a propósito desta notícia, ocorreu-me saber o que a malta que exige prisão para os distribuidores de preservativos 'ao papa' e lhe chama 'provocação miserável' e 'coisa sem nome' e 'intolerância jihadista' e 'arruaça' questionando se 'a próxima fronteira' será 'milicianos à porta das igrejas' considerará adequado para as pessoas que se acham no direito de ir para a frente de uma clínica abordar quem lá se dirige -- a menos que considere que isso sim é 'respeito e tolerância'.
2 comentários
Nuno Palha 29.04.2010
O preservativo é uma das soluções e só por irresponsabilidade ou por falta de conhecimento se pode dizer o contrário.
Eu trabalho em ciência, mais propriamente em doenças infecciosas, e se quer que lhe diga, qualquer coisa a 100% é muita coisa mas não é com certeza científico. Nunca vi na minha área de estudo nada, mas rigorosamente nada a 100%. E era bom que a literacia científica do povo português aumentasse e percebesse definitivamente isto: estudos científicos que comprovem uma coisa a 100% não existem! Este "muita gente" está contaminada é o quê? 1, 10 ,100 pessoas?
O número estimado de infectados na África sub-sahariana que não têm conhecimento de estarem infectados é tão grande, que mesmo entre casais com membros fiéis um ao outro o preservativo deveria ser usado como precaução.