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jugular

o novo rumo do ps, segundo proença: memofante*, e em força -- que vergonha ainda não se vende na farmácia

'De 2011 a 2013 houve um período de afirmação do PS, de um partido que saiu derrotado das eleições com o pior resultado de sempre.'

 

por 'o pior resultado de sempre', supõe-se, joão proença refere-se ao pior resultado de sempre do seu partido, aquele onde milita pelo menos desde os anos 80 do século passado e pelo qual foi até eleito deputado 1987 e 1995, portanto nas eleições de 1987 e 1991. o homem deve saber, caramba, além disso, caramba, é da direcção actual, como o foi entre 1993 e 1995, e não passa pela cabeça de ninguém que, caramba, voluntariamente enganasse as pessoas em relação aos resultados do seu partido -- caramba. 

 

é só por descargo de consciência, pois, que vamos certificar se sócrates teve mesmo 'a pior derrota de sempre do ps', em 2011.

 

vejamos por exemplo no site do ps. há uma página que nos permite consultar todos os resultados do partido em legislativas desde 1975. mas por qualquer motivo, que diacho, só se consegue consultar o resultado de 2011. 

 

teremos de tentar noutro lado, então. experimentemos na pordata, por exemplo. e que descobrimos?

 

1975 40,7%

1976 36,7%

1979 28,2%

1980 27,8% (FRS)

1983 37,3%

1985 21,4%

1987 22,8%

1991 29,8%

1995 44,7%

1999 44,9%

2002 38,6%

2005 46,4%

2009 37,7%

2011 29,2%

 

ou seja: em 1979, 1980, 1985 e 1987 o ps teve menos percentagem de votos que em 2011. a maior derrota de sempre foi aliás em 1985, com 21,4%. em 1987, quando proença foi eleito deputado, a votação do ps foi de 22,8% (pelos vistos, proença não reparou). e em 1991, nas eleições seguintes, em que foi de novo eleito, teve pouco mais que em 2011: 0,6% mais, precisamente. mas proença não se lembra. varreu-se-lhe tudo. coitado. será que se pega?

 

se fosse à direcção do ps comprava umas toneladas de memofante. ou vergonha, mas é mais difícil de encontrar à venda. 

 

 

nota: alegremo-nos. dando-se o caso de aparentemente a direcção do ps ter estreitas relações com as farmácias, pode ter desconto no medicamento*.

 

 

4 comentários

  • Sem imagem de perfil

    António Parente 26.06.2014

    Não vá por aí. Se em vez de usar percentagens, como se faz no post, comparar valores absolutos, como fez nesse comentário, as conclusões são opostas. Entre 2005 e 2011 o PS perdeu 1 milhão de votos e desses meio milhão evaporaram-se num ano e meio (entre 2009 e 2011). Se retirarmos o período atípico 1985/1987, onde surgiu o PRD que captou votos do PS que depois voltaram, 2011 compara desfavoravelmente com o passado.


    Não entendo o fascínio que José Sócrates provoca nalgumas pessoas do PS. Foi primeiro-ministro, fez coisas boas mas a parte final do seu segundo governo foi um desastre e deixou marcas negativas profundas. Só quando o PS se libertar do fantasma de Sócrates e apresentar um programa de governo exequível é que conseguirá reconquistar ex-votantes. Não perceberem isto é dramático. 
  • Sem imagem de perfil

    ibmartins 26.06.2014

    Não devia realmente ter ido por aí, uma vez que números não são o meu forte. Assim abstenho-me de contrapor e fico com a contraposição de f, mais abaixo.
    Queria, provavelmente de forma ignorante, contrapor à "grande vitória" a "maior derrota de sempre".


    Em relação ao "fascínio que José Sócrates provoca" posso responder apenas em meu nome, que não sou do PS, embora tenha votado quase sempre no PS.
    Sócrates é acusado de "ter deixado o país na banca rota" antes e depois das eleições pelo psd, cds e esquerdas, de forma mais crua ou mais meiga -> "deixou marcas negativas profundas". E pelos vistos também pelo actual ps, como se começa a ver agora que o líder saiu da gaiola.
    Como não aceito a teoria de que a "maior crise dos últimos 80 anos" só chegou a Portugal depois das eleições de 2011, culpar Sócrates pela vinda da troika de todos os desmandos que se seguiram não me convence.
    Terá feito coisas más enquanto primeiro ministro, mas nunca vi uma análise séria sobre essas coisas más e por isso não sei quais são. Estou à espera.
    Em relação às coisas boas, lembro-me bem, muitas atingiram-me. Mas essas lembro-me eu, e vejo-as lembradas nas caixas de comentários e blogs dos "fascinados por Sócrates". Nunca vi a defesa em teoria ou na prática dessas tais coisas boas. Pelo contrário: As novas oportunidades são desfeitas e não há um suspiro do ps, o magalhaes é vendido com outro nome por paulo portas e ganha prémios e não se ouve um alfinete cair, a fábrica de pilhas desiste de investir em Portugal, e?...
    Tanto que o ps tinha para defender, tanto porque batalhar, mas preferiu manter e deixar criar raízes a teoria com que este psd chegou ao poder. Assim, na falta de outras vozes mais bem colocadas, resta a quem não aceita esta teoria do bruxo mau responsável por tudo fazer a defesa como sabe, e ser chamado de "fascinado".
  • Sem imagem de perfil

    António Parente 27.06.2014

    Ibmartins


    Os governos de José Sócrates foram julgados nas eleições legislativas de 2009 e 2011. Não faz sentido, 3 anos depois, continuar-se a falar das eleições de 2011, do que Sócrates fez bem ou mal. O que interessa aos eleitores é o que pensa o PS fazer com a provável vitória de 2015, qual é o seu programa e projecto de governo.


    Se fosse eu a comentar as afirmações de João Proença chamaria a atenção para o facto de não ser verdade que o PS se afirmou sob a direcção de Seguro.


    Chamaria a atenção para o facto de Seguro só ter recuperado 84 mil votos em relação às eleições de 2009, isto é, com o PS na oposição conseguiu ter o pior resultado de sempre em eleições europeias quando nessas eleições os partidos da oposição capitalizam descontentamento. 


    Vincaria a perda de meio milhão de eleitores em 3 anos - entre 2011 e 2014 - e a incapacidade de ser uma oposição credível que inspirasse confiança ao eleitorado. 


    Chamaria a atenção para o facto das dificuldades actuais do PS, na sua relação com o eleitorado, surgirem por o seu líder não ser capaz de liderar a oposição e não por culpa de José Sócrates que pode ter cometido erros na gestão da crise do euro mas que não tem responsabilidades sobre o que sucedeu depois (vincaria que entre o memorando inicial e as 12 avaliações posteriores houve mudanças significativas e tentaria demonstrá-lo) nem sobre a incapacidade do líder do PS se credibilizar.


    Há muitas maneiras de abordar o tema. Parece-me que as percentagens não foi a melhor e o Ibmartins deu-me a possibilidade de salientar isso.


    Cumprimentos,
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