coisas sem importância
ontem, na 'entrevista intimista' -- ou lá como a sic chama àquilo -- com louçã, o líder do be acusou fernando lima, o (principal?) assessor de imprensa de cavaco silva, de ter sido a fonte anónima que alimentou aquela coisa do público sobre as vigilâncias governamentais de que a presidência da república estaria a ser vítima. louçã disse o nome do assessor e responsabilizou-o pela 'história'. depois ainda voltou ao assunto, para frisar: 'toda a gente sabe que foi ele'.
hoje, numa pesquisa nas notícias do google com o nome de fernando lima, nada apareceu com referência à acusação de louçã. aliás, a própria sic, que fez várias aberturas de blocos noticiosos em agosto com a acusação da tal fonte anónima, também parece não ter reparado no que louçã disse. deve ser porque foi no meio de uma entrevista 'intimista', à mistura com perguntas sobre lágrimas e filmes favoritos, e porque quando uma pessoa bem identificada acusa outra, assessora do presidente e seu homem de confiança há décadas, de estar na origem de uma acusação não provada e absurdamente grave contra o governo isso merece muito menos crédito e atenção que uma pessoa não identificada da presidência da república a acusar o governo. afinal, como explicou cavaco, não se deve 'desviar a atenção do que é importante'.