Ana Gomes e as suas "contendas antigas" ou dos seus enviesamentos
Mais uma vez, Ana Gomes, a voz estridente dos direitos humanos, vem, a propósito do "caso submarinos", encontrar uma forma, não de tentar inteirar-se do que se possa saber acerca da globalidade da questão, sabendo a douta Deputada que parte dela está nas mãos da jutiça, mas aproveitar a coisa para fazer política baixa.
Para Ana Gomes, a voz estridente dos direitos humanos, neste, como em casos anteriores, o que interessa é destruir como pode os seus inimigos de estimação, de Barroso a Paulo Portas.
Quando a Senhora pretendeu perseguir Barroso a partir de Bruxelas, Carlos Coelho acusou-a de estar a utilizar o negócio dos submarinos como “arma de arremesso político” contra o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso (omitindo Paulo Portas). O eurodeputado do PSD disse que Ana Gomes tem “uma contenda antiga” com o ex-primeiro-ministro português. Ele sabe do que fala, ele que estava na Comissão Temporária relativa aos alegados voos da CIA e bem viu a "imparcialidade" com que Ana Gomes tratava da questão quando surgia o nome de gente do PSD e, sobretudo, se encontrava forma de chamar Paulo Portas ao processo, ex-Ministro da Defesa, ignorando o princípio da continuidade da Administração, que implica que quem responda seja quem está em funções, para além de haver ali uma estranha fixação pelo dito, e não por todos, mas todos os ex-Ministros com competências na matéria, e já agora não só em Portugal, mas em todos os países da Europa. Aquilo era uma fixação muito bonita.
Depois do que já escreveu, a propósito do caso dos submarinos, caluniando Paulo Portas e que levou a esta minha reacção, vem agora a voz estridente dos direitos humanos, afirmar - sim, porque Ana Gomes é muito afirmativa - o seguinte: "O CORREIO DA MANHÃ de hoje escreve que desapareceu a acta do contrato das contrapartidas dos submarinos. Com sorte, talvez o Dr.Paulo Portas consiga encontrá-la lá por casa, entre os milhares de documentos fotocopiados que levou do Ministério da Defesa Nacional. Já agora, mai-lo contrato de “leasing” onde se fixam as condições e o prazo de pagamento pelo Estado ao consórcio financeiro, engendrado pelo BES, que financiou a aquisição dos ditos cujos...."
Ana Gomes não esperou um minuto, pelo evidente desmentido de tamanho disparate.. A jurista, a apaixonada por direitos humanos que pelo meio se esqueceu do que seja um direito fundamental, como o bom nome e coisas dessas, leu o seu jornal de referência e num passo deu por verdadeira a notícia do desaparecimento da acta, sem a estranhar e, mais grave, acusando Paulo Portas, em tom jocoso, de um crime gravíssimo. Sim, isto de se furtar documentos públicos e de os levar para casa, ainda para mais com o intuito de encobrir um outro crime, é caso para Ana Gomes parar de escrever de uma vez por todas e, já que sabe tanto, ir disparada ao Ministério Público para que se iniciem os trâmites necessários por forma a pôr Paulo Portas atrás das grades.
É que a não ser assim, eu acho que vou parar de ler Ana Gomes. Porque como ainda não vi Paulo Portas ser suspeito do que quer que seja, neste ou noutro processo em que Ana Gomes tanto gritou para que ele o fosse, como ainda não vi Paulo Portas ser constituído arguido, tenho para mim que quem anda a praticar actos que se encaixam que nem uma luva em tipos penais é a Deputada Ana Gomes.