E por falar em Emília
Recupero um pequeno post-it que, há uns tempos largos, foi publicado na outra tasca, quando, numa qualquer conversa, veio à baila o Saci.
"O saci é um diabinho de uma perna só que anda solto pelo mundo, armando reinações de toda sorte: azeda o leite, quebra pontas das agulhas, esconde as tesourinhas de unha, embaraça os novelos de linha, faz o dedal das costureiras cair nos buracos, bota moscas na sopa, queima o feijão que está no fogo, gora os ovos das ninhadas. Quando encontra um prego, vira ele de ponta pra riba para que espete o pé do primeiro que passa. Tudo que numa casa acontece de ruim é sempre arte do saci. Não contente com isso, também atormenta os cachorros, atropela as galinhas e persegue os cavalos no pasto, chupando o sangue deles. O saci não faz maldade grande, mas não há maldade pequenina que não faça.", é assim que Monteiro Lobato define o Saci, essa figura deliciosa da mitologia brasileira.
Adenda FuckIt: para uma crítica da mitologia brasileira