Agora vamos lá discutir coisas discutíveis
Afinal, quem é que manda aqui?
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Afinal, quem é que manda aqui?
Isto não é assunto para divisões primárias entre esquerda e direita, isto não é assunto para barricadas, com a esquerda com Sócrates, e a direita com Cavaco. Isto é demasiado importante para isso. Está em causa algo superior ao "direita vs. esquerda", escreve o Henrique Raposo e eu concordo em absoluto.
"Esta" jugular de nome Ana sempre o relembra que o MMS é um meio auxiliar de diagnóstico usado para despistar alterações cognitivas no contexto de diferentes nosologias. Vindo de um leigo a coisa passa, mas de si...
Anda muito irritadiço e hiperinclusivo, Filipe, a comparar o incomparável e a extrapolar o não extrapolável, acalme-se.
Ainda mal refeita da vergonha que senti ontem, eis se não quando abro as páginas virtuais do Público e deparo com um editorial tão nonsense (e info-excluído) quanto as declarações à comunicação social do presidente supostamente de todos os portugueses. Realço a parte que me surpreende, pela total tolice:
«E a seguir acrescentou que essa publicação desse e-mail privado lhe suscitou a seguinte dúvida: 'Será possível alguém do exterior entrar no meu computador e conhecer os meus e-mails? Estará a informação confidencial contida nos computadores da Presidência da República suficientemente protegida?'»
Presumo que o presidente, que não lê jornais e apenas ontem consultou «especialistas» sobre o tema, não saiba que ninguém está livre de ataques de hackers, nem mesmo a Casa Branca ou o Pentágono.
Por Jumento
Vasco Lobo Xavier, Mar Salgado
Parece-me evidente que o presidente está receoso. Só não percebo onde é que o Vasco viu o Presidente dizer que o tinha dúvidas sobre a possibilidade de estar a ser vigiado, espiado ou escutado por quem quer que seja. O presidente limitou-se a dizer o seguinte: fiquei a saber que, se alguém quisesse espiar-me (o PS, a CIA, a Mossad, a Al Qaeda ou o Clube recreativo de Rádio Amadores do Sardoal), poderia facilmente fazê-lo porque o sistema informático da presidência apresenta vulnerabilidades. Ora, dizer isto não é bem a mesma coisa que implicar o PS no que quer que seja, pois não? O Vasco (e outros) acham que é tudo igual e acham também que o presidente, hoje, transformou um receio, uma intuição, uma vaga sensação numa sólida acusação fundamentada na revelação de que existem vulnerabilidades no sistema. Mas há um enorme salto lógico entre possibilidade técnica de escutas (por falha, negligência ou incompetência dos serviços da própria presidência) e a existência de indícios de que o PS possa estar empenhado em explorar essas mesmas vulnerabilidades.
O presidente pode achar o que quiser — a sua vida emocional é uma questão estritamente privada. O problema é quando transformamos um (alegado) estado emocional numa acusação contra o PS. Há aqui uma coisa que eu não percebo: em que medida é que um estado de espírito, por si só, fundamenta uma acusação? Pior, em que medida é que um alegado mas nunca confirmado estado de espírito do Presidente (é preciso recordar que o presidente nunca disse que achava estar a ser escutado, aliás, chegou mesmo a dizer nunca se ter referido a escutas) constitui uma prova contra o PS? Que eu saiba, e até prova em contrário, o (alegado) receio de Cavaco prova apenas uma coisa: a paranóia de alguns críticos do PS. Ou então, se Cavaco achar mesmo que está sob escuta, e se se limitar a achar desvalorizando a fundamentação racional desse estado de espírito, a paranóia vai mais longe assola o próprio Presidente. Enquanto não sairmos do "achismo", da "verdade intuida" estamos, apenas e só, perante estados de alma que envolvem apenas quem os tem. Será preciso recordar que as eleições foram no Domingo, que o PS as venceu e que 71% dos portugueses rejeitaram a Verdade e a tese da Asfixia Democrática?
Rogério da Costa Pereira
Rui Herbon
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The times they are a-changin’. Como sempre …
De facto vivemos tempos curiosos, onde supostament...
De acordo, muito bem escrito.
Temos de perguntar porque as autocracias estão ...
aaaaaaaaaaaaAcho que para o bem ou para o mal o po...