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Em conversa com o bossito - e a propósito de um texto de Isilda Pegado publicado ontem pelo Público onde constam informações objectivamente falsas - sugiu a dúvida:é tolerável que os jornais publiquem, a coberto de opinião, textos que contenham informações falsas?

Adenda: para que não se pense que a conversa foi motivada por uma qualquer embirração minha com a Isilda Pegado relembro um outro post escrito sobre tema aparentado.

33 comentários

f. 08.12.2009

o provedor do público já s debruçou sobre isso a propósito de um texto de antónio barreto, lembras-te? a propósito de uma coisa supostamente ocorrida em angola que vinha num livro e q parece, era mentira
aorta 08.12.2009

e pronunciou-se em que sentido?
Shyznogud 08.12.2009

neste: http://provedordoleitordopublico.blogspot.com/2008/04/os-cronistas-tambm-se-enganam.html
aorta 08.12.2009

inteiramente de acordo. mas pergunto-me: e o livro? não deveria ser retirado do mercado?
Shyznogud 08.12.2009

A ficção é livre ;-)
aorta 08.12.2009

estou confuso. 'portantos', não se pode escrever um artigo de opinião com base em factos falsos que estão públicados em livro (ou melhor, pode-se, mas o jornal tem de verificar os factos). mas o livro, ele próprio a origem da mentira, pode continuar a existir.

sorry, mas isto não bate certo.
Shyznogud 08.12.2009

O que está na base de um jornal (a não ser q se esteja perante um texto de ficção, sempre assinalado como tal) é uma espécie de contrato implícito entre o jornal e os seus leitores de q o q é publicado é factualmente correcto. A publicação de livros não tem nenhuma deontologia associada. Um exemplo, há inúmeros livros com teses negacionistas. O aorta defende a sua proibição? Eu não.
aorta 08.12.2009

"O aorta defende a sua proibição? Eu não"

não defendo nada. estou confuso. embora reconheça que a proibição é a consequência lógica. e digo isto sem medo nenhum. não embarco nessa ideia romântica de que um livro é sempre um livro independentemente do conteúdos. se um livro é um compêndio de factos falsos e de mentiras (não falo de ficção), deve ser proibido (como foi a verdade da mentira lá do outro) pelos tribunais.

"O que está na base de um jornal (...) é uma espécie de contrato implícito entre o jornal e os seus leitores de q o q é publicado é factualmente correcto."

mesmo num artigo de opinião assinado e cuja autoria é uma pessoa 'estranha' ao jornal? não se trata de uma reportagem nem de uma notícia, portanto também não vejo como esse pseudo-contrato pode ser violado.

e já agora porque não proibir a publicidade enganosa e obrigar o jornal a verificar se aquilo que é publicitado é falso ou não. por exemplo, a publicidade de um champô contra a caspa, cujo efeito é nulo. porque não responsabilizar o jornal por isso?

ou o contrato é só para umas coisa e outras não?

mas é como lhe digo: há aqui dois pesos e duas medidas que não me agrada, mas não estou certo. ainda não tenho opinião formada.
aorta 08.12.2009

já agora: a crónica dessa tal senhora não está disponível em lado nenhum (no público deve ser a 'pagantes')?
Shyznogud 08.12.2009

O cliente manda, aqui a tem

http://mjoaopires.blogs.sapo.pt/10378.html
aorta 08.12.2009

maria joão, você hoje está um amor. vou aproveitar enquanto dura; mas deve estar algum santo para cair do altar.
Shyznogud 08.12.2009

Olhe que eu até sou uma rapariguinha simpática, não percebo de onde tirou a ideia contrária
aorta 08.12.2009

como alguém já escreveu, é apenas um texto nada inteligente.

e não sei porquê trouxe-me à memória este poema do cesariny:

Poema

O professor Agostinho da Silva,
opado e coadjuvado pelo Gato:

O Reino do Pai
O Reino do Filho
O Reino do Espírito Santo

A rainha Santa Isabel,
descendo o Marvão:

Tudo
Só
Homens

Já cansa a cona, caramba.

Mário Cesariny
Shyznogud 08.12.2009

"Recomendação do provedor. Os textos de opinião do PÚBLICO deveriam passar, antes de publicados, por um crivo de verificação factual idêntico ao que é aplicado às matérias de natureza jornalística."

Recomendação sensata não seguida, pelo q se vê
Luis Baltazar 08.12.2009

Também não percebo esse pudor em instaurar a censura.
Exame prévio, não era assim que se chamava antes do 25 e Abril?
Shyznogud 08.12.2009

Parece-lhe portanto q a verificação factual do q é escrito num jornal é equivalente a censura? Curioso.
Anónimo 08.12.2009

O que acho curioso é pugnar-se já tão sem peias pela instauração da censura.
Shyznogud 08.12.2009

diga-me onde é q vê censura no tema em reflexão, se não lhe der mto trabalho, claro.

Niamey 08.12.2009

...ainda que fosse uma qualquer embirração com a Isilda Pegado, compreender-se-ía perfeitamente. Aquela crónica e toda aquela existência pegádica, irrita e desperta vontade de pontapeá-la no traseiro.
Que conjunto de argumentos mais cansativos e que falta de paciência para o género.
Já que não é uma embirração sua assumo-a desde já como minha.
Não é tolerável que os jornais publiquem falsidades mas a Isilda Pegado consegue irritar-me ainda mais do que isso. Obrigada pelo alerta, ainda não tinha lido tal coisa enfadonha, tonta e falseada.
- link do comentário
- responder

Nuno Gaspar 08.12.2009

Em que é que a afirmação "4 anos", 4 meses ou 40 anos interfere com a interpretação que podemos fazer desse texto.
Quer impedir a publicação de imprecisões ou de textos de opinião com que não concorda, Maria João?
Shyznogud 08.12.2009

acho q está bem claro no meu post aquilo q considero criticável, mais, até referi que não tinha rigorosamente nada a ver com a minha eventual embirração com a Isilda Pegado, ela era só mote para a conversa. E mais, se seguiu o link adendado percebeu perfeitamente qual é o meu "problema", logo a sua dúvida é não só despropositada como desonesta.
Shyznogud 08.12.2009

Já agora faço-lhe a pergunta: é lícito q a coberto de opinião se publiquem textos factualmente falsos?
Nuno Gaspar 08.12.2009

O texto é factualmente falso ou contém imprecisões de pormenor?

Reponha os factos que lhe parecem incorrectamente descritos e quem ler um e outro produzirá a opinião que entender.

Se quer eliminar textos de opinião ou mesmo notícias com imprecisões não sei se lhe sobra alguma coisa para publicar em jornais.
Shyznogud 08.12.2009

"Se quer eliminar textos de opinião ou mesmo notícias com imprecisões não sei se lhe sobra alguma coisa para publicar em jornais."

Que pena q é afirmarmos isso com tanta leveza,não lhe parece, Nuno?

O texto contém afirmações factualmente incorrectas q, apesar de não alterarem sobremaneira o conteúdo, são factores q potenciam a manipulação do leitor.

De qqr forma, volto a referir, o texto em causa apenas me serviu de mote para reflexão.
Nuno Gaspar 08.12.2009

"são factores q potenciam a manipulação do leitor"

Manipulam como? Explique lá, sff!
Shyznogud 08.12.2009

estou com a ligação à net mto instável, acabei de dar um tombo q durou meia hora, por isso, e para poupar tempo, aconselho-o o comentário q o joão postou há horas
Anónimo 09.12.2009

pois
Nuno Gaspar 09.12.2009

Se é só isso que tem a dizer estou esclarecido.
João pode tudo 08.12.2009

Bastante, já que ela usa esse período de tempo como argumento de que as pessoas viram o que era o casamento e depois rejeitaram-no. Ora entre 4 meses ou 4 anos vai uma grande diferença para a validade desse argumento...

Já a falsa citação de Obama parece-me ser um pouco um tiro nos pés. Acho que a senhora mais que mentirosa, é manifestamente pouco inteligente.

Patrícia Gomes Lucas 08.12.2009

Tive o azar de ler esse texto ontem. Fiquei com uma azia terrível o resto do dia
Eu entendo que as pessoas queiram dizer o que pensam, e têm todo o direito de pensar o que lhes apetecer, mesmo que isso a mim me parece uma grandessíssima parvoíce. Mas começa a cansar que tanta gente venha meter o bedelho em assuntos que não lhe dizem respeito. É que, que eu saiba, a legalização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo não afecta em nadinha a vida da senhora pegado. Porque raio tem de chatear os que realmente pretendem casar com alguém do mesmo sexo?
- link do comentário
- responder

pedro frederico 09.12.2009

Bom dia..

" é tolerável que os jornais publiquem, a coberto de opinião, textos que contenham informações falsas?"...

a coberto da opinião já houveram editoriais e crónicas de jornais com pressupostos falsos, mentiras e campanha activa politica....pergunte à sua cara colega f...porque o Dn tem sido pródigo...

De qualquer maneira a resposta à sua pergunta é claramente não...mas...existe um fenómeno que quase se poderia comparar...que é o comentário político...como se vê pela divisão da nosssa sociedade pode-se pegar nnum assunto por muitos lados...ao limitar as opiniões (ou as pessoas que as proferem na tv ou afins) os media colocam-se muito perto do campo da mentira, da manipulação...a tendência com este governo é para piorar...e a culpa dele não será o facto de trazer temas "fracturantes" (como o casamento homossexual) para o debate público...a culpa é mesmo da fractura que ele provocou nos media e nas pessoas...

e compreendo tambem que a senhora possa não gostar do meu comentário porque ao responder ao seu post aproveito para atacar o governo....pois eu creio que tudo está ligado...
Shyznogud 09.12.2009

E eu teria problemas com um comentário q ataca o governo por alma de quem? Só costumo ter problemas com comentários q não têm nada a ver com o post em causa. Adiante...

Repare q eu me referi especificamente a falsidade de factos, não a eventuais pressupostos teóricos q podem ser pouco honestos, isso é outra conversa.

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