hospitalares: 24.993
2. Número de episódios de procura em Centros de Saúde: 36.407
3. Total do Número de episódios de procura: 61.400
Não posso terminar sem um especial agradecimento a todos os profissionais de saúde que tudo fizeram para dar resposta a esta epidemia.
Quero também fazer um renovado apelo aos portugueses. Aos primeiros sintomas de gripe (dores no corpo, febre, dores de cabeça, tosse ou congestionamento nasal), o primeiro passo é ligar o 808 24 24 24 e seguir as recomendações dadas pelos profissionais de saúde desta linha. Caso se verifique o agravamento dos sintomas, como complicações respiratórias, a população deve recorrer aos Centros de Saúde e urgências hospitalares.
Tendo em conta a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, não se sente ainda a necessidade de tomar novas medidas excepcionais para além das já implementadas no plano de contingência: alargamento de horários e abertura extraordinária de centros de saúde, adiamento de consultas e cirurgias programadas não urgentes e reforço das equipas de saúde.
Reforço de Atendimento de Centros de Saúde na Grande Lisboa