João Marcelino, o terrorista
Onde está a informação genuína? No Mendonça, pois claro.
Segundo o fulano, cujo desarrazoado, por obedecer aqui e ali a regras estranhas ao português (aquele último parágrafo é um portento: "Jornalistas? Informação? Não se vê bem ... Mas vê-se - e lamenta-se - que a oposição (e principalmente o PSD) não compreenda que o PS foi, embora de forma nefasta e asfixiante, extremamente competente, nem leve estes temas muito a sério quando é e quando não é governo."), é algo dificil de perceber: los periodistas portugueses de ahora andam um bocado tolhidos.
Patetices à parte, vou directo à parte que me interessa. Diz o Mendonça: "no DN, João Marcelino cala, omite, propagandeia e faz terrorismo como convém ao governo e ao proprietário do jornal, comprado com empréstimos da Caixa negociados com Armando Vara" (o bold é meu).
Ora vamos lá ver, terrorismo significa o que significa e um tropo não pode ter as costas assim tão largas. PortantoS, pá, o Marcelino, segundo Mendonça, é um terrorista ao serviço do Governo (e ainda por cima, digo eu, sem a cambada de virgens à espera). Isto, claro, em português - e nem sequer estou a descontextualizar, via generalização torpe, a cena. Concedo que o tipo até quisesse produzir um elogio lá na lingua dele, mas em português (naquele que se percebe) deu no que deu. É por estas e por outras que aparecem as entidades reguladoras. E é também por estas e por outras que qualquer dia temos, por causa dos mendonças da vida, uma ERB às costas.
Este é, decididamente, um problema da blogosfera e que a blogosfera tem de resolver. Antes que alguém o resolva por ela.