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jugular

Ainda Abu Ghraib

A ler (e a ver!) na Wired a entrevista com o psicólogo Philip Zimbardo, a propósito da sua TED Conference, cujo tema foi "How Good People Turn Evil, From Standford to Abu Ghraib". A propósito disto apetecia-me saber mais sobre a conferência, de dia 19 deste mês em Paris, onde Judith Butler terá falado de Abu Gharib e "(...) insistiu sobre como é que a tortura sexual feita pelos soldados americanos aos presos iraquianos foi realizada com base na justificação da modernidade e da liberdade sexual do Ocidente. Paralelamente, como é que o tabu da homossexualidade, extremamente presente também na sociedade americana, é utilizado contra o Islão. Tendo em conta o contexto cultural, a utilização de métodos de tortura sexual, sublinhando práticas homossexuais e memorizando-as pelo acto fotográfico, faz deste tipo de tortura um acto de desumanização total. Estamos perante torturas de tipo culturalista.". Shift, será que não queres voltar ao tema?

De regresso ao "Lisboa e História"

Para quem gostava de ter assistido à primeira sessão do ciclo "Lisboa e História" - "Reflexões sobre a morte de um Rei. 100 anos depois do Regicídio. Leituras de conjunto" -  e o não pode fazer, o José Reis Santos disponibilizou, no blog "oficial", os ficheiros sonoros com as três conferências. Sirvam-se se vos apetecer O Eduardo Nobre, com um interessantíssimo apoio iconográfico, apresentou-nos a família real como poucos o conseguiam fazer. O Rui Ramos, que infelizmente não ficou para o debate, deambulou sobre o princípio do século XX, contextualizando-nos o ambiente de toda a trama. Por fim, o António Ventura apresentou-nos, também com alguma iconografia inédita, o Costa e o Buíça, os regicidas, também mortos a 1 de Fevereiro de 1908.

O debate foi animado.

Deixo-vos a gravação das apresentações, e lembro que a próxima sessão, «A Lisboa de... Rui Tavares», será no dia 31 de Março.

Previsão

Já repararam? Pelo caminho que as coisas estão a levar, parece cada vez mais provável que a economia europeia venha de facto a confirmar-se como a mais competitiva do Mundo em 2010, cumprindo-se o principal objectivo da Estratégia de Lisboa traçada em 2000. Aparentemente, foi tudo muito mais fácil do que se imaginara. Bastou não se fazer muitas asneiras, coisa de que os EUA não podem gabar-se.

John Wayne ajuda

“Get off your horse and drink your milk.” John Wayne Menezes não se lembrou desta, mas devia. Depois da extraordinária entrevista, onde também citou John Wayne, ficava-lhe bem ir acalmar os nervos.

Português para não especialistas

A série “Português para não especialistas” não visa corrigir erros de português (embora ocasionalmente o faça), entre outras razões porque não sou a pessoa mais qualificada para isso. Preocupo-me principalmente em registar formas de expressão que se me afiguram mau português ou mesmo medonho português, o que vale por dizer que aponto mais ao estilo do que à gramática.


A minha aversão ao “mais bem” e sugestão de recurso alternativo a “melhor” desencadeou uma expectável onda de protestos devidamente argumentados, incluindo remissões para o Ciberdúvidas. Façam-me a gentileza de acreditar que eu conheço as opiniões contrárias e que entendo a sua fundamentação.


Notem, porém, que um dos textos do Ciberdúvidas citados num comentário ao meu post afirma o seguinte:




Camões escreveu: “O ponto (…) melhor tornado no terreno alheio (…)” (Os Lus., IX, 58). Camilo em “O Santo da Montanha”, escreveu: “(…) aceitou um almoço melhor adubado que o da ceia (…)”. E assim outros grandes escritores.



Acontece que, apesar de não me encontrar habilitado a discutir as opiniões dos filólogos, eu fio-me mais no gosto do Camões e do Camilo que no dos filólogos. Soa-me mais agradável “melhor preparado” do que “mais bem preparado” aproximadamente no mesmo sentido em que acho a Carla Bruni mais gira do que a Angela Merkel, embora admita que o Sr. Merkel e os senhores filólogos possam ter uma perspectiva diferente.


Quanto à expressão “à última da hora”, trata-se de um manifesto absurdo. Pode-se supor que quem a usa não sabe o que está a dizer (que é a causa mais frequente do mal falar), ou pode-se procurar uma qualquer justificação para o absurdo. Eu inclino-me para a primeira alternativa.

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