coisas mesmo mesmo mesmo simples
o pedro lomba, que parece ter ficado no outro dia muito encanitado -- e várias pessoas com ele, incluindo aqui no jugular, por num blogue se ter recordado que ele foi assessor de um governo qualquer, escreve esta coisa. como o pedro lomba conhece várias pessoas deste blogue há alguns anos e de algumas delas chegou até a ser próximo, só se pode depreender que sabe sobre elas coisas que elas próprias não sabem. talvez fosse interessante que pedro lomba, o jurista, não o medium, explicitasse claramente em que medida os membros do jugular, na sua esmagadora maioria pessoas que sempre fizeram a sua vida profissional no sector privado, pessoas na sua esmagadora maioria sem qualquer ligação a estruturas político-partidárias e cujo percurso público evidencia não só independência como até, sempre que assim o entenderam, rupturas e resistência em relação a 'consensos' e situações que não mereciam a sua concordância, qualquer que fosse a sua origem, 'não têm autonomia'.
e, de caminho, pedro, podias esclarecer que falsidades proferi quando afirmei, na caixa de comentários deste post e num diálogo com tiago mendes, que só atacaste o director do diário económico quando a tua colaboração com a publicação foi descontinuada e que não foi esse, como defendia o tiago, o motivo pelo qual foste dispensado -- até porque, como deve ser óbvio para qualquer apologista da absoluta autonomia, se tinhas aquilo para dizer enquanto colunista tê-lo-ias feito no próprio jornal, o que implica naturalmente que só passaste a achar aquilo que escreveste sobre o director do de depois de ser dispensado (se achasses aquilo antes decerto não esperarias que ele o fizesse, certo? vinhas-te embora). se ainda tiveres tempo para explicar como agora escreves num jornal cujo director anterior foi, de acordo com a tese de 'asfixia democrática' que subscreves, afastado por pressão do governo, e nunca te atreveste a no mesmo abordar esse assunto, fico muito agradecida. assim para princípio de conversa sobre 'autonomias'.
escusado será dizer, pedro, que até acho compreensivel que um colunista que o quer ser e ser pago por isso se exima de atacar os que lhe dão espaço e dinheiro. a ninguém costuma passar pela cabeça acusar os colunistas por falta de autonomia por se esquecerem de criticar quem os emprega -- achamos todos que o dinheiro e a boa educação explicam certos silêncios e quando assim não é não raro descobrimos, como sucedeu a joão carreira bom, que as colunas acabam. sucede que ao acusar um blogue com 18 pessoas de ausência de autonomia, está-se a dizer que o blogue funciona segundo os mesmos princípios que uma publicação formal -- portanto com estrutura de poder e até, quem sabe, com retribuições/recompensas. e isso ou é verdade -- e quem o diz pode prová-lo -- ou é uma calúnia. dá-se o caso de eu estar, como qualquer outro membro do jugular, em condições de afirmar -- e provar -- que és um caluniador, pedro. acrescento, completamente de graça e no pleno uso da minha liberdade de expressão, a súmula do sentimento sobre ti que esta conclusão me inspira: és um bandalho.
sim, é um insulto. para quem não sabe a diferença entre insulto e calúnia, e quiçá para ti também, eu explico: calúnia é uma imputação/insinuação/acusação mentirosa que atinge a honradez (em suma, uma difamação); insulto é um qualificativo desagradável/ofensivo, que pode ser ou não adequado. eu acho que é adequadíssimo dizer de ti que não tens nível. e já não vais a tempo de provar o contrário.