O Maradona (que não sei quem é por isso não retribuo títulos)
O Maradona, que se auto-descreve como lendo muito, aparentemente não estende essa apetência pela leitura àquilo que critica em termos, digamos, à la Maradona, ou antes, naqueles ditados pelos arroubos da indignação que, vá-se lá saber porquê, o apoquenta sempre que escrevo algo que contraria o seu desejo de que a ciência seja «No fundo, uma puta que trabalhasse de borla, mas que não aborrecesse».
Mais concretamente, o Maradona aparentemente perdeu as estribeiras por eu eu ter explicado que, contrariamente ao que ululam ad nauseam todos os criacionistas, Hitler não era evolucionista, bem pelo contrário. E, falando de si para os seus botões, não certamente para mim, deixa a pergunta «Acredita a professora Palmira que lá pelo facto de o Hitler ser um Criacionista não se pode ser uma pessoa decente sendo-o?».
Mas, não querendo deixá-lo angustiado mais tempo, desta vez não me limito a hiperligar o que escrevi há mais de um ano aqui na jugular, transcrevo na íntegra o parágrafo que espero lhe esclareça as dúvidas angustiantes que lhe inspiraram a prosa, tão angustiantes certamente que se sentiu obrigado a repeti-las alhures.
«Devo esclarecer que não considero que o facto de Hitler ser criacionista e Estaline anti-evolucionista ou ambos anti-ciência «inconveniente» seja um argumento válido para qualquer coisa, mas já que ele recorreu aos argumentum ad nazium e ad Stalinum para explicar porque razão devemos abandonar o rigor intelectual, a verdade e a razão em prol de realidades alternativas, acho que é conveniente explicar que aquilo que seria por si só um argumento completamente inválido assenta ainda por cima em afirmações totalmente falsas!»