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jugular

Sem protecção

Isto é inadmissível. Se o problema é o comportamento de risco, então o problema é o comportamento de risco, ponto. E nesse caso a pergunta a ser feita - a homens e mulheres, hetero e homo - é sobre o número de parceiros sexuais e o grau de protecção usada no sexo. Ponto. Tudo o mais é, sim, discriminação com base na orientação sexual. Entra pelos olhos dentro. Sem protecção.

112 comentários

rita maria 17.07.2009

Acho que a única hipótese é uma mobilizaçao de dadores. Ou seja, que todos aqueles que dao sangue pelo menos uma vez por ano deixem de fazê-lo até esta regra ser alterada.

PS: Em jeito de acrescento ao argumentário: eles testam porque sao obrigados a testar todo o sangue que recebem (até nos enviam os resultados para casa e tudo). Com o que toda a questao se torna assim como assim ridícula.
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Luís Lavoura 17.07.2009

Não me parece que concorde.

Não é discriminação com base na orientação sexual, dado que

1) As lésbicas podem doar sangue,

2) Os homossexuais masculinos também o podem fazer, desde que não tenham tido relações sexuais.

É muito difícil andar a perguntar às pessoas especificamente sobre todos os comportamentos particulares que tiveram. É também sabido que os preservativos se rompem, etc. Não me parece uma medida descabida.
Inês Meneses 17.07.2009

É totalmente descabida face aos dados sobre infecção por HIV-SIDA em Portugal, Luís. É duma ignorância que assusta, vinda de quem tem responsabilidades na gestão de sangue.
Inês Meneses 17.07.2009

http://www.apf.pt/?area=001&mid=010&sid=5#DADOS_NACIONAIS
Alexandra Tavares Teles 17.07.2009

mais isto, http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=399804&page=1
Alexandra Tavares Teles 17.07.2009

começa aqui: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=399804&page=0
Luís Lavoura 17.07.2009

Nos dados que a Inês teve a gentileza de abaixo fornecer, verifico que, de todas as infeções com SIDA em Portugal, metade foram adquiridas pelo uso de drogas. Das adquiridas por via sexual, verifico que há 3,5 vezes mais heterossexuais infetados do que homossexuais masculinos.

Ora bem, na população em geral não há 3,5 vezes mais heterossexuais (o que abrange homens e mulheres) do que homossexuais masculinos. A percentagem de homossexuais masculinos na população total será, quando muito, de 5% - provavelmente será de facto bastante inferior.

De onde se deduz que, embora o número de homossexuais masculinos infetados com SIDA seja de facto minoritário, a prevalência de SIDA entre os homossexuais masculinos é muito superior à sua prevalência entre a população em geral que adquire SIDA por vis sexual.

Pelo que, parece-me que de facto a "discriminação" acusada pelo Miguel faz algum sentido.
nuvens de fumo 17.07.2009

Luís,

Mas isso é um disparate, aplica-se como eu disse a todos os sub grupos de risco, que por definição tem de ter taxas de infecção superior, por isso serem de risco.

Não vão poder retirar todos os grupos de risco, por isso é eticamente incorrecto identificar um em específico.

Muito antes da discriminação, é a falta de rigor e disparate : )))
PGFV 17.07.2009

Uma correcção, não existem Grupos de risco!!!! existem comportamentos de risco. Há que ter cuidado com a linguagem. Caso queira falar em grupos, poder+a falar em grupos vulneráveis classificação para o quais a orientação sexual não é de todo critério.

Já deixei por aqui, mas pelos vistos nunca é demais. Recomendo leitura atenta:
http://www.unaids.org/en/KnowledgeCentre/HIVData/GlobalReport/2008/2008_Global_report.asp
nuvens de fumo 17.07.2009

Certo , falava em grupos de risco como sendo os grupos das pessoas com comportamentos de risco, por isso ter dito “a todos os sub grupos de risco, que por definição tem de ter taxas de infecção superior, por isso serem de risco.”
Mas expressei-me mal, sem dúvida , o que existem são comportamentos que propiciam o contágio de doenças, sexualmente transmissíveis.
Ok
PGFV 17.07.2009

O Luís esqueceu apenas um pormenor muito simples: Por razões históricas por terem sido incilamente considerado um grupo de risco, São os homossexuais que mais se testam e a maioria dos heterossexuais não estão nem aí, porque a representação social que continuam a ter da doença, continua a ser uma doença de homossexuais, logo se não for homossexual, não vai panhar a doença.

Não esqueça que os resultados, são apenas relativos a quem livremente se testa e não a uma amostra significativa da população. Logo se são os homossexuais quie mais se testam e mesmo assim a percebntagem é menor, imagine quantos heterossexuais não estarão infectados. Infelizmente a realidade está cheia de histórias disto exemoplificativas, desde a senhora viúva à mais de 5 anos, que o marido infectou à jovem mãe que descobre nesse momento ser HIV positiva. Há exemplos para todos os gostos.
Ricardo Alves 17.07.2009

«São os homossexuais que mais se testam e a maioria dos heterossexuais não estão nem aí»

Como é que sabe? Isso não será a sua «representação social» da heterossexualidade a funcionar?
PGFV 17.07.2009

Não tenho dados recentes, mas até cerca de 2002, mais de 50% das pessoas que recorria aos centros de rastreio anónimo, eram homossexuais. Por razões estatistícas, mesmo sendo anónimo perguntava-se a orientação sexual.
S 17.07.2009

E nos E.U.A um dos grupos com maiores taxas de infecção são os afro-americanos. Bora impedi-los de dar sangue? Ou neste caso já dá merda a sério, em vez de impedir meia dúzia de p********* de dar sangue? É que é o mesmo princípio, logo...

"To date, over 225,000 African Americans have died of AIDS - nearly 40% of total deaths - and of the more than 1 million people living with HIV in the United States of America today, around half are black. And yet, as a racial group, African Americans represent just 13% of the US population. The estimated lifetime risk of becoming infected with HIV is 1 in 16 for black males, and 1 in 30 for black females, a far higher risk than for white males (1 in 104) and white females (1 in 588)."

http://www.avert.org/hiv-african-americans.htm
aorta 17.07.2009

por acaso acho mesmo que deviam ser impedidos de dar sangue. e isso só não acontece por falta de coragem política, porque os polícias do politicamente correcto vinham logo a correr gritar racismo.

até vou mais longe. toda a gente deveria ser obrigada a saber o seu estado serológico.
S 17.07.2009

Quanto a mim, em vez de em vez de gritar "Racismo!", berro "Porra! Como há gente besta!"...
nuvens de fumo 17.07.2009

o rastreio da população deveria ser obrigatório, 100% de acordo
PGFV 17.07.2009

e que tal colocado no bilhete de identidade e publicado em lista públicas. tenha juízo!!!
nuvens de fumo 17.07.2009

NNão percebeu o que queria dizer, acho que seria importante haver um rastreio nacional como havia com a tuberculose. Até acho que já há ideias nesse sentido. Qual o problema, as pessoas tem o direito e o dever de saber.
Ricardo Alves 17.07.2009

«acho que seria importante haver um rastreio nacional como havia com a tuberculose»

Ora aí está uma excelente ideia. Será que as associações BLGT querem pegar na ideia e pressionar nesse sentido? Seria um passo importante na afirmação pública dessas minorias sexuais.
aorta 17.07.2009

isso é que eu gostava que o miguel respondesse antes de vir falar de discriminação.
nuvens de fumo 17.07.2009

Não percebi, porque essas associações, é um problema de saúdepública
Ricardo Alves 18.07.2009

Porque essas associações ganhariam em credibilidade. Seria uma excelente ocasião para demonstrarem que existem valores que prezam acima da afirmação pública e social da homossexualidade. Como a saúde pública, justamente.
aorta 17.07.2009

juízo deveria ter você. as pessoas que estão infectadas e que se submetem a tratamento, são capazes de reduzir a carga viral para valores indetectáveis, o que reduz para valores mínimos o perigo de contágio.

essa é a vantagem de se saber o nosso estado serológico. é para acabar de vez com o "eh pá e tal... não sabia que estava infectado, mas agora já sei e tu também estás"...
PGFV 17.07.2009

os valores indetectáveis da carga viral são devidos aos avanços farmacológicos e verificam-se quer em homens quer em mulheres, quer em Bi, hetero ou homossexuais. Tal como o vírus, os medicamentos não fazem discriminação com base na orientação sexual, se é que me fiz entender.

Hipótese: caso um seropositivo, homo, hetero ou bi, homem ou mulher, com valores indetectáveis de carga viral, vá dar sangue, é um acto criminoso, porque se sabe que tem os esses valores, é porque sabe do seu estado de seropositividade. E pelo que percebi não é o que aqui se discute, que é simplesmente o SNS não aceitar dadores homossexuais.

pela 20ª vez hoje, existem comportamentos de risco e não grupos de risco. Pensar que todos os homossexuais têm comportamentos de risco, ou bissexuais ou seja lá o que for, sem ter em consideração o comportamento, não só é uma aberração, como é estar a prestar um mau serviço de saúde.
carlos mata 17.07.2009

neste caso estamos mesmo a falar de grupos de risco.
a legislaçao a que o ministerio se refere, o instituto portugues de sangue e o hospital de santo antonio discrimina grupos. para além dos homossexuais, exclui como grupos de risco, por exemplo, os profissionais de saude (pelo risco de picadas com agulhas no decurso do seu trabalho), exclui os criadores de alguns animais (pelo risco de transmissão de brucelose),..entre outros.
a lista é extensa e pode ser encontrada no site do IPS.
esta legislaçao pode é ser sujeita a discussão publica, mas isso já é outra questão.
aorta 18.07.2009

ó criatura, pare de falar sozinho, raios! e vá dar sangu, vá, sua melga.
S 17.07.2009

Melhor dizendo... Uma resposta afirmativa há questão "Já teve relações com um indivíduo afro-americano?" deve ser um factor de exclusão.

Activa o reflexo do vómito ou não?
aorta 17.07.2009

se os dados que você cita estiverem correctos, sim. acho que devia ser impeditiva.

e deixe-me que lhe diga, sou homem, gay, já tive um namorado africano e não me sinto nada discriminado por não poder fazer parte do grupo de dadores.
S 17.07.2009

"e deixe-me que lhe diga, sou homem, gay, já tive um namorado africano e não me sinto nada discriminado por não poder fazer parte do grupo de dadores."

A sua vida e o que sente passam-me ao lado, não me mudam a opinião. É uma questão de discriminação. Se não vê a aberração de tais medidas, temos pena...
aorta 17.07.2009

a única aberração que eu vejo é alguém ser contaminado com uma transfusão de sangue. isso, sim, é aberrante.
PGFV 17.07.2009

O facto de alguém ser homossexual não é sinónimo de ter menos (ou interiorizar menos) preconceitos e esteriótipos.

Sugiro a leituira atenta:

http://www.unaids.org/en/KnowledgeCentre/HIVData/GlobalReport/2008/2008_Global_report.asp
PGFV 17.07.2009

É totalmente descabida discriminatória e demonstra total ignorância para não dizer outras coisas.

Já na "pé história" do aparecimento do HIV / SIDA se começou por diferenciar comportamento de risco de grupos de risco, sendo que grupo de risco no caso do HIV/SIDA simplesmente não existe.

A grande questão nos dadores de sangue, não é a sua orientação sexual, mas as relações sexuais que poderão ter tido não protegidas "comportamento de risco" durante o chamado período janela, ou seja o período em que os testes, não conseguem ainda detectar os anticorpos para o vírus no caso de um dador se ter infectado. (os teste testam os anticorpos e não o vírus, já que os teste que testam o vírus são bastante mais caros e não são usados nos rastreio dos dadores de sangue. O período janela, começou por ser 3 meses, sendo hoje bastante mais curto, pelo avanço técnico dos testes.

É lógico que se procurem detectar comportamentos de risco (práticas sexuais não protegidas, sejam elas homo ou hetero ), é descabido, errado, e totalmente não científico , associar prática de risco a orientação sexual.

Em rigor uma mulher ou um homem, dador de sangue, numa relação estável e socialmente aos olhos dos outros e dos seus monogâmica , que tenha tido práticas sexuais não protegidas nas 4 semanas antes de doar sangue, estatisticamente tem muito maior probabilidade de estar infectado, que um dador hetero ou homo) que tenha tido relações sexuais protegidas, simplesmente pelo facto, de que se aquele dador pode controlar os seu comportamento e por isso por ele responder, jamais poderá responder pelo comportamento do seu parceiro. Logo se com ele teve uma relação não protegida, teve um comportamento de risco e não é a sua heterossexualidade ou suposta monogamia (e monogamia neste caso tanto serve para os heteros como para os homo) que fazem com que não tenha um comportamento de risco.

Parece que mesmo quem tem obrigação de se reger por princípios científicos , se continua a reger por preconceitos e estereótipos e já lá vão mais de 20 anos
Ricardo Alves 17.07.2009

PGFV,
vou dar-lhe uma novidade: as pessoas mentem. Não é por dizerem que foram monogâmicos nas últimas 4 semanas que isso passa automaticamente a ser verdade.

Se todos fossemos conscientes e responsáveis quanto ao que significa dar sangue, esta discussão seria absurda. Infelizmente, não é assim. E textos como o que estamos a comentar, que gritam «discriminação» ignorando deliberadamente as preocupações sanitárias e sem fazerem qualquer apelo, sequer, à responsabilização de quem doa sangue, não ajudam nada. Porque politizam uma questão que deveria estar muito acima da política.
DarkAngel 17.07.2009

È por isso que todo o sangue doado é analisado antes de estar disponivel para transfusão!! O que não significa que se deva excluir um homem de daoar sangue devido a ter tido relações sexuais outro homem (mesmo que com protecção)!!

Assim só se criam mais mentiras, pois os homossexuais que pretendem doar sangue, podem faze-lo na mesma, até porque a pergunta "Qual a sua orientação sexual" não é nem pode ser feita.
carlos mata 17.07.2009

todas as perguntas podem ser feitas. mas se existir dificuldade nessa formulação pode-se perguntar se alguem tem tido recentemente relaçoes sexuais com outros homens.
PGFV 17.07.2009

exactamente "as pessoas mentem" e não conheço nenhum estudo que mostre uma correlacção positiva entre mentirem acerca das relações sexuais que têm e orientação sexual
carlos mata 17.07.2009

a questão da mentira numa consulta medica já é da responsabilidade individual dos dadores.
moralmente o medico que realiza a triagem dos dadores de sangue cumpriu o que a legislaçao actual exige.
Ricardo Alves 18.07.2009

«não conheço nenhum estudo que mostre uma correlacção positiva entre mentirem acerca das relações sexuais que têm e orientação sexual»

Dado o estigma social associado à homossexualidade, é mais provável que os homossexuais mintam sobre o seu comportamento.
PGFV 20.07.2009

Caro Ricardo Alves,

Isso em ciência não existe.

Se acha que pelo "estigma social" seja "mais provavel" os homossexuais mentirem acerca das relaçãoes sexuais, operacionalize todas aestas variáveis formule a hipótese contrária áquilo que acha e tente encontrar factos que a validem.

Felizmente a ciência tem metodologias, que diminuem e limitam o que achamos.
nuvens de fumo 17.07.2009

Luís,

Nem sequer se coloca a questão da discriminação, muito antes disso é a questão de lógica. É ridículo. E os hetero que frequentam prostitutas ? e os idosos que tomam viagra, e que consequentemente são sexualmente activos e frequentam prostitutas ? e os bissexuais ? e as pessoas que são swingers ? e os que não fazendo nada destas coisas não usam protecção com a mulher/homem que por sua vez os trai com os tipos anteriormente referidos ?
Não faz sentido, por um lado pelos estudos a população homossexual tem tido uma diminuição na incidência de novos casos , e por outro o sangue tem de ser todo testado, por isso , preocupa-me é por poder haver aqui alguma assumpção de falha de procedimentos, mas isso é outra conversa e espero mesmo não ser esse o caso.
aorta 17.07.2009

todos esse exemplo representam casos de pessoas que não podem dar sangue.

quer gostem ou não de ouvir, os homossexuais masculinos são um grupo de altíssimo rico. não foi por acaso que a doença começo por atacar este grupo, não é?

e como os testes não são infalíveis, eu estou de acordo que se retirem do sistema de dadores pessoas que configurem casos de risco.

porque no caso de eu ter um acidente e precisar de sangue, vou gostar de saber que o risco que corro de ser infectado é mínimo.
nuvens de fumo 17.07.2009

Eu só acho que como não sabemos a verdade tem que se testar todo o sangue.
E espero que tal seja feito e não por amostragem baseada em inquéritos, não me agradava nada de hoje para amanhã apanhar uma qualquer doença por essa via.
carlos mata 17.07.2009

pois, mas é como o aorta diz.
todo o sangue é testado para os agentes infeciosos que sao conhecidos no sec. XXI. mas os testes têm limitações: ha os falsos negativos.
os inqueritos nao servem para decidir quais as amostras que são ou nao analisadas. todo o sangue colhido é analisado. Sabemos é que podem existir falsos negativos.
aorta 17.07.2009

na realidade toda esta polémica é uma tanga. os heterossexuais que mudaram de parceiros nos últimos seis meses também não podem dar sangue.
carlos mata 17.07.2009

exacto
PGFV 17.07.2009

Não sei nem me interessa se é homo ou bi ou hetero.
Apenas uma pergunta que não precisa de responder aqui, faça-o apenas para si, talvez alguma luz se faça nessa sua cabeça cheia de preconceitos e esteruótipos.

Nunca teve relações sexuais não protegidas?
Testou-se três meses após a última relação sexual não protegida que teve e durante esse periódo não teve relações sexuais desprotegidas?

e a sua resposta NÃO for Não A AMBAS AS QUESTÕES, fique A SABER QUE TEVE COMPORTAMENTOS DE RISCO.

Já agora uma informação, cada vez que tem sexo não protegido com alguém, não se esqueça que em matéria de transmissão do HIV pelo como de todas as outras DSts, não só não tem sexo com essa pessoa, mas com todas as pessoas que com o seu paRÇEIRO TIVERAL E TODAS AS PESSOAS QUE COM OS PARÇEIROS DO SEU PARÇEIRO TIVERAM.eM CASOS MÉDIOS, TAÇVEZ D~E PARA AI UMA MÉDIA DE 500-100. a NÃO SER QUDE SERJA VIRGEM E SÓ TENHA TIDO SEXO COM UMA PESSOA IGULAMENTE VIRGEM.
aorta 17.07.2009

sim, já tive vários comportamentos de risco. sim, já fiz várias vezes o teste. o último foi há 3 meses. e até lhe digo mais: o meu último parceiro era/é (porque não morreu) seropositivo.

qual era mesmo o preconceito a que você se referia?
PGFV 17.07.2009

O de considerar que todos os homossexuais têm o mesmo tipo de comportamentos sexuais por exemplo.

Será que custa muito entender que o que está em causa não é quem se é, neste caso que orientação sexual se tem, mas o que se faz sexualmente?
aorta 17.07.2009

será que você não percebe que o que está em causa é não infectar pessoas com sangue contaminado?

e não sei em que planeta é que você vive, mas no meu a maioria esmagadora dos homossexuais têm comportamentos promiscuos. os que não têm, porque também os há, são uma pequena minoria.
DarkAngel 17.07.2009

Aorta- conheces todos os homossexuais portugueses para poder dizer isso??? DUVIDO!! Pois a maioria daqueles que conheço não são promíscuos, e os promíscuos são pessoas que sabem os riscos que correm e usam protecção. Se calhar devia rever essa sua teoria.
aorta 18.07.2009

temos de sair um dia à noite, para eu te mostrar.
DarkAngel 19.07.2009

Aorta- Eu conheço a noite gay de lisboa. E não disse que não existe promíscuidade. simplesmente disse que não existe assim tanta quanto você insinua.
E não se protegem porque são um grupo de risco, mas sim porque têm consciencia das coisas, e dos riscos que correm. È simples informação
e tomada de medidas.

Ricardo Alves- Então essa medida podia ser também adoptada para os homossexuais que mudassem de parceiro à menos de 6 meses, pois as condições são as mesmas certo?
E não excluí-los totalmente.

Tenho um elenco de respostas para esta temática no meu blog. Podem consultar. È Inlógico e irracional esta medida.
aorta 19.07.2009

ilógico e irracional é você querer dar sangue. e perigoso!!!

mas tem razão. lisboa é pouco promiscua. é por isso que muitos de nós preferem madrid, londres, barcelona, amesterdão... ou mesmo o brasil... aí a coisa é melhor e o risco de encontrarmos alguém conhecido no quarto escuro é muito menor.

pfff...
DarkAngel 20.07.2009

Já lhe ouvi chamar muita coisa ao acto de querer ajudar o proximo ja que tenho condições,
mas "ilógico e irracional" é a primeira vez :S hahaha
E caro aorta, nem todos somos como o senhor que rodam cada semana um novo, há homossexuais
que simplesmente não o fazem e não têm necessidade disso, assim como há aqueles que o fazem e que tomam as devidas precauções (como o caso de senhor pelo que tenho visto até agora). O que não significa que seja "perigoso", pois se as pessoas tiverem consciencia dos seus actos aí sim se
evitam prejuízos, mas não com descriminação.
aorta 20.07.2009

"nem todos somos como o senhor que rodam cada semana um novo"

temos uma virgem moralista entre nós. oremos, irmãs...
S 20.07.2009

Preconceito é favor... Julgar todos os homossexuais pelas suas medidas para justificar a discriminação... haja pachorra.
aorta 20.07.2009

apetecia-me tanto uma sprite...

http://www.youtube.com/watch?v=nquccBCNYpg
romu 18.07.2009

caro aorta,

fique sabendo que, segundo os estudos que foram feitos para avaliar as medidas de protecção sexual de homo e heterossexuais, os resultados foram terríveis no caso das relações heterossexuais. a verdade é que os homossexuais se protegem muito mais frequentemente do que os heterossexuais, assim como os homossexuais fazem o teste do HIV muito mais vezes.
os homossexuais é que são promiscuos? você não deve certamente estar nos espaços em que se engatam heterossexuais para não ver a facilidade com que se muda de parceiro e como o normal é a rapariga tomar a pílula e por isso o preservativo nem chegar a ser utilizado imensas vezes.
aorta 19.07.2009

"a verdade é que os homossexuais se protegem muito mais frequentemente do que os heterossexuais, assim como os homossexuais fazem o teste do HIV muito mais vezes."

ai é? e porque será? se calhar porque fazem parte de um grupo de risco, não? dah!!!!!!
PGFV 20.07.2009

Aponte-me estudos ciêntificos credíveis que validem essas suas ideias pessoais.

Os homossexuais têm mais comportamentos promíscuos.

elações sexuais protegidas entre pessoas com comportamentos promiscuos (operacionalizando devidamente o que é promiscuo e não é) levam a amsi infecções pelo HIV que relações não protegidas entre pessoas não promíscuas (mais uma vez operacionalize o que é ser não promiscuo).
aorta 20.07.2009

vá a londres, s. francisco, nova york, madrid, oslo, amesterdão, s. paulo, só para dar alguns exemplos, por altura do gay pride e vai perceber o que é ser promiscuo (não há aqui qualquer juízo de valor).

entretanto, enquanto não vai, veja este vídeo.

http://www.metacafe.com/watch/1574949/gay_parade_2008_amsterdam/

mas tenha atenção. porque isto não são imagens de uma procissão e os rapazes com asas também não são anjinhos.
Anónimo 20.07.2009

Aorta eu já estou cansado e sim conheço bem o circuit internacional, mesmo não sendo a minha onda a dos quartos escuros (sem moralismo) prefiro dançar até cair para o lado e veja lá até estou a par dos recentes estudos que descobriram que o avanço do número de infectados na população gay (tendência contrária em muitos anos em que o número de infectados dos gay descia sempre) tinha uma razão, a generalização do uso de drogas nomeadamente do GHB e da Quetamina( o anterior relatório da ONUSIDA ao que aqui foi referido já o refere no contexto londrino).

Agora idependentemente disto, que tal deixar de ver toda a realidade por uma parte da realidade que pelos vistos conhece bem?

E quer queira, quer não, uma relação não protegida entre duas pessoas, que tenham no seu passado digamos cada uma delas 3 parçeiros diferentes, implica muito mais riscos em termos de infecção pelo HIV, que uma relação protegida em que cada umas das pessoas envolvidas teve por exemplo digamos 1000 parceiros sexuais. Por outras palavras, multiplos parçeiros sexuais e preservativo significam infinitamente menor risco que um parçeiro estável numa relação não protegida. O vírus não sabe o que é a promiscuidade, a fidelidade e todos esses conceitos sociais.

Olhe e cansei-me de contra argumentar.
PGFV 20.07.2009

Conhece estudos ciênticios quie provem isso? ou é só uma ideia sua? é que eu não conheço.

Mas por acaso conheço estudos, que demostram que idependentemente do número de parceiros que as pessoas tenham, as pessoas infectam-se mais quando não usam perservativo, e que por sinal a maior parte das pessoas infectam-se, por sinal dentro de uma relação estável.A variável número de parceiros se ligada a uso de preservativo por sinal está infinitamente menos correlacionada com infeccção HIV que com relações sexuais não protegidas e número de parçeiros reduzido.
Ricardo Alves 18.07.2009

Os homossexuais masculinos não têm todos o mesmo tipo de comportamento, mas têm-no em maior proporção (significativa). A questão é só essa. Se fosse mero preconceito, as lésbicas também seriam excluídas. E os heterossexuais masculinos que mudaram de parceiro nos últimos seis meses não seriam excluídos.
carlos mata 17.07.2009

nesse caso, se teve relaçoes sexuais desprotejidas e nao fez testes depois disso não deve aparecer para dar sangue. fa-lo-á depois.
S 17.07.2009

"Não é discriminação com base na orientação sexual, dado que

1) As lésbicas podem doar sangue,

2) Os homossexuais masculinos também o podem fazer, desde que não tenham tido relações sexuais."

É preconceito.

"É muito difícil andar a perguntar às pessoas especificamente sobre todos os comportamentos particulares que tiveram. É também sabido que os preservativos se rompem, etc. Não me parece uma medida descabida."

Perguntar se usa preservativo é difícil? E os heterossexuais não usam preservativos ou no caso destes não se rompem? Descabida é esta medida. Nem percebo como é possível tentar defendê-la...

E isto é mesmo verdade?

"Daí a dádiva por "homens que têm relações com homens" não ser autorizada "em todos os países da Europa, EUA, Canadá e Austrália"." !!!!!
aorta 17.07.2009

os heterossexuais que mudaram de parceiro nos últimos seis meses também não podem dar. além desses há a juntar pessoas que fizeram tatuagens ou que viajaram para outro continente, ou ainda que estejam a tomar medicamentos.

eu não percebo qual é o drama.
S 18.07.2009

Não percebe qual é o drama?????
Todas essas situações que relatou são aceitáveis e mesmo necessárias. Agora, acha que são iguais a impedir a doação por se ser homossexual? Por se ser apenas e só homossexual? Pois se ainda não percebeu isto, então não, não está a mesmo a ver o drama.

Medidas destas poderiam estender-se a outros "grupos de risco", mas porque acha que o caso dos homossexuais masculinos é o único (e pelos vistos, universalmente) "grupo de risco" impedido de doar? Simples, é muito muito mais fácil, e até mesmo aplaudido, passar preconceito e discriminação por medidas de saúde. Nos EUA "all hell would break lose" se houvesse a mera sugestão de impedri os afro-americanos de oar sangue, melhor dizendo, todos os indivíduos que tenham tido sexo com um afro-americano.
aorta 19.07.2009

"mas porque acha que o caso dos homossexuais masculinos é o único (e pelos vistos, universalmente) "grupo de risco" impedido de doar?"

não são. os toxicodependentes também não podem dar sangue. as prostitutas também. pessoas que receberam transfusões de sangue também não podem. Além destas, também não pode doar quem tem diabetes, tuberculose, cancro, doenças infecciosas, gripe, febre, malária, hepatite, sífilis, epilepsia, e, ainda, pessoas com crises alérgicas ou que façam uso regular de medicação.

e agora só mais um conselho: informe-se antes de escrever estas merdas.
S 19.07.2009

Deixe de ser parvo... Acha que todas essas pessoas que enumerou estão nas mesmas condições de pessoas que estão impedidas por serem homossexuais??????????????????????????????????????????????????????????????????????

Essas pessoas estão impedidas devidos a factores de risco inerentes à sua condição, o SER homossexual não pressupõe comportamentos de risco!!! E como justifica que ninguém pegue no caso dos afro-americanos? Não me venha dizer que não é preconceito, claro que já deu para perceber que preconceituoso é o senhor...

Deixe de ser parvo antes de escrever o que quer que seja.
DarkAngel 19.07.2009

Querido aorta em primeiro se se considera doente é uma sua opção, eu cá não o sou. Em segundo, este seu post demonstra toda a sua inteligencia. E por tercerio (mas que já foi mais que dito neste blog) não existem grupos de risco!!!! EXISTEM COMPORTAMENTOS DE RISCO!!! Usar serings usadas, sexo sem protecção, recorrer a profissionais do sexo que não tomem precauções, não ter cuidados especiais a quando de relações com alguém infectado. ISSO SIM É PERIGOSO!!! E não ser homossexual. Quantos e quantos heterossexuais não fazem sexo sem preservativo só porque "é melhor" e ela toma a pílula??? Quantos e quantos não recorrem a prostitutas?? PENSA NO QUE ESCREVES!!
PGFV 17.07.2009

Luís Lavoura recomendo-lhe a leitura atenta :http://www.unaids.org/en/KnowledgeCentre/HIVData/GlobalReport/2008/2008_Global_report.asp

aorta 17.07.2009

eu sou homossexual e não me sinto nada discriminado. posso receber sangue, não posso? isso é que interessa.

quanto aos comportamentos de risco, já era tempo das associações LGBT se preocuparem em descer para níveis próximos do zero o incidência do HIV nos grupo dos homossexuais masculinos. se assim fosse, leis destas não fariam qualquer sentido.

mas parece que ninguém está aí. chegamos ao nível do óptimo e, portanto, fazer mais seria atentar contra a liberdade sexual de cada um. resultado: os homossexuais masculinos continuam a ser um grupo de altíssimo risco.
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Zé Carioca 17.07.2009

Miguel Vale de Almeida deveria saber que uma relação sexual homosexual não protegida apresenta mais riscos de contágio que uma relação sexual heterosexual.
nuvens de fumo 17.07.2009

Mais uma vez depende, são tudo generalizações sem valor científico nenhum.
O sangue tem é de ser testado até termos sangue artificial.
O resto são cantigas e má ciência
S 17.07.2009

E uma protegida? É que o comportamento de risco não me parece ser o ter sexo com um indivíduo do mesmo sexo, mas sim o ter sexo sem protecção.
PGFV 17.07.2009

Totalmente ERRADO:

Mais uma vez o preconceito. O que implica mais risco mais uma vez é o comportamento e não a orientação, ou seja, a prática sexual que maior risco implica é a penetração anal com ejaculação, logo muito muito seguida (ao ponto de não se poder em rigor dizer cientificamente que é menor) da penetração pénis vagina. Como se a imaginação e conhecimento da realidade lhe permitir facilmente pode deduzir que as práticas de penetração anal, não são exclusivas de orientação sexual.

Ah nota final: penetração vaginal (énis vagina) caso a mulher se encontre mestruada é a prática de mais elevado risco.
Ricardo Alves 17.07.2009

Mas afinal agora a homossexualidade é um comportamento e não uma «identidade»? Depois de tanta luta pela «identidade», faz-se marcha atrás?
S 17.07.2009

Mas está-se a fazer de parvo, os comportamentos são de risco. Não é a identidade homossexual. É disto que se fala, deixa para o lado as provocações que saem furadas...

VMB 17.07.2009

Discordo do Luís.

O que dizem as estatísticas nacionais? Que entre os infectados com HIV os homossexuais são quase um terço dos heterossexuais. Não sei qual é a percentagem de pessoas que têm práticas homossexuais frequentes (para excluir actos esporádicos que são pouco relevantes em epidemiologia, dado que a taxa de transmissão do HIV por acto sexual é muito baixa), mas duvido que seja superior a 1/5 das pessoas com práticas predominantemente heterossexuais. Por outras palavras, os homens com práticas homossexuais continuam a estar desproporcionalmente representadas no grupo dos infectados. Tal pode dever-se à história da propagação da propagação da doença, a uma maior prevalência de comportamentos promíscuos sem protecção entre os homossexuais e/ou à maior taxa de transmissão por sexo anal. Seja como for, é um facto. Perante isto, o que fazer?

A solução mais justa é optar por uma triagem com base na prática de comportamentos de risco. Um casal de homossexuais fiéis que esteja junto há 20 anos representa uma fonte de sangue muito mais segura que um qualquer heterossexual que acumule vários parceiros por ano e prefira o sexo desprotegido.

O raciocínio também é válido para uma pessoa com um passado de toxicodependência (os toxicodependentes são o maior "grupo de risco"). Se essa pessoa usou sempre agulhas esterilizadas e não acumulou outros comportamentos de risco, também é uma fonte de sangue mais segura que o heterossexual que colecciona parceiros e não gosta de preservativos.

Não só o Sistema Nacional de Saúde comete um erro de princípio ao insistir na prática injusta da discriminação por "grupos de risco", como essa decisão é potencialmente contraproducente. Em última análise, a triagem prévia feita com base nos questionários assenta na boa-fé dos dadores potenciais. Se um destes dadores considerar o questionário ofensivo, pode sentir-se legitimado - embora nada o justifique - a mentir e a rever o seu passado com um crivo menos apertado do que se o questionário fosse despudoradamente certeiro nas perguntas que coloca.
joão viegas 17.07.2009

Como sempre (isto chega a ser desesperante) ha ambiguidade na noticia dada, sem que se perceba em que medida esta ambiguidade é devida a posição politica criticavel e em que medida é devida a ma compreensão do jornalista.

E' claro que recusar dadores homosexuais independentemente do seu comportamento, so por pertencerem a um "grupo de risco" em termos estatisticos é discriminatorio e constitui uma discriminação em razão da orientação sexual. Ainda que seja so em relação aos homosexuais de sexo masculino, caso em que, à discriminação em razão da orientação sexual, se podera juntar uma discriminação em razão do sexo.

E' tão discriminatorio como seria recusar a dadiva de sangue a um africano, porque ele pertence a um grupo de risco, uma vez que ha mais pessoas contaminadas em Africa do em outros continentes.

MVA tem razão.
PGFV 17.07.2009

Mais uma vez preconceito!

Carissimo, caso queira fazer leituras que levem em conta o seu raccicínio, terá que ter en consideração a taxa de homossexuais que se testam e a taxa de heterossexuais. Pode facilmente verificar que a taxa de homossexuais que se testam é bastante mais elevada que os heterossexuais e os resultados de incidência do HIV não são sobre uma amostra represntativa da população, mas sobre o número de pessoas que por livre vonatde se testam.

E uma vez mais também para si apesar de já aqui ter sido referido:

As práticas que mais risco de transmissão do HIV e outras DSTs, é bom não esquecer que também existem e muitas bem mais graves que o HIV, são penetração anal ou vaginal e recorde-se: não existe nenhum estudo cientifico válido e credível que tenha conseguido demonstrar que a penetração anal acarreta maior risco que a penetração vaginal, da mesma forma que não existem estudos que indiquem que a penetração anal É EXCLUSIVA de práticas homossexuais (por curiosidade é até bastante utilizada entre os heterossexuais como método de contracepção).
Por último a prática que maior risco implica é a penetração vaginal durante o periódo menstrual da mulher.

Talvez seja útil uma leitura atenta para quem por aqui anda a mandar posta de pescada, expondo os seus preconceitos:
http://www.unaids.org/en/KnowledgeCentre/HIVData/GlobalReport/2008/2008_Global_report.asp

DarkAngel 17.07.2009

Caro VMV e Luís Lavoura,

Se prestancem maior atenção ao artigo fornecido pela Inês poderiam fazer as cotas e ver que no exemplo demonstrado com uma população de 564 individuos infectados havia
88 casos de pessoas homossexuais infecatdas ( ou seja 15,6%!!) enquanto há 351 casos de heteros infecatdos (62,2%). Diferança a meu ver bastante relevante.
Sendo os casos de heteros infecatdos aproximadamente 4 vezes mais que os hetero. E mesmo no caso de haver homossexuais infectados, há também homossexuais que não estão, sendo
esse sangue saudavel que os serviços negam.

Estimativas demonstram que cerca de 10% da população portuguesa. Sendo que dos 14195 confirmados até Dezembr de 2007, só 1822 são de pessoas homossexuais, e quase 5000 por pessoas heterossexuais, tendo tendencia para aumentar.
Dados a meu ver bastante significativos, pois seguindo o raciocinio do MS, os heterossexuais também são uma população a risco. Se se excluisse também os hetero que se fazia?

aorta - As associações LGBT fazem aquilo que podem, com campanhas de sensibilização, com destribuição de preservativos, com acções de formação. Mas não podem fazer milagres.
Se as pessoas têm comportamentos de risco eles não podem fazer nada.
E se lesses o arquivo generosamente fornecido pela Inês Meneses, verias que o que dizes está errado.

Zé Carioca- Mas as pessoas sabem isso, simplesment as percentagens não significam nada. Pois os comportamentos de risco existem para todos e não só para os homossexuais.
Todos estamos a risco de contrair o HIV.

Mas o mais absurdo, é que todo o sangue doado deve ser analisado. Qual é a logica de "Deitar fora" sangue saudavel só porque há riscos? Sendo assim também se deviam excluir as mulheres hetero que são hoje a população mais afectada!
aorta 17.07.2009

"Se as pessoas têm comportamentos de risco eles não podem fazer nada. E se lesses o arquivo generosamente fornecido pela Inês Meneses, verias que o que dizes está errado."

Caro DarkAngel,

nos dias de hoje só há uma forma de acabar com o HIV, a saber: parando a transmissão. e para parar a transmissão é necessário acabar com os comportamentos de risco. os grupos de LGBT deveriam ser mais assertivos relativamente a isto.

porque a promiscuidade, e os grupos homossexuais masculinos são super promiscuos (quem disser o contrário mente), é a principal causa de disseminação do HIV.

deixo-lhe um vídeo do TED, deixado aqui em tempos pela ana ou pela inês (já não me lembro), e depois talvez consiga compreender do que é que eu estou a falar.

http://www.ted.com/talks/view/id/540
DarkAngel 17.07.2009

Tem uma visão utopica da coisa não é? Acabar com o vírus é uma coisa dificil, muito dificil. Os grupos LGBT fazem o que podem, mas caso não saiba muitos homossexuais nem se importam com isso. Pensado noutras coisas. Como sempre só se pode ajudar quem quer ser ajudado.

E novamente volto a repetir, acho formidável a sua convicção de que todos os homossexuais são promiscuos. Coisa primeiramente errada, e secundáriamente o problema não está em serem promiscuos, mas sim em fazerem sexo sem protecção.

E garanto-lhe novamente, que não é uma maioria.
DarkAngel 17.07.2009

Vive num mundo um bocado utopico certo? è que muito dificilmente se vai conseguir extirpar o vírus da SIDA, pois se há pessoas preocupadas com isso, há outras que não se importam minimamente. E a essas nem as associações GLBT podem fazer alguma coisa. Essas associações ajudam e informam quem quer, quem não quer não se pode obrigar não é?

E acho fantastica essa sua generalização. Conhece todos os homossexuais portugueses???? È que dos que eu conheço, uns não são promiscuos e preocupam-se com a saúde, e a maioria entre os promiscuos tem comportamentos de protecção! Que é isso que realmente importa, se houver medidas de protecção evita-se muita coisa. Agora essa sua generalização é completamente indevida.

Ricardo Alves 17.07.2009

O valor mais importante a salvaguardar aqui é sanitário. E, em questões de saúde, discrimina-se sempre. Ou o Miguel vai andar sem máscara na presença de uma pessoa com gripe A?
S 17.07.2009

"Ou o Miguel vai andar sem máscara na presença de uma pessoa com gripe A?"

Desculpe??????????????
Tem que me explicar esta... Aqui não se trata de pessoas que têm HIV, nem sequer que tenham tido comportamentos de risco (não usar preservativo) é só e apenas o terem relação com alguém do mesmo sexo. Tal como nos EUA impedir-se alguém de dar sangue por ter relações com algum afro-americano. (ver dados num comentário meu acima).
Ricardo Alves 17.07.2009

Dar sangue é um privilégio, não é um direito.
S 17.07.2009

Privilégio, esta nunca tinha ouvido... E esse privilégio é retirado com base em preconceitos?
Ricardo Alves 17.07.2009

Não me parece que se trate de um preconceito. É um facto comprovável estatisticamente que os homossexuais masculinos são mais promíscuos do que qualquer outro grupo comportamental, com a excepção dos profissionais do sexo. (Não condeno essa promiscuidade enquanto tal.) Consideraria «preconceito» excluir prostitutas e prostitutos da doação de sangue?
nuvens de fumo 17.07.2009

se todas as pessoas fossem castas como manda a santa madre igreja, nada disto acontecia.
aorta 17.07.2009

hehehe... agora é só escolher. ou levam uma vida de castidade e, nesse caso, podem dar sangue; ou então levam uma vida de devassidão e mandam as melgas ir dar sangue para outro lado.

hehehe... eu prefiro esta última.
S 19.07.2009

"Consideraria «preconceito» excluir prostitutas e prostitutos da doação de sangue?"

Ou seja, os prostitutos e prostitutas ganham a vida a fazer sexo, múltiplos parceiros e muitas vezes sem protecção e coloca estes ao lado de homossexuais. Não que esteja a dizer que sejam todos, mas acha que pode dizer o mesmo em relação às prostitutas e prostitutos? Ser prostituto ou prostituta equivale AUTOMATICAMENTE a ter comportamentos de risco, já a exclusao AUTOMÁTICA de homossexuais é discriminação.

Percebeu agora, einstein?
Ricardo Alves 19.07.2009

Afinal o que é mais importante?

Os homossexuais não se sentirem discriminados (e neste caso estamos a falar apenas dos homossexuais masculinos), ou diminuir-se a probabilidade de o sangue ser contaminado?

Parece-me que é uma questão daquilo que se valoriza.
S 20.07.2009

Responda-me a isto. Sendo 50% dos indivíduos afectados com HIV nos EUA afro-americanos, apesar de serem apenas 13% da população, acha que se deve impedir a doação de sangue por indivíduos que tiveram relações com afro-americanos (irrelevante o número de parceiros, métodos contraceptivos, etc)? Se acha que sim, nada mais tenho a acrescentar.

Para além disso, a sua lógica reducionista que só se pode ter uma coisa ou outra é simplesmente estúpida... (Quantos parceiros teve nos últimos 6 meses? Usou presservativo? .... Não, o que lhes passa pela cabeça é logo proibir por se ser homossexual, tão ridículo como se se lembram-se de proibir por se ser heterossexual...)
aorta 20.07.2009

"Sendo 50% dos indivíduos afectados com HIV nos EUA afro-americanos, apesar de serem apenas 13% da população, acha que se deve impedir a doação de sangue por indivíduos que tiveram relações com afro-americanos (irrelevante o número de parceiros, métodos contraceptivos, etc)?"

sim, acho. e agora cumpra is, sff.

"Se acha que sim, nada mais tenho a acrescentar."

excelente!
Ricardo Alves 20.07.2009

Os homossexuais masculinos acumulam a promiscuidade com práticas de sexo mais propensas a contaminação por várias doenças. Os afro-americanos não.

Continuo sem vê-lo preocupado com quem recebe o sangue. O que diz tudo.
S 20.07.2009

"Continuo sem vê-lo preocupado com quem recebe o sangue. O que diz tudo."

Com a escassez de sangue, as constantes campanhas para a necessidade de maiores doadores, impedir determinado grupo de doar por preconceito é ridículo. E que eu saiba, nem eu, nem algum conhecido meu estamos imunes a necessitar de alguma transfusão, o que não altera a minha posição. Entendeu, ou quer repetir a tirada moralista activadora do reflexo de vómito?
aorta 20.07.2009

"E que eu saiba, nem eu, nem algum conhecido meu estamos imunes a necessitar de alguma transfusão"

pois não. e a partir do dia em que levarem uma transfusão, não podem ser dadores.

que injusto... tss.. tss..
S 20.07.2009

A juntar alhos com bugalhos, como sempre... Divirta-se lá.

viana 17.07.2009

Oops, mas não é que o governo-PS continua a implementar políticas descriminatórias da comunidade LGBT apesar das promessas de voto no PS de figuras importantes no seu seio?!... Eu até percebo que às vezes é preciso engolir uns grandes sapos, mas desde que se ganhe alguma coisa no processo. De outro modo a táctica de engolir o sapo é mais uma espécie de tiro no pé, ou no BE. Que lá continua a fazer o que cada vez mais parece um frete a quem lhe dá com os pés.
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nuvens de fumo 17.07.2009

E se uma pessoa mentir ? este tipo de palermice leva à mentira. Não entendo
carlos mata 17.07.2009

um dador pode sempre mentir nuvens, mas já fica na esfera da responsabilidade individual do dador. o instituto portugues de sangue tem os criterios de exclusao publicados nos seu site e quando um dador vem para a dadiva assina um folheto informativo com esses mesmos criterios responsabilizando-o moralmente do acto que pratica.
Vai dar sangue para se afirmar socialmente perante outros que pode dar sangue? Ou vai dar sangue porque realmente quer poder ajudar alguem?
Deixe que lhe diga que os "verdadeiros" dadores, aqueles que doam sangue sem querer nada em troca sao muito humildes...

DarkAngel 17.07.2009

Na pré historia do HIV esse era associado aos homossexuais pois com a falta de informação que havia, não se sabia quais as formas de contágio, e o preservativo naquela altura era visto só como forma de evitar a gravidez, sendo por isso inutil numa relação homossexual. Só mais tarde, com a difusão da doença e de informação é que o preservativo passou a ser conhecido tb como contraceptivo.

E os homossexuais estão tão a risco como os negros, os brancos, os amarelos, os bissexuais, os heterossexuais, o poligamos, entre outros. Todos corremos o mesmo risco de ser infectados. Logo seriamos todos excluidos não?

Mas se existe o raio da verificação do sangue doado, porque raio passar a excluir pessoas???
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