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Sei o que fizeste no governo passado(TM*): negócio Citigroup

Ferreira Leite diz que não podemos onerar as gerações futuras...agora. Recordemos o belíssimo legado resultante do negócio da então ministra das finanças com o Citigroup. Para reduzir o défice, MFL limitou-se essencialmente a pedir um empréstimo ao banco, usando dívidas ao Estado como garantia do dinheiro recebido. Atenção: não vendeu, não alienou, não trocou cobranças futuras com risco por dinheiro certo — limitou-se a diferir despesas e a pagar por isso; e o Citigroup fez uma excelente operação sem risco. Extraordinário negócio...para o Citigroup. A coisa foi mais ou menos assim: como o Estado precisava desesperadamente de dinheiro, MFL —sempre astuta — dá 11 mil milhões de dívidas em troco de uns dinheirinhos que lhe permitiram mascarar a défice a curto prazo.  Mas como não vendeu, a responsabilidade pelas cobranças não ficou do lado do citigroup. Não. Quem cobra é o Estado, que tem de compensar as perdas eventuais do Citigroup. E como é que financia esta responsabilidade sem aumentar o endividamento? Aumentando a eficiência fiscal (coisa que os apoiantes de Ferreira Leite tendem a classificar como políticas predatórias e que atentam contra a liberdade do contribuinte), aumentando impostos (coisa que os apoiantes de Ferreira Leite não aceitam), vendendo património (coisa que eu desconheço se os apoiantes de Ferreira Leite apoiam) ou, finalmente, defendendo políticas de crescimento económico (coisa que os apoiantes de Ferreira Leite ainda esperam que esta lhes apresente). Independentemente da solução, uma coisa é certa: Ferreira Leite diferiu responsabilidades financeiras e onerou brutalmente o futuro de todos os portugueses. Dir-me-ão: todos os políticos têm feito este tipo de truques. É verdade. Mas este truque saiu caro, muito caro.

 

 

(nota: post editado)

 

*tm: Carlos Santos

2 comentários

  • Sem imagem de perfil

    Morgadinho 30.06.2009

    Espanto? Descaramento?

    Pela minha parte, apenas pensei que o João Galamba queria discutir seriamente a questão e por isso o questionei sobre em que se baseava para chegar às conclusões a que chegou.

    É que o negócio descrito pelo João Galamba certamente que não seria dos mais favoráveis para o Estado. O problema é que parece-se que o João Galamba se enganou factualmente de forma grosseira. E o "negócio" celebrado não foi o que o
    articulista descreveu...

    Agora se o Valter Marques quiser discutir a questão, podemos discutir. Apresente argumentos e poderemos discutir. Mas, se é só uma "boca para a galeria", o seu espanto e acusação de descaramento naturalmente vale o que vale...
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