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continuando com o impagável olim

Qual é a percentagem de casos positivos detectados nas colheitas?

No ano passado tivemos oito casos, o que dá um para 25 mil doações.

E eram homens que tinham relações com outros homens?

Alguns eram.

Mas também havia heterossexuais.

Provavelmente. As pessoas devem estar informadas sobre o que os especialistas consideram comportamento de risco e devem aceitar. Esse é o apelo que fazemos: aceitem a nossa opinião. Os especialistas não estão todos enganados.

ora bem: o presidente do instituto português de sangue diz que os homens que têm sexo com homens são e devem ser excluídos à partida -- ou seja, não podem dar sangue, ou seja, NÃO LHES É RETIRADO SANGUE e portanto este não é analisado -- e depois certifica que 'alguns' dos casos de infecção no sangue recolhido e analisado detectados em 2008 são de homens que têm sexo com homens. como é que é?

20 comentários

JTeles 30.07.2009

Cito do Libération de 15 Janeiro 2009 um extracto de uma entrevista a Roselyne Bachelot, ministra francesa da Saúde: "les données épidémiologiques sont incontestables : entre 10 et 18 % des gays sont contaminés, alors que ce pourcentage est de 0,2 % pour les hétérosexuels. Les situations épidémiques ne sont pas les mêmes. Il y a un risque, et ce risque est trop élevé".
Factos são factos. E, não à volta a dar-lhe, têm de ser tidos em conta por quem decide.
aorta 30.07.2009

claro que sim, mas a estratégia é transformar uma questão técnica numa questão política.

é a estratégia da irresponsabilidade assassina.
joão viegas 30.07.2009

Aorta,

Você é teimoso.

Quem transformou a questão técnica em questão politica foi o director, ao teimar em justificar o injustificavel. Ou seja : ao defender que existem razões "técnicas" para uma medida que não é mais do que uma discriminação em função da orientação sexual. Havia mil e uma maneiras de evitar a dificuldade respondendo técnicamente. Mas não foi o que ele fez.

Deve-se decidir em função do risco, mas o risco não tem nada a ver com o que as pessoas SAO, apenas com os comportamentos concretos que elas adoptam.

Quem não sabe isto não tem aptidões minimas para exercer responsabilidades. So isso.

E' simples.
JTeles 30.07.2009

"não há volta a dar-lhe", obviamente, gralha estúpida!

aorta 30.07.2009

a ana ou a joão, há dias, publicaram as restrições à dádiva de sangue. em lado nenhum se lê que os homossexuais não podem dar sangue.

é necessário saber a partir de quando essa prática passou a ser instituída. foi antes ou depois dos casos detectados?

se foi antes, como foi possível passar na triagem? mentiram ou foi incompetência dos técnicos. é preciso averiguar e agir judicialmente se for caso disso.
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aorta 30.07.2009

comentário no site do i:

"Então uma gaja que faz sexo oral e anal com o namorado, com preservativo, também não pode doar sangue? Esta entrevista tirou-me do sério. Nunca vi tantos atropelos à liberdade individual"

este é o erro. as pessoas acham que dar sangue é uma questão de liberdade individual. NÃO É!!!!!!!!!!!!!!!!!

quando é que as pessoas metem na cabeça que mamar numa pixota não é uma coisa limpa, apesar de ser uma coisa muito boa?
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João Gundersen 30.07.2009

Peço desculpa mas neste caso não vos acompanho. Os critérios utilizados permitiram chegar a um nível de contaminação que suponho ser muito baixo. Não creio que exista falta de sangue, pode existir episodicamente falta de alguns tipos, não me parece que existam razões para mudar. A entrevista é pouco feliz, mas estão a comprar uma guerra errada. Em rigor acho pouco saudável discutir este tipo de assuntos em praça pública. Não o sei quais são opções neste campo que outros países tomam, nem quais as razões, se forem diferentes, mas a precaução parece-me uma boa política. Talvez falte um estudo comparativo em que os diferentes números e percentagens estejam de forma clara e não a mascararem-se uns aos outros.
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nuvens de fumo 30.07.2009

"Pode ser perguntado. Temos dezenas de médicos a fazer rastreios, cada um tem a sua técnica."

Eu percebi bem ? Não existe uma metodologia e depende do médico ?
O médico da sala 1 pergunta umas coisas o da sala 2 outras, o da três nem por isso ?

"A verdade é que não temos ainda, apesar das tentativas, um questionário que nos permita fazer a divisão. O comportamento de risco é analisado e avaliado, não sabemos qual é o resultado. Pode ser aceite ou não ser. Se a pessoa diz que não teve outro parceiro e o parceiro também garante que não teve outro, a decisão pode ser a de aceitar. Mas a experiência também nos diz que relações que em princípio eram totalmente monogâmicas não são tão monogâmicas assim."

Como eu suspeitava não existe metodologia , apenas ideias vagas, pensamentos soltos. Ciência zero.

é muito mau perceber que o IPS está a fazer entrevistas baseadas naquilo que os médicos acreditam ser a realidade e umas estatísticas de mercearia, pelos vistos sem metodologia associada.

E pelo que me parece esta coisa das doenças como o HIV não apareceu ontem...é fraco e dentro do fraco muito incompleto.
E MFL , que terá a dizer sobre isto ?
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Pedro 30.07.2009

Caro JTeles.
Há sempre volta a dar.
1 - Citar a idiota (e isto, para quem vive "pelas Franças", é um elogio, acredite) da Bachelot, é já começar com um tiro no pé. Estamos a falar da ex-ministra da ecologia que disse que a energia nuclear é a menos poluente. A que se riu soltando um «Il ne faut pas considérer que les déchets sont une fatalité».
2 - Essas estatisticas saem da cabeça da idiota. 18% de homosexuais contaminados? Em que país? Porque é que o senhor não fala sobre a discussão acesa que se seguiu a esse absurdo de estatistica para a qual a idiota nunca forneceu o mais minimo estudo?
3 - Ler o Libé e não saber conjugar o verbo haver é grave...
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