Muito elucidativo
Em resposta a este post, o João Luís Pinto escreve:
Pelos vistos o João acha que não existe uma coisa chamada sustentabilidade — ou legitimidade — democrática. Ou então, existe mas é irrelevante. Tanto faz. Mas termos mais: a correlação entre pobreza e criminalidade, também não é para aqui chamada. (ficamos a saber, por implicação, que o rendimento mínimo é uma espécie de extorsão que os criminosos impõem aos demais cidadãos trabalhadores, produtivos e respeitadores da lei). Para o João, só interessa a garantir as condições para a liberdade económica. E isso é tudo, obviamente. O que poderia haver para além da propriedade? Se tal implicar um estado que mantenha uma percentagem elevadíssima da sua população encarcerada, paciência. É a vida, diria o João Luís Pinto — no liberalismo do João, acrescento eu. Esta é, sem dúvida, uma estranha noção de liberdade. Mas, vindo de alguém que absolutiza a liberdade negativa, não admira. Podemos criticar o João por muitas coisas, mas pelo menos ele avisa ao que vem. Estamos avisados. Avisadíssimos.