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Ana Matos Pires: Sorry… uóte??

(texto de Ana Matos Pires) Como todas as semanas, comprei a revista Visão e, por indicação fraterna, fui directamente para a página 100, onde está parte do texto sobre a "descoberta" da homossexualidade masculina num homem que está casado com uma mulher – curioso o facto de não existirem (?) histórias da "descoberta" do lesbianismo numa mulher casada com um homem… Nem queria acreditar no que via – e ainda dizem que os ingleses têm um fácies inexpressivo, safa - e lia – "A homossexualidade é um complexo, um transtorno da identidade sexual. É uma doença e tem recuperação", by Margarida Cordo, 46 anos, terapeuta familiar. Esfreguei os olhos com força e voltei a olhar. Afinal era MESMO verdade, tinha lido correctamente. E, mais à frente, diz-se que a senhora já acompanhou «quatro casos deste tipo, mas somente dois continuam em recuperação» e continua «O problema, acrescenta, pode ser superado em 30% dos casos, pelo recurso à terapia individual, coadjuvado, se necessário, pelo método dos 12 passos, usado nas dependências. A meta é conseguir a monogamia e o aprofundar de laços com o cônjuge (o que acontece numa escassa percentagem dos casais estudados por Ami Buxton).». Quem é esta senhora? Qual a sua formação de base? Onde obteve a creditação de terapeuta familiar? A quem tem que prestar contas sobre a sua actividade profissional? É que isto chama-se má praxis! Que fariam se um determinado cirurgião vos desse uma naifada num estômago não doente? Ou se vos quisessem tratar um panarício no dedo mindinho da mão direita que, por mero acaso, havíeis perdido na adolescência? Chateavam-se, verdade? Então e quando alguém trata uma doença que não é doença assumindo que é doença? Bem sei que são só dois casais, os outros dois que integravam a casuística (!!!) da senhora bazaram - felizmente -, mas não deixa de ser uma alarvidade. Parece-me lícito colocar a questão à Ordem dos Médicos e à Associação Pró-Ordem dos Psicólogos. Fá-lo-ei. Ps: Estou com um pequeno problema, não sei como hei-de formular a questão, que nome dar à pretensa entidade clínica para perguntar se existe? Que tal "Síndrome da bicha dependente do pirilau fora de portas que abre o armário porque já não consegue comer mais grelos dentro de portas"? Pss: Vão, a correr, ler o Maradona antes que desapareça.

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