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Tragédia na Madeira

Estive de manhã a pesquisar notícias sobre a tragédia na Madeira e, estranhamente, não há uma palavra nem uma fotografia sobre o tema  no jornal propriedade do Governo Regional da Madeira, que nele injecta anualmente cerca de quatro milhões de euros, o único que recebe subsídios, além de quase toda a publicidade institucional.

 

No jornal que já foi propriedade da Igreja, é o único diário estatal em Portugal e serve de instrumento de propaganda a Jardim -e que, por a lei impedir que seja gratuito, se vende ao preço simbólico de dez cêntimos -, as notícias de última hora pararam no jogo de futebol entre o Marítimo e o Nacional . O que não espanta muito já que  ontem o seu editor último «deixou um alerta para que todos se lembrem que a região "vive do exterior" e, por isso, é preciso "ter cuidado com as notícias" lançadas para o estrangeiro»

 

A informação actualizada sobre as consequências da catástrofe que ontem se abateu sobre a Madeira podem ser encontradas no Diário de Notícias da Madeira ou seguindo-o no twitter. Também no DN Madeira se pode perceber melhor porque razão em tempo de tragédia na Madeira o mais bem equipado órgão de comunicação da ilha nos e se entretem com futebóis em vez de cumprir a sua missão de informar.

 

Como nos explica num artigo imprescíndivel («Aquilo é só um polvinho») Luís Calisto , o director de um jornal que luta diariamente pela sobrevivência,  um «polvão de braços longos e viscosos»  «sufoca a liberdade de informar na Madeira. Esse molusco predador que há 30 anos usa as medonhas ventosas para se alimentar a si próprio e a seus validos, que continua a turvar a vista dos Madeirenses cobrindo a babugem com a sua sinistra tinta camuflante». Um polvão «que calunia, insulta e enxovalha diariamente os jornalistas com epítetos de corruptos, traidores, comunas, súcias, fascistas, tolos, incapazes, incultos, vingativos, desonestos, gente reles, mentes recalcadas, bastardos, exóticos, incumpridores de estatutos editoriais, ralé que não toma banho? E as jornalistas de vendidas, descompensadas, sovaqueiras».

 

Adenda: Depois de ter escrito o post, descobri no twitter do secretário de AJJ que o Centro de Informática do Jornal da Madeira foi inundado. Uma vez que o jornal continua online, pressuponho que os servers do JM não foram afectados pelo que continuo sem perceber porque razão continua o futebol em destaque nas notícias de última hora.

Adenda 2: O JM já actualizou a sua página online. O primeiro artigo a  surgir foi este...

4 comentários

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    Palmira F. Silva 21.02.2010

    Claro, António Parente. e o caro que não aproveitasse para dar a ferroadazinha que não pode dar nos posts que o incomodam.

    posso ter sido precipitada a julgar a competência do JM, como já referi, nunca me passou pela cabeça que não fossem capazes de actualizar o online do jornal fora das instalações. aliás, o DN Madeira tb foi evacuado e continuou a informar as pessoas, no twitter e no online, mas o caro não acha que se precipitou tb um bocadinho? faça as suas críticas ao que escrevo sobre religião nos posts sobre religião, não descarregue alhures a sua frustração de não o poder fazer, sei lá, nos posts  sobre pedofilia na ICAR e quejandos...
  • Sem imagem de perfil

    António Parente 21.02.2010

    A sua resposta é estranha. Em primeiro lugar, os seus posts sobre religião não me incomodam. Não os comento porque os temas são repetitivos e já falámos desses assuntos centenas de vezes. Eu tenho uma vida para além dos blogues e não me considero uma espécie de justiceiro que tem de corrigir tudo o que a Palmira escreve. Nem tempo nem paciência tenho para isso. Em segundo lugar, a Palmira não me impede de comentar nem eu protesto se não publicar qualquer comentário meu. Em terceiro lugar, considero útil que os bloguistas tenham a percepção do impacto dos seus comentários. Há muita gente que vem aqui e não comenta e provavelmente fica com uma ideia a seu respeito por causa de um post infeliz. Este tipo de comentários dão-lhe a possibilidade de se defender. Devia estar agradecida por eles surgirem. A Isabel Moreira escreveu também uma barbaridade sobre o José Sócrates e eu não fui lá comentar porque considero que o seu post tem muito mais impacto do que o dela.

    Julgar que o Jornal da Madeira tem impacto mundial parece-me, sei lá, extravagante. Basta consultar as páginas da BBC, da SKY News e da maioria dos jornais europeus para ver que a tragédia da Madeira continua a ser, hoje, notícia de primeira página. Basta ir ao youtube e pesquisar para encontrar uma dúzia de vídeos com imagens da tragédia. O que Alberto João Jardim disse só faz sentido se considerarmos que deve estar, naturalmente, debaixo de uma grande tensão e pressionado para resolver os problemas mais imediatos.

    A Palmira não sabe o que aconteceu aos jornalistas do JM. Não sabe se perderam familiares, amigos. É de uma grande insensibilidade o que escreveu.

    Finalmente: desde 2004 que lhe manifestei a minha opinião sobre a pedofilia na "ICAR". Sabe muito bem que sempre considerei um crime abjecto que deveria ser julgado pelas autoridades civis e que deveria conduzir à excomunhão de quem o pratica. O que colocou no fim do seu comentário é um golpe baixo e sem nível que não lhe vou perdoar durante algum tempo. Passe bem.
  • Sem imagem de perfil

    sem-se-ver 21.02.2010


    acredita mesmo nisto que escreveu: «O que Alberto João Jardim disse só faz sentido se considerarmos que deve estar, naturalmente, debaixo de uma grande tensão e pressionado para resolver os problemas mais imediatos»?

    que candura. inocência. ingenuidade. e mais termos sinónimos.

    isto para ser simpática consigo.
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