Simpático mas muito sério aviso à navegação: casamento em 2010 "or bust"
Temos uma governação minoritária. Temos um parlamento mais equitatativamente distribuído pelos partidos. Não vai haver coligações ou acordos parlamentares depois dos vários “não” das oposições.
A AR não pode ser dissolvida nos primeiros seis meses depois das eleições, nem nos últimos seis meses antes das eleições presidenciais, que deverão ter lugar no início de 2011.
Posto isto, a igualdade de acesso ao casamento civil deverá ser conseguida o mais rapidamente possível. Em 2010 deveríamos estar no Top 10 dos países que pugnam pela igualdade da sua cidadania.
Temos uma maioria no Parlamento que pode garantir isso. Para que aconteça é preciso negociação, diálogo, busca de denominadores comuns. Para bem da população gay e lésbica, para bem da nossa democracia. Às vezes uns avançam com tiradas para ganhar corridas partidárias ou para dizer que certas bandeiras são suas. Às vezes outros amolecem, pensam noutras coisas, preferem esperar. Ambos se comportam erradamente. É preciso que assim que a AR esteja a funcionar em pleno, depois de constituídas as Comissões, nomeados os seus presidentes, estabelecidos os deputados, se avance, e em força, para uma solução de discussão, apresentação (necessariamente) conjunta de projectos, e votação.
E, desde já, é necessário o trabalho político para o conseguir o mais rápido possível. No meio daquelas super-organizações, daquelas corporations que são quer a AR quer os partidos, já estou a fazer tudo o que consigo para que, no contexto acima enunciado, se consiga avançar e em força. Mas é preciso e é urgente. Caso contrário, temos muitos caldos entornados.