Intimismos
Fico sempre em estado de deslumbramento quase infantil de cada vez que tropeço, por acaso, numa reposição deste filme. Foi o que acabou de acontecer, infelizmente só apanhei os últimos minutos.
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Fico sempre em estado de deslumbramento quase infantil de cada vez que tropeço, por acaso, numa reposição deste filme. Foi o que acabou de acontecer, infelizmente só apanhei os últimos minutos.
Usar um discurso paradoxal e incongruente, repleto de paralogismos e metonímias (assim se chama formalmente o discurso usado por um mesmo autor em dois textos diferentes, escritos em dois locais distintos, aparentemente sobre o mesmo tema mas de conteúdo substancialmente diferente).
Apresentar evidências de desorientação temporal (acontece quando o "ontem" tem, na altura em que escreve, mais de 48 horas).
Manter a perda de controlo de impulsos – vulgo “saltar a tampa” - por um longo período de tempo (se bem que aqui seja possível colocar a hipótese de se estar em presença de um verdadeiro escalpe, ou melhor, de uma fractura da calote com exposição do material encefálico, sem capacidade de restituição ad integrum - e isto mesmo que a urgência mais próxima não tenha sido fechada e que nela existam neurocirurgiões).
Denotar a presença de falsas interpretações e de pensamentos delirantes (falsas crenças inabaláveis pela argumentação lógica), com base nos quais se alteram partes relevantes de um texto previamente escrito.
*O Gonçalo M. Tavares que me desculpe o plágio.
Ps: Será o respeito por pessoas cuja conduta já se tenha revelado bastante duvidosa e os métodos pouco abonatórios uma consequências da reza bem aprendida?
Adenda: Por lapso não coloquei o link que queria, e devia, ter colocado no Ps de cima. Cá fica agora.
Os ganhos secundários da vitimização são portentosos.
... eu é que ainda a não descobri . Custa muito fazer uma crónica sem se inventarem uns pormenores para dar maior colorido à ideia? O homem, ainda por cima, tem obrigações intelectuais, é historiador (yep, estou a falar do Vasco Pulido Valente). Ao escrever hoje sobre as declarações do Arcebispo de Cantuária , que critica, e a meu ver muito bem (com argumentos que não seriam forçosamente os meus), diz a certa altura, "Em Cantuária e em Liverpool, talvez não caísse bem o apedrejamento da mulher adúltera, o uso obrigatório do véu ou a taxativa proibição do divórcio." . Que ele tem aversão a tudo o que lhe cheire a Islão, a malta já percebeu. Que a Sharia, em especial nas suas interpretações mais radicais, roça o repugnante também me parece óbvio. Ou seja, tem tanto por onde pegar para quê atribuir-lhe "virtudes" que ela não tem? Ah! já sei, fez um shaker com as outras religiões do Livro e "esqueceu-se" que no Islão, ao contrário do que acontece com outras, o Talaq é admitido. Podem dizer-me que estou a implicar por picuinhices. Pois, mas estes pequenos desvios à verdade incomodam-me profundamente, pelo que traduzem.... P.S. - A crónica do VPV está transcrita na íntegra no Da Literatura, se tiverem curiosidade. P.S. 2 - Já que se fala em divórcio e "Religiões do Livro" também pode valer a pena uma passagem na crónica do Padre Anselmo Borges de hoje no DN.
Continuando fisicamente incapacitada de dar ao dedo por muito tempo restam-me duas soluções: ou manter o registo post-it ou - porque não? - repescar textos antigos escrito no outro poiso. Hoje a escolha recai na segunda opção (um texto escrito em Setembro do ano passado, ligeiramente modificado).
Poucas coisas são mais perversas e paradoxais que as ideias sobre o que costumo designar, ironicamente, como o "Eterno Feminino". Não é preciso ser-se um observador especialmente atento para nos darmos conta que os sistemas e "morais" que mais opressores são para a mulher estão, sempre, associados a um discurso de glorificação da mesma. A Mulher é sempre a "melhor coisa que Deus pôs na Terra", um ser quase cândido, isento dos vícios tenebrosos que afligem essa outra metade da humanidade composta pelos homens. E, como cereja no topo, claro, os "hossanas nas alturas" atingem os píncaros quando se fala de maternidade, rapidamente surgem discusos proto-poéticos que, com jeito, até falam de "seivas vitais" e coisas enjoativas do estilo. Foram as imagens finais da declaração do tarado do Irão a propósito da inexistência de homossexuais na terra dele (a reacção à gargalhada é uma das possíveis, sim) que me fizeram ter vontade escrever este texto (aqui estão elas)...
... mas também assentam que nem uma luva a textos como este, de João César das Neves (eternamente agradecida, Tárique, por na altura mo teres mostrado) que termina, gloriosamente, com estas magnificentes palavras "Felizmente que, apesar da tirania da opinião, grande parte das mulheres resiste à pressão e preserva a superioridade. A virgindade e a maternidade brilham ainda neste tempo confuso. E, juntas na mesma pessoa, cintilam no mais alto dos céus, acima de toda a criatura. "(leiam-no na íntegra porque merece).
'Carmex Diz: Fevereiro 8, 2008 at 5:08 pm Em todo o caso a vizinha de cima da FC é uma grande amiga minha vai para mais de vinte anos, e se esta “jornalista” me incomodar muito ainda acabo aqui no Farmácia a revelar os visitantes da FC, o aparato que os rodeia, o que se ouve (e sem esforço) no andar de cima (a casa é antiga, ouve-se tudo), os hábitos de colocação de lixo, e demais curiosidades, todas reais e verificáveis , da FC. É que não tenho paciência para hipocrisias.' (escrito pela maria joão marques, aka carmex, no seu blogue e no comentário número 20 a este seu post que já referira abaixo, umas horitas antes deste quase tão igualmente extraordinário mea culpa. nas palavras imortais da ana matos pires, quem é esta gente?)
Hipersensível ou não, a verdade é que não consegui deixar de me indignar, logo pela manhã, ao ouvir no Rádio Clube a publicitação de uma mini série da TVI - “Casos da Vida”, se não estou em erro.
Duas senhoras estão à conversa e uma delas diz qualquer coisa parecida com “sabes aquele casal vip, o cirurgião plástico e a mulher, parece que ele lhe batia e não era pouco…”.
Já por diversas vezes manifestei a minha posição face ao flagelo da violência doméstica e sei bem que tal prática é transversal na sociedade, não escolhendo níveis sociais, económicos ou educacionais, nem credos. Ah, e também não visto a fatiota do corporativismo médico. Mais, advogo, até, o uso de campanhas preventivas agressivas no que a este tema diz respeito, mas lá que a coisa, o tal do spot publicitário, me pareceu pouco razoável, lá isso pareceu.
Não consegui deixar de pensar, por exemplo, nos filhos deste casal e de fazer um exercício empático, colocando-me no papel desses, suponho eu, adolescentes...
Ontem, numa qualquer caixa de comentários daqui do cinco dias, alguém referiu duas revistas que, infelizmente, tiveram vida curta demais para a qualidade que, inegavelmente, as caracterizava. Foi o suficiente para que me dirigisse às prateleiras onde guardo, re-li-gi-osa-men-te, todos os números da Já e da Vida Mundial. Por motivos que não vêm ao caso estou impedida de passar mais do que alguns minutos em frente ao pc, o que não me permite tecer as loas que tais publicações mereceriam. Mas perder uns segundos para relembrar que se celebra este mês o 10º aniversário do primeiro número de uma delas - a Vida Mundial (2ª versão, claro) - posso e devo (a imagem está uma bosta, será substituída assim que me for possível).
Passar os olhos na ficha técnica deste primeiro número não deixa de ser um exercício blogosférico interessante, já que surgem nomes como os de Daniel Oliveira, Pacheco Pereira, Miguel Portas, André Belo e Rui Tavares.
a rede informática de comunicação que dá pelo nome de internet alberga múltiplas formas de expressão. o facto de ter um acesso irrestrito, tanto do ponto de vista da criação como da fruição, facilita em muitos dos seus utilizadores a sensação de total irresponsabilidade e absoluta impunidade. a generalidade ignorará que as leis sobre difamação que se aplicam, por exemplo, aos jornais e demais media tradicionais são igualmente válidas na internet e nomeadamente na blogosfera. mas mesmo muitos dos que não o ignoram agem como quem crê ou que os alvos da difamação não vão tomar conhecimento ou que apesar de deles fazerem o retrato (reiteradamente, aliás até à obsessão) mais pavoroso eles são na verdade pessoas tão superiores e de sentimentos tão elevados que não lhes ocorrerá defenderem-se através dos meios postos à sua disposição pelo sistema judicial. a isto pode-se, com grande rigor, chamar estupidez. e, para além disso, grande imprudência. até porque, no caso, se está a chamar nomes feios não só a dois jornalistas como ao próprio jornal. evidentemente que agir criminalmente contra uma injúria deste tipo seria encarado por uma grande parte dos utilizadores da internet e sobretudo pelos apologistas de uma peculiar concepção da liberdade de expressão como um acto de perseguição horrível e até, quiçá, de censura. ou seja, funcionaria como uma espécie de 'confirmação' da justeza da difamação. e é também isso que descansa os difamadores. o que faz a sua atitude mais perversa e censurável. tudo isto que está escrito acima é bom jornalismo. ou seja, é correcto, verificável, e adequado à matéria. acontece que é também a minha opinião. lamento que seja tão difícil a tanta gente perceber o que é o jornalismo. mas há sempre a hipótese de lerem uns livrinhos sobre o assunto. ou bons jornalistas. se precisarem de uma lista, eu ajudo.
Rogério da Costa Pereira
Rui Herbon
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The times they are a-changin’. Como sempre …
De facto vivemos tempos curiosos, onde supostament...
De acordo, muito bem escrito.
Temos de perguntar porque as autocracias estão ...
aaaaaaaaaaaaAcho que para o bem ou para o mal o po...