Ainda o "tratamento" da homossexualidade
Por via de um artigo de opinião por mim assinado no Público de dia 19 deste mês que fiz questão de lhe enviar, e na sequência de uma troca privada de correspondência, recebi do Professor Doutor João Marques Teixeira o mail que, com a sua autorização, me parece importante dar a conhecer publicamente.
Obrigado. Já tinha lido no seu blog. Inelizmente gerou-se uma grande confusão quanto ao conteúdo das minhas opiniões sobre o tal artigo e sobre o que eu entendo ser obrigação ética de um psiquiatra ou outro técnico de saúde mental em responder às solicitações dos seus clientes (independentemte da natueza das suas opções). Como deve ter percebido a questão como eu a coloco não é o tratamento da homosexualidade (digo mesmo que é tão absurdo como querer tratar um heterosexual da sua heterosexualidade, mas isto nunca foi referido em nenhum comentário, provavelmente porque não interessava) mas dos pedidos dos clientes (uns doentes outros apenas clientes de uma acção psicológica ou psicoterapêutica) que têm necessidade de pedir aos técnicos ajuda para os problemas que enfretam (alguns desses problemas podem estar relacionados com a sua orientação sexual - por muito que alguns não acreditem isto é uma realidade clínica não escamoteável). Mas, algo se passou que me ultrapassou, não sabendo ainda bem com que intençoes. A seu tempo talvez se consiga clarificar essas intenções.
(...)
J. Marques-Teixeira, MD, PhD
Psychiatrist and Psychotherapist
Aggregate Professor of University of Porto
Clinical Director of Neurobios - Neurosciences Institute