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jugular

Somos todos mutantes ou reflexões bioéticas sobre o embrião

O Segredo de justiça  do Rogério fez-me lembrar algo muito na ordem do dia, em particular nos EUA  em que a direita religiosa se lança em ataques desenfreados a Barack Obama a propósito da sua posição em relação quer ao aborto quer a células estaminais embrionárias.

De facto, para dar um aspecto «cientifico-filosófico» à posição meramente religiosa em relação a estes temas, a «guerra» de, por exemplo, a hierarquia da Igreja Católica, consiste em atribuir ao zigoto (ou a uma célula totipotente) o estatuto moral de pessoa - o que está na base do documento infeliz que dá pelo nome Dignitas personae, que condena estridentemente tudo e mais umas botas, da  fertilização medicamente assistida à investigação em células estaminais. Mas estas pretensões são refutadas, entre outras evidências como gémeos homozigóticos,  pela existência de quimeras humanas.

Lisboa rules

Ranking anual

- Travellers House, Lisboa, Portugal 
- Rossio Hostel, Lisboa, Portugal 
- Lisbon Lounge Hostel, Lisboa, Portugal 
-The Riverhouse Backpackers, Cardiff, País de Gales 
- Greg Tom Hostel, Cracóvia, Polónia 
- Sitting on the City Walls Courtyard House, Beijing, China 
- Academy Hostel, Florença, Itália 
- Goodnight Backpackers Hostel, Lisboa, Portugal 
- Flamingo Hostel, Carccóvia, Polónia 
- Mambo Tango Backpackers, Barcelona , Espanha 

A empresa irlandesa HostelWorld.com divulgou esta semana o ranking anual dos melhores albergues do mundo. Votaram 800 mil viajantes e havia  20 mil hostels em competição. Lisboa fez o pleno no pódio e tem quatro pousadas nos dez primeiros lugares. Rankings deste tipo só costumavam acontecer no meio-fundo, antes da chegada dos africanos, e eventualmente ocorrerão ainda nos mundiais do jogo do pau. As apreciações feitas  à Travellers House parecem fidedignas.

O Jugular lança um concurso para a melhor explicação em jeito de teoria da conspiração que esclareça esta bizarria estatística. Não há aqui subtexto. Nós, os lisboetas, queremos mesmo dar hipóteses aos portuenses de também terem um pódio dominado só por eles. 

Segredo de justiça

do Latim tás mas é malucu.

Quimera; fantasia; concepção irrealizável. Lugar que não existe. Conjunto de ideias e imagens, mais ou menos confusas e disparatadas, que se apresentam ao espírito durante o sono; utopia; ficção; visão; aspiração. Coisa que só existe na ideia; imaginário em que há toda a perfeição; perfeição suprema; a mais elevada e ardente aspiração.

Bolo muito fofo de farinha e ovos, frito em azeite e passado em calda de açúcar

roga-se: leiam a carta

eduardo pitta leu, daniel oliveira leu (ó daniel, já agora podias dizer a que excerto fundamental te referes. eu até acho que sei, mas era bom esclareceres, até para efeitos de índices de situacionismo e isso), e eu li parte (amanhã leio o resto). de facto, se tanta gente (por gente refiro-me a jornalistas e para-jornalistas, neste caso) teve acesso à carta e não logrou ou não quis entender o que lá está escrito, mais vale que toda a gente a possa ler. isto apesar de ser uma peça processual que devia estar em rigoroso segredo de justiça -- essa espécie de miragem da lei portuguesa, facto que por acaso também vem muito britanicamente referido na carta, embora até agora ninguém tenha reparado (*) -- e que refere nomes de pessoas sob investigação que se calhar nem sabiam que estavam sob investigação (coisa que costuma prejudicar a investigação, mas isso agora não interessa nada).

 

de facto, mais valia distribuir a coisa à boca do metro. e já agora os tais mails, também. queremos tudo aquilo a que não temos direito.

 

* ponto 11: 'A política da Polícia da Cidade de Londres e da Serious Fraud Office relativamente aos meios da comunicação social é actualmente a de não efectuar comentários, ou de declarar que ‘não nos é possível comentar” no tocante a quaisquer pedidos de informação recebidos.
 
Agradecia que esclarecesse quais as medidas, se as houver, que estão a ser tomadas relativamente à divulgação não autorizada de informação.
 
Agradecia que esclarecesse qual a política actual dos departamentos do Ministério Público e da Polícia em Portugal em matéria dos meios de comunicação social relativamente a este caso.'

É oficial: pertenço a uma minoria ;)

Michael Steele was chosen Friday as the first African-American leader of the Republican Party.

Michael Steele was chosen Friday as the first African-American leader of the Republican Party. Steele, the first African-American to hold the post, defeated South Carolina GOP Chairman Katon Dawson, 91-77, in the final round of voting among the RNC's 168 members. Only 86 votes were needed. [CNN]

Arranjem soluções - do tipo "qualquer merda que venda"

«Já na última segunda-feira, Joaquim Coimbra, juntamente com o grupo de jornalistas fundadores do semanário, comunicaram aos outros accionistas do "Sol" - neste momento o BCP e a empresa Imosider - que pretendem proceder à venda das quotas de que são titulares na empresa que é agora accionista maioritária do jornal dirigido por José António Saraiva, a Nova Comunicação Empresarial. O objectivo é vender essas acções à Newshold, que fica assim directamente com 51 por cento do capital do "Sol".

O objectivo será "a viabilização imediata" do jornal, face à complicada situação financeira, alegam ambos na comunicação, a que o PÚBLICO teve acesso. Tanto a Imosider como o BCP foram, no entanto, apanhados de surpresa pelo negócio que está em cima da mesa. José Paulo Fernandes, presidente da Imosider, diz que este negócio foi uma forma de contornar as regras do acordo parassocial, que determinam que os accionistas têm direito de preferência nas vendas de capital social do "Sol" a novos parceiros. "Farei tudo o que estiver legalmente ao alcance no sentido de que esta 'chapelada' manhosa seja devidamente anulada", afirmou.

Na carta enviada na noite da última segunda-feira, tanto Joaquim Coimbra como o grupo de jornalistas pedem que seja dada uma indicação sobre o negócio no prazo de "dois dias". Alegam "o risco de, na ausência de soluções no decurso desta semana, o jornal ver a sua publicação interrompida" e dizem que a sociedade "já não dispõe de meios para proceder ao pagamento das suas obrigações, entre elas o pagamento de salários" e "financiamentos contraídos"». [Público]


(os negritos e os links são meus)

Duas de bengala e uma com moca de Rio Maior

 

Bengalada 1: no seu "índice do situacionismo", que já vai no número 25, Pacheco Pereira inventaria casos de parcialidade na imprensa. Não está errado nos exemplos, apenas erra no método. Ora, o que é um bom exemplo resultante de um mau método? É um artefacto. O mais embaraçoso - digamos, colectivamente - é que Pacheco Pereira, com o seu método, não consegue provar uma tese que até me parece ter elementos válidos.  Não vale pois a pena frisar que com um cherry picking  atenuado por um polvilhado de suposta imparcialidade (quando o índice aparece a verde) tudo se prova (sobretudo neste nosso cerejal), nem lembrar que o queixoso é um dos homens mais mediáticos da nação em período de pré-campanha eleitoral pela sua dama, o que dá uma dimensão de absurdo à sua cruzada. Mas talvez valha a pena comentar o "índice" propriamente dito. Creio que estas brincadeiras das pontuações começaram com Marcelo Rebelo de Sousa, no programa que teve na TSF e em que dava notas aos políticos. Mais por se tratar de Marcelo do que do Professor Doutor Rebelo de Sousa, as notas divertiam. Por que motivo o índice de Pacheco Pereira não diverte? Porque Pacheco se leva demasiado a sério. Tão a sério que provavelmente julga estar a fazer historiografia em tempo real. Se for o caso, a falha é grave. Pacheco Pereira, o intelectual e o historiador, sabe que os números têm importância e o que ele faz é induzir no leitor uma sugestão de rigor, quando o seu método provavelmente não resistiria à primeira análise imparcial do que está a acontecer nos media neste preciso momento. Índice de charlatanismo +18

 

 

Bengalada 2: Tenho a vaga ideia (corrijam-me, por favor) de, há uns anos, uma capa do Expresso em pleno período eleitoral ou próximo disso ter revelado que Pacheco Pereira era dos deputados europeus que menos tinha trabalhado ou até o mais preguiçoso. Pacheco Pereira protestou e o seu protesto foi atendido. Parece que em causa estava o método usado para escalonar o trabalho dos deputados, que não era  sério. Longe de mim duvidar do bom nome de Pacheco Pereira. Acusá-lo de preguiçoso é algo que provavelmente só passaria mesmo pela peculiar cabeça do arquitecto Saraiva. Creio que Pacheco Pereira na altura desabafou por causa da assimetria de atenção que é dada à notícia infundada e ao desmentido. Tinha toda a razão, mas suspeito que entretanto também ele terá perdido a memória deste episódio. É por isso bom relembrá-lo. O Preguiçagate tem elementos comuns com o freeportgate. Pode mesmo ser visto como um Freeportgate light. A eventual corrupção de milhões de euros  e/ou o tráfico de influências/abuso de confiança com impacto nos bens públicos de agora foi antes apenas uma insinuação de falta de empenho profissional passível de aborrecer os eleitores; o risco de um partido perder as 3 eleições de uma assentada foi antes apenas o risco para Pacheco Pereira de mais cedo ir gozar o sossego da Marmeleira e recuperar a imagem à custa de reedições da Biografia de Cunhal perpetuamente revistas e aumentadas; as centenas de páginas e horas de televisão de agora foram antes uma simples capa de semanário, que tenho inclusive dificuldade em lembrar e espero não se tratar de uma memória plantada (se for o caso, isto vale como situação hipotética, assim à João Miranda). Mais paralelos? Ah, claro, os paralelos cruzados, que são sempre os mais apetecíveis. Não podemos ainda concluir que o Sócrates do Freeportgate é o Pacheco Pereira do Preguiçagate, mas não sobram dúvidas de que o Pacheco Pereira de agora faz de Expresso de outrora. Índice de incredibilidade +8

 

 

A moca de Rio Maior: a um post do Abrupto que também destaquei, Paulo Pedroso respondeu bem. índice cruz vermelha +45

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