as coisas simples ainda mais simplificadas
ah, espera. o pedro estava a falar de 'autonomia política' quando escreveu que os membros do jugular não têm autonomia para ir a uma manif. portanto, isso não é calunioso, não. porque, note-se, ele disse que nós não somos donos de nós próprios 'no sentido político', o que é muito diferente de dizer que dependemos de outros para saber o que devemos dizer e pensar, ou de alinhar naquele estribilho pachequista 'da carteira no gabinete do pm': tão tão diferente. aliás, geralmente quando se diz que alguém tem falta de autonomia estamos a dizer que essa pessoa não consegue pensar diferente do que pensa e ou dizer diferente do que disse; não estamos a dizer que não é autónoma, ou seja, que não manda em si. a língua portuguesa é muito elástica quando dizemos merdas estúpidas e nojentas e depois queremos fingir que queriamos dizer outra coisa.
aliás, o pedro até andou pelos vistos a defender-me de ignomínias passadas -- para agora poder, insuspeito, juntar-se ao coro das ignomínias presentes. é tão enternecedor vê-lo chateado por alguém 'adoptar um tom de insulto pessoal' -- no pedro os insultos e as calúnias, mesmo em relação a pessoas que ele aparentemente sustenta ter estimado e respeitado até há uns mesitos, são todos impessoais. são assim a modos que calúnias 'educadas', esquivas, sonsas, a fingir que não são calúnias. acho que se costuma chamar a isso cobardia. enfim, mais uma ilustração da falta de nível.
ah, já me esquecia: como eu é que me esqueço de argumentar, naturalmente não te vês na necessidade de explicar em que raio eu 'proferi falsidades' a propósito da tua saída do de. quanto mais da 'colagem excessiva e cega a este governo' e da 'cobertura que demos a este regime' (adoro a linguagem abrilística e sobretudo a ideia de que vamos mudar de 'regime' não tarda -- qual vai ser? presidencialismo iluminado? monarquia?). enfim, pedro. escusado dizer que não vale a pena continuar esta conversa.