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Uma espécie de milenarismo

"As nossas elites intelectuais estão obcecadas com o tema da decadência há mais de dois séculos. Mas qual a relação entre esta obsessão e a história recente do país? Se olharmos para os indicadores económicos, de saúde, de educação, etc., do Portugal das últimas três ou quatro décadas, parece óbvio que houve uma evolução muito positiva. Poderia ter sido mais rápida em alguns aspectos, ou mais consolidada. Mas era difícil fazê-lo partindo de onde partimos. Objectivamente, portanto, não parece haver razões para um pessimismo hiperbólico, e ainda menos para o discurso do fim.

Porém, este discurso nada tem de objectivo. Não se inscreve no domínio do racional mas antes na esfera do emotivo. Há aqui uma perversão que convém assinalar. Quem protagoniza este discurso usa a sua respeitabilidade académica para fazer profecias que apelam à emoção e não à razão - mas ao saltar da análise sociológica para o registo profético, o seu discurso passa a valer tanto como o da astróloga Maya."

 

João Cardoso Rosas, jornal i

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