Da perseverança
Finalmente o PCP conseguiu encher o Campo Pequeno.
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Finalmente o PCP conseguiu encher o Campo Pequeno.
O meu filho aprendeu uma nova habilidade, que vem reinventando desde há cerca de dois meses. Contextualizando a coisa: o puto adora comer, venera a comida e até inventou uma cantoria para a hora da refeição. Na sua forma mais recente reza, com propriedade o digo, mais ou menos assim: papa-ah-ah-ah, papa-ah-ah-ah, papa-ah-ah-ah. E a coisa termina quando a primeira colher lhe chega à boca. Findo o prato principal, e nos escassos momentos que o separam da sobremesa, recomeça: papa-ah-ah-ah, papa-ah-ah-ah, papa-ah-ah-ah.
Agora, aproveitando que está na idade mata-borrão, ando a ver se o ensino a dizer sumo-pontífice-yé-yé, na hora de pedir líquidos.
E será a glória. Patenteio-o, levo-o para o Vaticano e é só aguardar a graça dos fiéis.
Tirem esta mulher da berma das estradas.
Desta vez a blogosfera não foi inundada de posts daqueles entre o muito solidário e o vagamente necrológico. Por não ser Nova Iorque, Madrid, Londres? Talvez. Mas pior ainda é pensar que pode ser por já estarmos habituados.
Só pode ser uma citação maldosa, esta com que termina o perfil da ministra da educação no caderno 2 do Público: «Garante, contudo, que também tem tido bons momentos. “Muitos.” Pede-se-lhe que partilhe um. “Uma carta que recebi de um menino que recebeu um computador para ter em casa, não sei já em que circunstância, e escreveu-me a dizer: ‘Quando for grande, vou inscrever-me no PS.’ É tocante.”» É que se não for maldosa então qualquer coisa de muito estranho já aconteceu à cabeça de toda a gente: da criança, da ministra e até da jornalista.
...é o título de um documentário que acabei de ver descrito no Le Courrier des Balcans. Pus-me à procura de mais informação e, de preferência, de imagens porque o pequeno resumo aguça a curiosidade.
Está em vigor há pouco mais de dois meses o novo estatuto disciplinar dos jornalistas, que confere à Comissão da Carteira Profissional dos Jornalistas, cuja principal actividade constituiu até agora a cobrança do valor do título bianual a que o nome se refere, competências de foro disciplinar, podendo, em casos mais graves, decretar a suspensão da actividade profissional até 12 meses. Apesar desta alteração das funções da Comissão, o seu site na Net mantinha-se, até ontem, igual ao que foi nos últimos anos. Na secção da legislação, o Estatuto de Jornalista consultável é o de 1999 e mesmo o Estatuto Disciplinar não se vê em lado algum. Qualquer cidadão que lhe aceda em busca de indicações para a elaboração de uma participação ou de informação sobre quais as faltas deontológicas de que se pode queixar fica na mesmíssima.
O simbolismo desta incapacidade de comunicação do organismo que tem por função representar e reger os profissionais da comunicação parecia já demasiado caricatural, mas um telefonema com o objectivo de perceber o motivo destas insuficiências alcança um novo patamar de absurdo. O funcionário que atende, e que se afirma capacitado "para responder a dúvidas", não sabe afinal responder a nada. E quando lhe perguntam onde é contactável o presidente da Comissão, o juiz Pedro Mourão, responde "isso é sigiloso", esclarecendo: "A chefe dos serviços administrativos deu ordens para não dar informações sobre o paradeiro dos membros da Comissão." Perante a perplexidade algo irritada da jornalista, que lhe lembra que a Comissão é um organismo público e que é normal um jornalista poder saber onde podem ser contactados os seus membros, o funcionário passa para outra funcionária, apresentada como "a jurista da Comissão". Junto desta é afinal possível saber que o juiz em causa é do Tribunal da Relação, que o site está "realmente muito desactualizado" e que a Comissão já está a receber participações ("Aliás, já recebia, apesar de não ter competência para as apreciar"). Mas a informação sobre o número das participações entradas desde Setembro é - adivinharam - "sigilosa", porque "o estatuto diz que o procedimento é sujeito a sigilo". Explicar à jurista que o procedimento ser sujeito a sigilo não implica que o número de procedimentos seja sigiloso é inútil, como fazer entender a quem passa a conversa a perguntar "mas afinal o que é que deseja", que se pode desejar informação sem mais objectivo que a informação em si e que é isso, imagine-se, o jornalismo - aquela "coisa" que justifica a existência da Comissão.
Claro que um jornalista deparar-se, ao questionar a "sua" Comissão, com tal impenetrabilidade - aquela com que se atém ao contactar os mais variados organismos portugueseses, num país em que tudo é, exasperantemente, "segredo" - é apenas de uma impagável ironia. Mas descobrir que "nestes oito anos de funcionamento da Comissão nunca um jornalista questionou o seu modo de funcionamento" é um bocado mais que irónico. É triste.
(publicado hoje no dn)
Já que (ou enquanto?) os antropólogos da casa não se chegam à frente, assinalo eu o centenário de Claude Lévi-Strauss, aproveitando para fazer a minha tradicional sugestão pré-fim-de-semana.
Réflexion Faites consiste num cojunto de entrevistas, realizadas em 1988, a Lévi-Strauss e a outras personalidades de várias áreas do saber (Jacques Le Goff, Pierre Bourdieu, etc.) que nos ajudam a pensar a importância de Lévi-Strauss e do estruturalismo.
Esta é a primeira parte, as seguintem encontram-se aqui.
De vez em quando lá aparecem. As dúvidas existenciais acerca dos nomes e de uma suposta forma correcta de pronúncia e de escrita. Os portugueses escrevem mal, os noticiários estão cheios de erros, as traduções televisivas dão calinadas a toda a hora, mas que importa isso? O que importa é saber "qual é a forma correcta". Existisse internet e blogosfera em 1979 e andaria tudo em polvorosa à conta de Pequim e de Beijing. Depois disso veio Aceh/Achém (que ninguém usou, diga-se), Sumatra/Samatra e, mais recentemente, Myanmar/Burma/Birmânia. Agora é a vez de Mumbai/Bombay/Bombaim.
1. Mobilizar verbas equivalentes a 1,5% do PIB europeu pode parecer muito. E seria de facto muito, se se desse o caso de nos encontrarmos perante uma recessão comum. Mas não estamos: a paralisia do sistema financeiro ameaça bloquear o funcionamento da economia mundial, algo que, a esta escala, não sucedia há quase oitenta anos.
2. Pior ainda: desses 1,5%, apenas o equivalente a 0,3% resultam de iniciativas da própria Comissão. O resto provém da mera agregação de medidas tomadas ao longo das últimas semanas pelos maiores países da União. Mais uma vez, as instituições que governam a UE demonstram escassíssima capacidade autónoma de actuação.
Rogério da Costa Pereira
Rui Herbon
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Cara Fernanda Câncio, boa tarde.Poderia ter a gent...
So em Portugal para condenarem um artista por uma ...
Gostava que parasses de ter opinião pública porque...
Inadmissível a mensagem do vídeo. Retrocedeu na hi...