parece que finalmente
se começa a discutir a sério a possibilidade de uma polícia única em portugal. não percebi se quem fala disto, como o articulista e especialista em assuntos de segurança paulo pereira de almeida e o actual director nacional da psp, oliveira pereira, propõe que pj, psp, gnr e polícia marítima (estou-me a esquecer de alguma?) se fundam todas numa ou se se propõe apenas a fusão da psp e gnr, que advogo há muitos anos, na minha qualidade de barbeira. faz-me todo o sentido que a polícia comum seja unificada, como me faz todo o sentido que continue a haver uma polícia de investigação criminal separada. mas admito que mesmo a polícia criminal possa ser integrada numa polícia nacional. ganhar-se-ia em poupança económica (de instalações a serviços de suporte, seria algo de muito considerável) e, sobretudo, em coordenação, acabando com as rivalidades e incomunicabilidades ridículas entre as polícias. claro que ficavam mais índios e menos chefes e, sobretudo, os militares deixavam de ter uma polícia para comandar.
é certo que já me explicaram que 'faz jeito' a portugal ter uma força semi-militar para enviar para missões de paz, por exemplo, permitido cooperar internacionalmente sem a necessidade de decisões do género 'declarar guerra'. mas não estou convencida, sobretudo porque me parece que em termos de segurança nacional e de finanças aquilo que se perde é muito mais relevante.