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Pelos caminhos da bloga

Ao ler este post do Paulo Gorjão lembrei-me de um documentário ou conferência (já não sei bem) que vi de um muito conceituado estudioso destas temáticas (pandemias, saúde pública, etc) há uns anos (penso que na altura do 1º surto noticiado de Ébola).

A discussão teórica baseava-se num "cenário catástrofe", uma qualquer doença mortal que surgisse, para a qual se disporia de vacina mas não em número suficiente para proteger toda a população. Haveria, portanto, necessidade de escolher quem seriam os "protegidos", estabelecer critérios. O conferencista afirmava que ser dirigente político num cenário daquele estilo seria, obviamente, a suprema provação porque os critérios de "bom senso" contrariam aqueles que, aos nossos olhos, seriam os mais humanos já que, depois de serem vacinados os grupos mais óbvios (a saber: técnicos de saúde, forças de segurança e lugares de topo da administração pública),seriam à partida excluídos como "a proteger" os dois grupos populacionais que, tradicionalmente, nos inspiram maiores sentimentos de protecção, ou seja, os menores de 2 anos e maiores de 65... a justificação para tal era exclusivamente de "bom senso economicista". Nas crianças até 2 anos ainda não tinha havido investimento suficiente que não pudesse ser descartado sem grande prejuízo e os maiores de 65 anos já não tinham muitos anos de vida útil e produtiva pela frente, logo eram dos mais dispensáveis.

Confesso que por muito racional que tente ser não consegui ouvir toda a conversa sem sentir um profundo mal-estar.

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