Coisas difíceis, senão mesmo impossíveis de entender
A direita lusitana diz que o nosso grande problema é o endividamento e a dependência do exterior. Acenam com os papões dos nossos credores, com a dificuldade de acesso ao crédito, com a possibilidade de falência do Estado - em suma: andam a dizer que com o PS o país caminha para o apocalipse. Posto isto, o PS apresentou um PEC que o FMI, a OCDE, a Comissão Europeia, a Fitch (sim, mesmo esta, apesar de ter baixado o rating) e a S&P dizem ser credível. Lá fora - o tal lá fora de quem dependemos para financiar a nossa economia - elogia o PEC. E o que faz a nossa direita? Diz que o PEC é inaceitável e que o Governo é incompetente. O CDS, sem que se tenhaminimamente preocupado em articular algo que se assemelhe a uma avaliação da justiça e da equidade desse aumento, sobretudo quando comparando com as alternativas, diz que não aceita que se aumente a carga fiscal - e votou contra. O PSD...bem, o PSD de ontem absteve-se, mas o PSD de amanhã vai ter um líder que acha que se devia votado contra o projecto de resolução e diz que isto está tudo à beira de explodir, ou coisa que o valha. As críticas do PSD não são bem críticas; são a expressão daquela cegueira destrutiva que tende a acompanhar o desejo de poder daqueles que não fazem a mínima ideia do que pretendem fazer ao país.

