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jugular

maradona, o melhor blogger do mundo e arredores, excepto NY

Tem dias, mas são quase todos bons. Leiam depressa 'As impagáveis noites eleitorais do Abrupto' antes que ele, esse ganda maluco, apague tudo enquanto emborca dois quartos de vigor e uma embalagem de shorcakes e aquece no microondas um bocado de arroz antes de o barrar com queijo filadélfia (sim, que horror, ninguém é perfeito) e de, imaginem, come-lo (falta o acento circunflexo, falta).

e agora, algo de completamente diferente

Joana! Jooooooooooooaaaaaaaaaaaaanaaaaaa! Jooooooooooooooooooooooooooaaaaaaaaaaaaanaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!sai do sol, pá. olha que ainda apanhas um escaldão. vem para dentro, vem. e posta qualquer coisinha, um olá, um filminho, umas fotos, mesmo daquelas tiradas com o telemóvel (a malta é pós-moderna, gosta de desfocado). vá lá, desarrumámos isto tudo, mudámos a mobília toda de sítio e tu nada. olha que ficamos tristes.

'atão, eu vim com os outros'

O comic relief da noite elitoral lisboeta, pelo menos enquanto não fala o impagável Camara Pereira: as camionetas de idosos do Teixoso, Cabeceira de Basto e outras freguesias irmãs de Lisboa, que o PS trouxe, a toque de caixa, para 'a festa' do Altis.Os repórteres das TVs mal disfarçam o riso perante as respostas dos 'populares' que enchem o hotel e que chegaram até, qual 'vaga de fundo', a ficar presos na porta giratória: 'Atão, viemos de camioneta porque o ps convidou'; porque é que veio? 'Vim com os outros'. Havia mesmo necessidade? E ainda há quem escreva, sem ironia, que neste PS tudo é 'gestão de imagem'.

o assassino tranquilo

Só esta semana fui ver Zodiac. Desde Seven que David Fincher é um dos meus realizadores favoritos – pela forma como filma, pelas histórias que escolhe, pelos actores que dirige, pela desolação não mitigada do seu olhar. De Zodiac tinha lido bem e assim assim. Houve quem dissesse que o filme é chato, mas que ser chato faz parte da sua qualidade, a de encarar com verdade o processo de investigação policial e jornalístico, com as suas inúmeras falhas, empates, becos sem saída. Houve quem dissesse que não reconhecia a câmara de Fincher nas imagens mais académicas que o costume nele. Mas, apesar de o filme ser voluntariamente lento, não lhe encontrei nada chato. Creio aliás que poderia ficar mais uma hora a seguir aquela história sem me cansar. A inteligência raramente cansa. A forma como Zodiac encena a violência, por exemplo, como em minutos constrói nas vítimas personagens com as quais podemos – somos obrigados a – identificar-nos, como nos coloca num mundo aterrador onde se eclipsam todas as certezas e não se garante qualquer redenção (tão ao contrário das narrativas policiais comuns). A forma como nos faz reflectir sobre a tranquilidade com que cruzamos as ruas da cidade, com que assumimos poder confiar no pacto de não agressão que consubstancia a ideia de comunidade humana, de civilização. Tão fácil é ter ocasião de matar. E ser morto. Tão fácil é, num descampado ou numa rua apinhada, no cinema ou na plataforma do metro, ser vítima de um assassino “de oportunidade”. Devíamos talvez surpreender-nos que haja, em cidades de milhões de habitantes, tão poucos destes homicídios ao acaso que tanto nos aterram nos filmes. Pensar na naturalidade com que assumimos o contacto físico, numa sala de espectáculos, nos transportes públicos, com outros que não conhecemos de nenhum lado. Quando tanto se repete a ideia de que o mundo está “cada vez mais perigoso”, ou que “a insegurança é cada vez maior”, devíamos pensar nisso e na forma como as coisas se passavam há uns séculos, quando tanta gente não saía à rua sem uma arma. Ou como se passam ainda hoje em lugares onde a violência homicida, monopolizada pelo Estado ou disseminada na sociedade, é uma certeza diária, que faz olhar cada rosto como o de um potencial verdugo. Esta ideia de paz que de tal modo tomamos como garantida, ao ponto de a pôr em causa nas raras vezes em que é quebrada, é um milagre. É por crermos nesse milagre – o milagre de crer que os outros, ou que a imensa maioria dos outros, não nos quer mal e nos reconhece como iguais em dignidade e direitos, intocáveis na nossa integridade física – que tanto nos aterramos com o assassino do Zodíaco, o homem de voz calma que decide caçar pessoas como quem caça perdizes. Um homem como nós, a viver entre nós, que não nos reconhece outra natureza que não a de vítimas potenciais. Um homem que não se revê em nós e em quem não podemos, não queremos, rever-nos. Um homem que gostaríamos de decretar fora da espécie, da família, mas que pode ser qualquer dos que connosco se cruzam todos os dias, invisível, banal, normal. É essa a obsessão de Robert Graysmith, o cartoonista-escuteiro interpretado pelo fabuloso Jack Gyllenhaal: conhecer-lhe o rosto, encará-lo, extirpá-lo da multidão. Saber que ele não é toda a gente. Pacificar o mundo, reinventar o milagre. Robert acredita que o fez. Nós saímos de Zodiac sem essa certeza. (texto publicado na coluna Sermões Impossíveis da NM de 8 de Julho)

subsídios para a busca do corpo perfeito

A discussão começou numa daquelas trocas de mails colectivas. Alguém (por acaso uma mulher) gabou o corpo dos nadadores de alta competição. “Ai, aqueles ombros, ai, aqueles peitos largos, ai aquelas coxas, ai ai ai”. Logo lhe respondeu alguém (por acaso um homem): “É, têm uma largura óptima, mas vistos de lado são fininhos e não têm rabo. Népias de glúteos. Parecem uns bacalhaus”. E zás de, após uma breve dissertação colectiva sobre a nunca demais  realçada importância do, como escreveu Almada, “tão cantado belo cu”, nos entretermos a tentar definir o melhor desporto para esculpir o corpo masculino perfeito. Falou-se de atletismos vários (fosse o assunto o corpo feminino e poder-se-ia entronizar o triatlo, que parece garantir  um desenvolvimento harmonioso, com umas pernas musculadas mas esbeltas, uns braços definidos mas não demais, o rabiosque no sítio e bem alçado – só com um óbice, o do peito, mas, lá está, dá ideia de que os desportos intensos não ajudam ao decote farto), de ginástica olímpica, de halteriofilismo,  de ioga, enfim. Passou-se a revista a cada músculo, cada zona favorita de cada debatente – havia, por exemplo, uma incondicional dos trapézios,  aqueles músculos que ladeiam o pescoço e que em muito bom homo portuga, aquele espécime clássico de costas abauladas e ventre saliente, parecem ter sido alvo de ablação –, para conclusão nenhuma. “Os do salto em altura são demasiado compridos e finos”; “os dos salto em comprimento não são maus mas têm hipertrofia das pernas”; “os halterofilistas têm belas coxas e magníficos rabos mas parece que levaram umas marretadas na cabeça”. Os tenistas, entre os quais se contam alguns espécimes de antologia, não fazem no entanto regra na excelência. E até o futebol, que não tende a esculpir belos corpos, pode oferecer-nos um torso como o de Cristiano Ronaldo – uma autêntica maravilha do mundo,  a rivalizar com os nadegueiros da Jennifer Lopez, que não consta seja grande atleta, ou o decote da Scarlett Johansson, que tem ar de quem se dedica mais à meditação e aos chocolates. Enfim. Tudo somado, o melhor mesmo é nascer bonito. E, já agora, com uns neurónios bem treinados. Uns 150 abdominais, 50 flexões  e 50 agachamentos  por dia não prejudicam, alongamentos e flexibilidade fazem maravilhas. Mas a lotaria inicial é mesmo, para mal dos nossos desejos, o mais importante. (texto publicado no DN sport de sábado, na coluna Black Out)

octogenária excita blogosfera

Sensação. Ex-deputada do PSD com 82 anos discute sexo oral e anal nos blogues "Há dois temas que excitam de sobremaneira a blogosfera portuguesa: Salazar e Sexo". A autora desta frase tem 82 anos, chegou à blogosfera em Maio de 2007 e já é uma lenda. Bastou-lhe recuperar a noção de actos sexuais "contra-natura", decretá-los como "perigo para a saúde pública" e escrever frases como esta: "O felatio e a sodomia evitam eficazmente a gravidez. Só que o preço a pagar é capaz de ser altíssimo." A viver no Alentejo e "sem disponibilidade para entrevistas" (segundo afirmou ao DN), esta filha de mãe irlandesa e pai português, de nome de baptismo Patrícia Gowan Pinheiro – a assinar normalmente com o apelido do marido, Lança – é, diz, uma ex-comunista que "na idade" se tornou, segundo a sua definição, "conservadora liberal". E que tem hoje entre os seus interesses, a atender aos textos que tem publicado em blogues como o colectivo O Insurgente (apresentado como "de direita liberal"), "os perigos do feminismo radical", "a ameaça do multiculturalismo", "o terrorismo do politicamente correcto", "o ataque à família natural" e, inevitavelmente, "o lobby gay". Foi aliás este último alvo das suas reflexões, por via de uma diatribe contra o sexo anal, que pôs toda a blogosfera lusa a falar desta mulher que certifica em www.portolani.blogspot.com (o seu blogue individual) ter lutado contra os nazis integrada no exército britânico, sido quatro anos deputada do PSD na década de oitenta, estudado Direito, Filosofia, Educação, Economia e Comércio em várias universidades anglófonas, e vivido no Reino Unido, Canadá, Checoslováquia e Argélia. "Ninguém ousa falar neste assunto, por ser considerado escabroso. Não se fala em excremento na sala. Mas fala-se nos 'gays', esquecendo que a repulsa sentida pela imensa maioria das pessoas deriva precisamente dum sentimento de nojo pela prática de sodomia, seja qual for o sexo do praticante. Para as pessoas com uma sensibilidade normal sodomia e excremento são inseparáveis." No mesmo texto, publicado em www.oinsurgente.org, Lança assegurava que "o jovem homossexual de 20 anos de idade tem só 50% de possibilidades de chegar além dos 40 anos. Não só por causa da HIV, mas por sujeitar-se a várias outras doenças causadas pelo abuso de um órgão não desenvolvido para uso sexual". As reacções, entre a risota, a perplexidade, a indignação, as acusações de homofobia e os pedidos encarecidos de mais textos como o citado – houve mesmo alguém (em www.psiquiatrizaodavidaquotidiana.blogspot.com) que titulou um post sobre o assunto "Patrícia Lança a ministra da saúde porque nunca nos iríamos rir tanto" – incluíram também dichotes menos elevados, cujos autores talvez se tivessem refreado se soubessem a idade do seu alvo. Que decidiu, devido àquilo que caracterizou como "uma vaga de imundície verbal", "não falar mais sobre o assunto". Uma das reacções mais suaves veio, porém, de um dos mais notórios activistas LGBT, o antropólogo Miguel Vale de Almeida, que escreveu em www.valedealmeida.blogspot.com : "Por causa de umas anormalidades sobre sexo anal, Patrícia Lança tornou-se na nova estrela do blogabaixo – o bota-abaixo da blogosfera. (...)Mas não posso deixar de me congratular com o facto de uma mulher de 82 anos ser tão activa a escrever, para mais dominando completamente as "novas" tecnologias." (texto publicado no suplemento DN Gente, no DN de sábado. Como assinalado no texto, foi solicitada uma entrevista a Patrícia Lança, que recusou)

comunicado do condomínio

A partir de hoje, 11 de Julho de 2007, e até nos apetecer, este blogue passa ao regime (ainda mais) libertário. O que quer na verdade dizer que vai ficar um bocado mais parecido com os outros. Os cinco administradores passam a postar quando lhes apetece e não apenas no dia que lhes fora atribuído. Continuaremos porém a postar textos 'de fora'. E tudo. Podem destroçar.

negacionismos, #342

A Laura Abreu Cravo, que eu gosto de ler, ficou amofinada porque um senhor mais velho (que, no caso dela, é praticamente toda a gente) lhe disse que gostava de ver a forma como ela provoca os rapazes. Responde a Laura, brandindo melifluamente a cicuta: 'Quando uma miúda quer “provocar os rapazes” não cita os clássicos russos, não se dá ao trabalho de construir aforismos e não perde horas em exercícios metafóricos. Limita-se a pôr o melhor decote que encontrar no roupeiro lá de casa e um par de sapatos muito altos'. Laura, Laura. Negar não vale o trabalho. E, na minha modesta opinião, não é sexy. Mas admito estar enganada. Adenda: a resposta da Laura

marat point

A propósito disto que o Vasco diz e da contra-argumentação da Shyz, devo dizer que em Fevereiro de 2005, estando na Austrália na altura da final do Open, assisti, em Sidney, no meio de uma enorme multidão de australianos aglomerada nas escadas da ópera em frente a um ecrã gigante, ao duelo entre o russo Marat Safin e um rapaz da terra cujo nome não recordo. Olhando para as fotos de Safin publicadas no seu site oficial nem percebo bem porquê, mas eu e os meus dois amigos portugueses achavamo-lo lindo de cair (acho que era porque usava na altura uma barbicha que disfarçava aquela cara redonda de rapaz do campo e porque tinha fama de bad boy, o que no meu caso faz maravilhas).E resolvemos, com combinação e tudo, ir para o meio das centenas -- ou milhares, mesmo -- de kiwis gritar por Safin, apostando que o nosso português, que em todo o lado soa a russo, nos faria passar por eslavos sem pavor. E lá nos pusemos a berrar pelo bom do Safin. Empolgados por ninguém perceber o que diziamos, fomos particularmente refinados. "Quero ter um filho teu, marat", gritava o meu amigo, desvairado, enquanto eu e a minha amiga berrávamos "ganha-me mas é essa merda, ó Safin". O mais engraçado é que rapidamente nos descobrimos rodeados de italianos e espanhóis, que acharam graça e começaram também a torcer por Safin. Perto do final, já éramos umas dezenas de safinenses, perdidos de riso com as palavras de ordem cada vez mais descabeladas do meu amigo (que, por acaso, nunca mais vi desde que partiu para Tuvalu). Ainda por cima, o Safin ganhou. E nós saímos dali sem uma beliscadura ou sequer um insulto -- o que tem o seu quê de extraordinário. (ah, e quanto a fenótipos e ao russo em particular, Vasco, o Marat é moreno que se farta. E o australiano, coitado, era lourito)

nos sapatos dos outros

Todos os jornalistas deviam, pelo menos uma vez, ser alvo de mau jornalismo -- ou, melhor dizendo, da grosseira manipulação da realidade que passa por jornalismo por ser publicada, sob a forma de notícia, em jornais. Conhecermo-nos do outro lado faz diferença? Faz. Dizer o contrário é mentir. Não sei quem foi o jornalista, americano ou inglês creio, que disse: olho sempre para o objecto da notícia como se fosse a minha mãe e tento ser o mais justo possível. É talvez pedir um pouco de mais que vejamos em todos os objectos de notícia a nossa rica mãezinha. Mas não será exigir de mais que se não faça, por exemplo, o que foi feito aqui. Logo no primeiro parágrafo da notícia contradita-se aquilo que se diz no pós-título (sobre o qual haveria, de resto, muito mais a dizer). Vejamos: eu, madrinha da marcha gay do Porto, fui 'a grande ausência da marcha gay do Porto' -- mas afinal havia cinco madrinhas e só uma apareceu. Se isto não é uma grosseiríssima manipulação, o que será uma grosseiríssima manipulação? Dir-me-ão que não é importante. Não, não é muito importante. Se fosse, provavelmente nem falaria disto aqui. É apenas irritante. Note-se que quem fez esta 'notícia', para além de nem sequer nomear as três outras madrinhas que não estiveram na marcha, não se deu ao trabalho de tentar esclarecer comigo os motivos da minha ausência. Ou, já agora, se a minha aceitação do convite -- que muito me honra, de resto -- de 'amadrinhar' a marcha não teve como condição não estar presente, já que me era impossível ir ao Porto no sábado. Que este tipo de 'jornalismo' se faça diária e descontraidamente em tudo quanto é sítio, do papel à televisão, e que tanto jornalista -- incluindo bons e verdadeiros jornalistas -- pactue com isto como se fosse aceitável, é deprimente. Que uma jornalista se veja objecto disto é uma bela ironia. E muito instrutiva. Para mim e, espera-se, para outros jornalistas -- a não ser que tenham perdido a mais fundamental capacidade que se exige aos jornalistas, a de serem capazes de se projectar nos sapatos dos outros. (ok, eu calço o 35 e gosto de saltos muito altos, mas perceberam a ideia?)

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