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jugular

Ainda Olim

 

Dado o teor das declarações do senhor fico à espera de encontrar uma campanha de prevenção deste estilo (porque uma campanha, para ser eficaz, deve ter uma linguagem simples, directa e acessível, não é verdade?).

 

Claro que há hipótese de uma mensagem mais soft na linguagem mas, sem dúvida, mais radical.

 

(obrigada pela ajuda dr.maybePedro)

17 comentários

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    Shyznogud 31.07.2009

    Mas a ser assim o que se exigiria do senhor era que levasse as suas teorias até ao fim e deveria, para ser consistente, afirmar "Todos os cidadãos com vida sexual activa - nr: os q pinam, certo? - não podem dar sangue". Ao excluir apenas uma parcela deles prova ser homofóbico, berdá?
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    Joana Almeida 31.07.2009

    Não, não berdá.

    Ora bora andar a fazer análises ao sangue a tudo o que mexe, para garantir que tem sangue que sirva. É que isto é só pedir, andemos lá a gastar o dinheiro que não há mais que fazer e quem precisa de transfusões que espere. Quem também disse que a vida é para ser justa e equilibrada? Ora pois, é sempre assim: por uns pagam os outros e mais vale começar por aqui do que não começar. Dah... o que isto tem a ver com homofobia é que eu ainda não entendi. É uma medida menos justa. Ponto final. São grupos de risco, não pode. As prostitutas também não podem, ou vai dizer-me que por si tudo bem recebia o sangue de uma prostituta apenas pelo simples facto dela lhe garantir que tem sempre sexo seguro? Ou ia mandar fazer análises ao sangue primeiro? Morria primeiro, para além de que há mais que fazer ao dinheiro, quando HÁ ALTERNATIVAS VIÁVEIS.
    Ah, e antes que empine, não não estou a comparar a homossexualidade com a prostituição nem estou a dizer que os homossexuais são prostitutos ou vice-versa.
    Falta do que fazer, é o que vos falta.
    Andam para aqui todos a criticar, mas imagino que nenhum seja dador de sangue frequente. É o costume.
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    Shyznogud 31.07.2009

    Joana, o senhor disse ou não q o sexo oral (homo ou hetero) era critério de exclusão? (a pergunta q fiz ao aorta era fundamentada nas afirmações do próprio aorta, ok?)
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    aorta 31.07.2009

    Diz, maria joão, diz. Não leu a entrevista? Fazer broches é um comportamento de risco para qualquer pessoa seja hetero ou gay. menos para as lesbicas que não gostam de cara***.

    vou citar a parte da entrevista, ok?

    "Mas qual é exactamente comportamento de risco nos homossexuais que faz com que sejam excluídos?

    Múltiplos parceiros, relações não protegidas, fazer sexo oral e anal.

    Mas todas essas perguntas também se aplicam, exactamente da mesma forma, aos heterossexuais.

    E nós perguntamos.

    Mas não os excluem à partida.

    Excluímos. Esse é que é o equívoco. Todas as pessoas que têm estes comportamentos são excluídas."


    TODAS AS PESSOAS QUE TÊM ESTE COMPORTAMENTO SÃO EXCLUÍDAS!!!!!!!!

    e agora, mary john, diga-me, qual foi a parte que não entendeu?
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    mimi 31.07.2009

    Eu sei que não tenho o benefício da dúvida como o aorta e que me vão colar na testa a acusação de homofobia, mas não consigo compreender esta discussão.

    Há ou não risco final acrescido e significativo se certos grupos derem sangue?
    Há? Recuse-se.

    É mentira, não há risco acrescido, trata-se de um acto de discriminação encapotada.
    Não? Combata-se.

    Fora disto, acho esta discussão perfeitamente irracional, como a da 'homofobia' de um sistema de recolha que é indiferente a lésbicas e rejeita um número considerável de outros grupos de potenciais dadores.
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    S 31.07.2009

    "Eu sei que não tenho o benefício da dúvida como o aorta e que me vão colar na testa a acusação de homofobia, mas não consigo compreender esta discussão."

    /Stamp "homophobic" on forehead
    Já conhece o aorta? Ele é o presidente do grupinho. :)

    A mimi não percebe nada do que se discutiu aqui nas últimas semanas, o que se passa é isto:
    "É mentira, não há risco acrescido, trata-se de um acto de discriminação encapotada. Combata-se. "

    Olha, afinal percebeu.

    "rejeita um número considerável de outros grupos de potenciais dadores"

    Porque pressupõem comportamentos de risco... tipo, não quer igualar os homossexuais a prostitutas pois não?
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    mimi 31.07.2009

    Ah, a mimi é que não percebe, mas ao S é que não se lhe conhece um argumento racional e lógico.
    OK, estamos entendidos. Este seu 'argumento' não quer igualar os homossexuais a prostitutas pois não? é muito elucidativo.

    Sabe, tb sou de um grupo 'discriminado' e não me ponho aqui aos gritos. Eu, particularmente, até sou uma excepção, mas a triagem é cega, não é verdade? É uma questão de percentagens, não de indivíduos. Quando uma campainha tocar ou uma luzinha vermelha se acender ao menos sinal de sangue contaminado, deixam todos de ser 'discriminados'. Eu não, sou dos discriminados permanentes.

    Quando perceber isto, há-de perceber muitas mais coisas.

    Até lá.
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    aorta 31.07.2009

    ai mimi, esta gente cansa-me. muito prazer, aorta.
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    mimi 31.07.2009

    É, aorta, quando se abandona a racionalidade em função da emotividade, é o que dá. E eu nem sequer emiti opinião própria, não é um caso de 'eu acho que'. Não acho nada, ouço é as pessoas que se supõe saberem o que dizem e por isso coloquei a alternativa, muito simples: ou é, ou não é.
    Mas o S deve ser muito nervoso e falta-lhe calma para ouvir com atenção.
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    S 01.08.2009

    "Fora disto, acho esta discussão perfeitamente irracional, como a da 'homofobia' de um sistema de recolha que é indiferente a lésbicas e rejeita um número considerável de outros grupos de potenciais dadores."

    A mimi não chama a isto opinião própria ou tem tão pouca influência na sua opinião, logo não é assim tão própria?

    "ouço é as pessoas"

    Por eu andar a ouvir tanta gente (tipo o caro aorta) nestes últimos dias (que mais parecem semanas, por esta altura), é que deixei simplesmente de ter paciência para ouvir certas e determinadas coisas. Temos pena.

    "Mas o S deve ser muito nervoso e falta-lhe calma para ouvir com atenção."

    O quê? Falou comigo? Olhe que eu me vou a si!!!
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    mimi 01.08.2009

    A mimi não chama a isto opinião própria ou tem tão pouca influência na sua opinião, logo não é assim tão própria?

    Não sei se percebi bem a sua frase, mas vou tentar: a minha opinião pessoal e intransmissível resume-se a ‘acho esta discussão perfeitamente irracional’, ponto. Porque eu, que não sou técnica nem tenho autoridade para interpretar dados, não consigo perceber que se passe por cima de quem, por princípio, tem competência para o fazer. E como eles dizem o que dizem, e não só em Portugal, não vejo razão para duvidar, até melhor opinião. Mudarei imediatamente a minha se me mostrarem o contrário do que se acredita hoje. Assim como não vejo razão para duvidar quando recomendam que se evite as viagens ao México ou à Inglaterra neste momento, pelo risco acrescido que representam na propagação da gripe A.

    Admito que esteja um tanto saturado de ouvir opiniões que não coincidem com as suas, há pessoas assim, não gostam, mas (e isto é opinião, já aviso) se parar um bocadinho para pensar, chegará à conclusão de que gesticular por aí aos gritos de ‘homofobia’ é capaz de não ser o melhor ângulo de abordagem para a compreensão dos argumentos que lhe contrapõem. ‘Se não és por mim és contra mim’ fez história, mas já passou.

    E admito também que este é um assunto sensível e que é um azar que possa contribuir para piorar uma situação já de si injusta e imerecida, mas a saúde pública não se pode compadecer com sensibilidades.

    Reparei que tb acha mal que os médicos e todo o pessoal da saúde sejam ‘discriminados’. Naturalmente terá uma justificação credível para esse achar mal e que nos dirá qual é. Eu tomei-as como boas práticas, mas quem sou eu, não é verdade?


    Olhe que eu me vou a si!!!

    Não adianta. Nunca me chateio por opiniões diferentes da minha, ficava a esbracejar sozinho.


    OK. Afinal o não percebi nada do que escreveu resume-se ao isto. E eu cá a pensar que ‘nada’ era tudo o que escrevi. O maldito português, como sempre.
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    S 01.08.2009

    1)"E como eles dizem o que dizem, e não só em Portugal, não vejo razão para duvidar, até melhor opinião."
    2)"chegará à conclusão de que gesticular por aí aos gritos de ‘homofobia’ é capaz de não ser o melhor ângulo de abordagem para a compreensão dos argumentos que lhe contrapõem."

    Faça-me um favor a mim e a si própria e leia todos os posts e respectivos comentários sobre o assunto "dadores homossexuais" neste blog. Quanto à 1) aprende algumas coisas, quanto à 2) vai ver que está longe de ser verdade (o /stamp homophobic on forehead era uma piada got it?).

    "Reparei que tb acha mal que os médicos e todo o pessoal da saúde sejam ‘discriminados’. Naturalmente terá uma justificação credível para esse achar mal e que nos dirá qual é. Eu tomei-as como boas práticas, mas quem sou eu, não é verdade? "

    Não você é que tem que justificar porque é que um médico de família que passa um dia inteiro atrás de uma secretária (sim, porque já fiz 2 estágios de 2 semanas em centros de saúde, por isso sei do que falo), deve ser impedido de doar sangue. A mimi é que me tem que explicar estas boas práticas, porque, de facto, eu não as percebo... Um aperto de mão a uma pobre viúva cujo marido infectou com HIV (a maior parte dos casos com que contactei) é um factor de risco? PRECONCEITO.

    "Não adianta. Nunca me chateio por opiniões diferentes da minha, ficava a esbracejar sozinho."

    Eu uso os pés.
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    mimi 01.08.2009

    Meu caro S, for one and all, que esta conversa há muito que se tornou redonda.
    A minha posição é muito simples e vou repeti-la.

    1. Apesar do risco, é preferível recolher o sangue de todos os eventuais dadores e posteriormente fazer a triagem caso a caso, privilegiando-se a quantidade sobre a qualidade porque há meios de reverter uma eventual contaminação.
    2. A quantidade não compensa o risco e a melhor metodologia é seleccionar a recolha, pela impossibilidade prática de actualmente se assegurar a qualidade de todo o sangue recolhido.
    3. Quaisquer outros critérios que se venham a revelar mais adequados e que façam diminuir a margem de risco e não aumentá-la.

    Não sou técnica, não sou perita, não sou conhecedora da matéria, a metodologia não me cabe a mim estabelecer. Não tenho opinião própria nem podia ter, mas em casos de saúde sou muito confiante e acredito em critérios médicos internacionais, em teorias da conspiração é que não.


    Se não usa as mãos, então fica a pontapear no vazio, que me parece ser a sua especialidade.
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    KTVCI 01.08.2009

    Desculpem, mas a sra. mimi tem razão.
    Pouco me importa que digam de sofro de homofobia introspectizada ou interiorizada, ou lá que raio de nome lhe dão, mas infelizmente factos são factos é não é ignorando os ditos que vamos encontrar uma resposta para eles. Por isso toca de os analisar sem histerias.

    1º) Dos 27 países da UE, 18 adoptaram a proibição de doação de sangue por parte dos homossexuais masculinos. Não vou usar o argumento dos nºs, porque isso não significa rigorosamente nada, mas dá que pensar que entre esses países se encontre a Holanda.
    Não é por nada, mas estou com alguma dificuldade em conceber que nesse país - bastante liberal e “analítico”, em matéria de sexualidade – as autoridades tenham sido, a modos que, acometidas de um súbito e irracional acesso de homofobia. Alguém me explica o que se passa?

    2º) Quanto os dados fornecidos pelo sr. Fernando Costa – suponho que do Instituto Ricardo Jorge para 2005 – e tendo em conta que o problema não reside nos nºs, mas sim nas conclusões que se retiram desses nºs, julgo que o dito sr. pretende extrapolar o seguinte:

    - Em 100 indivíduos, 5 são homossexuais masculinos e 95 heterossexuais.
    - Em 100 indivíduos infectados pelo VIH 12 foram infectados por via homossexual masculina e 46 por via heterossexual.
    - Baseados no 1º rácio podemos extrapolar que o nº de heteros é 95: 5 = 19 vezes superior ao nº de gays . Ou dito de outro modo, o número de gays é 19 vezes menor que o número de heteros.
    -Então para 46 heteros infectados, num total de 100 indivíduos, deveria haver um número 19 vezes menor de gays infectados. Fazendo as contas assim de cabeça, 46:20 = 2,3. Arredondando para cima, cerca de 3 gays infectados. No entando há 12 gays infectados, ou seja, um número 4 vezes maior.

    Não há dúvida que deixa uma pessoa apreensiva e, consequentemente, parece-me mais sensato, por uma questão de precaução, excluir os gays da doação de sangue.
    Bem sei que os homofóbicos (seja qual for a sua orientação sexual) vão embandeirar em arco com estes números. E, não tarda nada, estão a exigir que os gays sejam “sinalizados”, para evitar que doem sangue, usando como pretexto as alegadas ameaças dos dirigentes associativos, referidas pelo sr. Olim. Mas, na dúvida, não é melhor prevenir que remediar?
    Além disso se o problema é o nefando sexo oral e anal, há outras formas de os gays se relacionarem sexualmente (como a masturbação mútua, p. ex.). No big deal, portanto.

    3º) Em relação às percentagens referidas pelo sr. Costa, convém dizer que o mesmo relatório afirma, que a percentagem de infecção por via heterossexual tem vindo a aumentar (52,7 % no 2º semestre de 2005). Pergunto o que é mais perigoso: receber sangue dum grupo com maior percentagem de infecção, mas cuja percentagem tem vindo a diminuir, ou receber sangue de um grupo com menor percentagem de infecção, mas que tem vindo a demonstrar uma “tendência evolutiva crescente”?
    Como já disse, o que importa não são os números mas o que se faz com eles. E desculpem lá qualquer coisinha, mas eu não estou para ficar com uma sensação de falsa segurança por causa dos preconceitos (conscientes ou inconscientes) de cada um. Alguém me consegue tranquilizar neste aspecto?

    4º) Também vi as percentagens do sr. S. - estou aqui estão a acusar-me de não ter nada que fazer, mas são contas de cabeça, por isso não dão muito trabalho – e concluí que o número de afro-americanos infectados é cerca de 7 vezes superior ao esperado com base na percentagem da população. Sem ironias, mas não seria sensato uma proibição de doação de sangue por parte dos afro-americanos?
    Já agora qual será a explicação destes altos níveis de infecção? Mais liberdade sexual, promiscuidade e sexo oral e anal?
    Continuo a dizer que na dúvida, prefiro privilegiar a minha segurança (em particular) e a do resto do mundo (em geral) e estou-me borrifando para o facto de os homofóbicos (seja qual for a sua orientação sexual) arranjarem mais uma desculpa para me discriminar. No fim de contas, mais uma menos uma já nem me aquece nem me arrefece. Mas então que essa segurança seja privilegiada a todos os níveis e não apenas nos aspectos mais convenientes para alguns.
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    Fernando Costa 01.08.2009

    Agradeço o seu comentário. Está certo nas contas que você faz, mas as que eu fiz também o estão. Explico:
    A percentagem que indiquei de heterossexuais infectados, baseada nos dados do instituto Ricardo Jorge de 31/12/2007 é de 34,8% e não 46%, como por engano escrevi. As contas que eu fiz estão portanto certas (foram baseadas em 35%), tal como as suas, só que você as baseou em dados que erradamente escrevi, facto de que peço desculpa.
    (já agora: por esses dados, a taxa de infecção de homossexuais é de 12,8%, mas mesmo assim considerei apenas 12% e não inclui os 0,8% de homo-toxidep).
    Em relação à diminuição progressiva de infectados homo, acho que será de reequacionar a situação se os valores efectivamente baixarem, o que está longe de ser o caso. Acho que esse seu argumento não tem fundamento até, porque, como sabe, mais recentemente ainda, a taxa de infectados homossexuais tem vindo de novo a crescer grandemente na América e alguns países da Europa.

    Um abraço
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    KTVCI 02.08.2009

    Por acaso, quem tem de pedir desculpa porque se enganou a escrever a percentagem de heteros infectados sou eu, porque é de 36% e não de 46%. O valor de 46% é a percentagem de toxicodependentes infectados. Ou seja 36:20 =1,8, arredondado para 2, donde se extrapola que o valor de homos infectados será 6 vezes superior ao esperado. Estou a usar os valores que nos forneceu semelhantes aos que se podem encontrar no site http://www.roche.pt/sida/estatisticas/portugal.cfm, mas arredondados para nºs inteiros.

    Quanto à sua afirmação:

    “A percentagem que indiquei de heterossexuais infectados, baseada nos dados do instituto Ricardo Jorge de 31/12/2007 é de 34,8% e não 46%, como por engano escrevi. As contas que eu fiz estão portanto certas (foram baseadas em 35%), tal como as suas, só que você as baseou em dados que erradamente escrevi, facto de que peço desculpa.
    (já agora: por esses dados, a taxa de infecção de homossexuais é de 12,8%, mas mesmo assim considerei apenas 12% e não inclui os 0,8% de homo-toxidep).”

    que se referem a percentagens acumuladas até ao ano de 2007 e foram retirados dum documento do Inst. Ricardo Jorge (que pode ser visto em http://www.sida.pt/default.aspx?cr=7854) deixou-me baralhado não só pelos tais 0,8% de homo-toxidep, que teve a caridade de não incluir - porque nesse caso, também teria de se somar o grupo de hetero-toxidep ao grupo de heteros, o que talvez desse uma percentagem assustadora de heteros infectados, não é?) mas principalmente pela leitura que faz dos números e pela maneira como prefere ignorar a tendência crescente para aumento da infecção por via hetero.

    Se é legitima a precaução com o sangue dos gays portugueses, porque a sua percentagem de infecção é maior e porque a tendência evolutiva dos gays americanos é crescente (embora tal não suceda com os gays portugueses), não vejo porque não será legítima a preocupação com o sangue dos heteros portugueses em que a sua tendência evolutiva é crescente apesar da percentagem ser menor. Não se trata de uma questão de argumentos, mas apenas de simples precaução e de evitar sentimentos de falsa segurança.

    Como já disse, não interessam os nºs, mas sim o que se faz com eles... Aliás agradeço que todos comparem a seguinte afirmação que se encontra na pág. 6 do documento (http://www.sida.pt/default.aspx?cr=7854) :

    “Como elemento comum a todos os estadios, verifica-se que o maior número de casos notificados (“casos acumulados”) corresponde a infecção em indivíduos referindo consumo de drogas por via endovenosa ou“toxicodependentes”, constituindo 43,9% (14 252 / 32 491) de todas as notificações,reflectindo a tendência inicial da epidemia no País. O número de casos associados à INFECÇÃO POR TRANSMISSÃO SEXUAL (HETEROSSEXUAL) REPRESENTA O SEGUNDO GRUPO COM 38,8% DOS REGISTOS E A TRANSMISSÃO SEXUAL (HOMOSSEXUAL MASCULINA) APRESENTA 12,0% dos casos; as restantes formas de transmissão correspondem a 5,3% do total. Os casos notificados de infecção VIH/SIDA, que referem como forma provável de infecção a TRANSMISSÃO SEXUAL (HETEROSSEXUAL), APRESENTAM UMA TENDÊNCIA EVOLUTIVA CRESCENTE. NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2007, A CATEGORIA DE TRANSMISSÃO “HETEROSSEXUAL” REGISTA 57,2% dos casos notificados (PA,Sintomáticos não-SIDA e SIDA).".

    com os dados da pág. 13 (a tal dos homo-toxideps) e pág. 14 do mesmo documento e vejam o que se pode concluir.

    Resumindo, mantenho tudo o que disse no post anterior e não estou mais tranquilo, pelo contrário. Só lamento é que numa situação grave de saúde pública haja tanto preconceito de parte a parte, pois uns parecem mais interessados no sagrado direito à doação, doa a quem doer, enquanto outros parecem aproveitar os nºs para dar largas à sua homofobia mais ou menos encapotada.
    No fim todos perdem.
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