"Família Addams" é apenas um carinhoso e divertido gozo da Inês
Vou contar um episódio familiar passado vai para oito anos, em S. Pedro do Sul, no Andanças - para reavivar a memória, antes de continuar, uma figura tirada daqui:
Depois do jantar, na volta para casa, um carro com três crianças de 11, 8 e 6 anos e duas adultas - a mãe de duas e tia de uma e a mãe de uma e tia de duas. Dentro da viatura estavam meia dúzia de preservativos que a Abraço tinha andado a distribuir nesse dia no recinto do festival. Perante as perguntas do rapaz, o mais novo dos petizes, responde-se naturalmente, retirando o preservativo do invólucro. No final da explicação, ouvida atentamente e em silêncio (coisa difícil de conseguir com aqueles três juntos, para mais dentro de um carro), ele pergunta "e essa coisa aí na ponta, assim pequena, mais fininha, é para quê?". Responde a rapariga mais nova "então, é para guardar o esperma, assim para ele não sair". O rapaz, entre o incrédulo e o admirado, comenta "é tão pequeno, cabe tão pouco", ao que a miúda retorquiu enfadada "quê, pensavas que era uma litrada, não!?".
Não se apoquente, Filipe, ninguém vai enganar a sua rapariga com um pirilau de esferovite, até porque, aposto, ela não cairia no logro (um destes dias conto-lhe o episódio do canal Vivir, passado no mesmo festival e com os mesmos personagens). Quiçá a próxima geração de psis tenha menos cabeças baralhadas à conta de uma sexualidade merdosa, sofrida e disfuncional. É também esse o propósito de uma real educação para a saúde, com a participação activa dos progenitores.