Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

jugular

Dos sequazes e dos rogérios de sempre

Querido Carlos Abreu:

Todos somos sequazes de alguma coisa ou de alguém.

Este que te escreve, por exemplo, enquanto sequaz do verde-tristeza, levou ontem com cinco batatas que até andou de lado. Fiquei sem vontade de sequazar por ali durante algum tempo. Aqui há tempos, conversas como a tua — e agora tenho de levar contigo em stereo, porque gosto muito do Albergue e não dispenso uma visita mensal ao Blasfémias (vale que tens bom corpo para dividir por dois blogues) — afastaram-me da blogosfera por coisa de quinze dias. Logo a mim, sequaz da dita vai para seis anos. Mas andava algo enojado, sabias?, com pouco estômago para aturar tontos. Mas já passou, obrigado.

De ti, por exemplo, dizem-me seres sequaz fundador do PND, que acho que foi — eu vou explicar — um partido que penso já se ter extinguido ou ser já espécie protegida. Agora, garantem-me — falamos muito de ti e das tuas camisas —, deste em sequaz do Pedro Passos Coelho. De alguma forma, também és meu sequaz, uma vez que vejo que me acompanhas com ardimento (até debuxas as minhas auto-estimulações) e ao blogue onde escrevo. Acusas-me (soou a acusação, não sei se foi propositada ou saiu por inabilidade) de ser um dos sequazes do Governo que coloca a liberdade de expressão num patamar qualquer a que apelidas de "este". Votei neste PS e no anterior, sim. É público. Na última vez, até integrei um blogue de apoio, como tu, sequaz meu, saberás, e quero mesmo crer que saquei uma vintena de votos. Hoje? Hoje manteria o meu voto, por falta notória de alternativa. Nem a que é nem a que há-de ser me oferecem credibilidade. Mas, acima de tudo, sou um devoto sequaz da minha consciência, o que me faz dizer sempre o que penso e ser disso acusado vinte vezes por dia, sob a forma de andar a soldo de alguém ou de alguma coisa. Lamentavelmente, o vil metal e o poder que inebria continuam longe das minhas manápulas.

Aqui termino, que tenho de me ir auto-estimular, se bem me percebes. Espero que este tempo que acabei de te dedicar (ainda foram alguns minutos) te aqueça para mais pérolas como aquela com que terminas o teu delírio: "a culpa da censura é do próprio censurado que tudo fez para forçar os coitados dos censores a confeccionarem aquilo que os Rogérios de sempre juram que afinal nunca fizeram.". Tanta palavra bonita. Gostei particularmente daquela coisa dos "Rogérios de sempre". Claro que aquilo tudo, pelo menos ordenado daquela forma, não quer dizer a ponta dum corno, mas que é bonito é. Continua mandar postais, que a gente diverte-se sempre muito a ler-te. És brilhantemente despiciendo.

Um abraço auto-estimulante.

9 comentários

Comentar post

Arquivo

Isabel Moreira

Ana Vidigal
Irene Pimentel
Miguel Vale de Almeida

Rogério da Costa Pereira

Rui Herbon


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Comentários recentes

  • Anónimo

    The times they are a-changin’. Como sempre …

  • Anónimo

    De facto vivemos tempos curiosos, onde supostament...

  • Anónimo

    De acordo, muito bem escrito.

  • Manuel Dias

    Temos de perguntar porque as autocracias estão ...

  • Anónimo

    aaaaaaaaaaaaAcho que para o bem ou para o mal o po...

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2007
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D

Links

blogs

media