As agências de rating já viveram melhores dias. A credibilidade destas "empresas" foi seriamente afectada nos últimos anos. Casos como a GMAC e crises como a do sub-prime tiveram um denominador comum, uma deficiente percepção do risco, fortemente ajudada pelo selo de garantia que estas agências se apressavam a colocar em produtos e emissões que hoje se percebe que nem eles percebiam.
Hoje foi notícia que a Moodys resolveu colocar o rating da dívida Portuguesa com outlook negativo. No entanto, se compararmos os dados económicos mais recentes da economia Portuguesa com os dados de outros países Europeus, ficamos com a estranha sensação que são usados outros critérios para analisar países com outra influência. Senão vejamos.
Em Espanha o PIB deverá cair pelo menos 4% este ano e na Irlanda mais de 7%. Em Portugal, espera-se uma queda de 3,9%. O deficit orçamental em Espanha e na Irlanda deverá ficar acima dos 12%!! Em Portugal deverá ficar abaixo dos 6%. O desemprego, que em Portugal será inferior a 10%, já chegou aos 18% em Espanha e aos 13% na Irlanda.
Se nenhuma economia está nas melhores condições, usando um eufemismo económico, é difícil perceber porque é que estas agências se mostram tão expeditas a rever as suas perspectivas para a economia Portuguesa e são tão complacentes com outros países que estão em igual ou pior situação que nós.
A somar a tudo isto, se procurarmos no mercado financeiro o que os agentes económicos, que compram a dívida dos estados, nos dizem sobre o risco de cada um dos países, ficamos ainda mais perplexos. É que enquanto o preço de um seguro contra o risco de incumprimento da dívida Portuguesa custa 0.56%, o mesmo seguro para a dívida Espanhola é de 0.70% e para a Irlanda é de 1.32%. No entanto, o rating da economia Portuguesa está 1 nível abaixo da Irlanda e 2 abaixo de Espanha.
Em Portugal sofremos do síndrome do deslumbramento. Moodys, S&P, FMI e tudo o que seja internacional, e de preferência com sede em NY, são entidades sacro santas que percebem mais de nós do que nós próprios. Poucos são os que criticam estas entidades , e quando o fazem é sempre numa lógica partidária, como um suporte para validar uma posiçao ou um argumento. Falta-nos algum espírito corporativo quando se trata de defender o país daqueles que nos podem prejudicar apenas porque somos mais pequenos.
Em Aceh, uma província semi-autónoma da Indonésia, os parlamentares recém-eleitos debatem uma das últimas leis aprovadas pelos seus antecessores: uma lei que prevê, entre outras barbaridades, a criminalização da homossexualidade e o apedrejamento até à morte de adúlteros.
A lei foi contestada por grupos de defesa dos direitos indonésios e logo em Setembro, quando a lei foi aprovada, o ministro do Interior fez saber que o governo central e o Supremo iriam rever a controversa lei. No entanto, as tentativas de apaziguamento com esta província rebelde deram azo a que os fundamentalistas islâmicos fossem substituindo progressivamente pela Sharia a lei indonésia. Assim, a província é patrulhada pela polícia islâmica que está encarregue de confirmar se as aberrantes disposições sucessivamente aprovadas desde 2001 são seguidas pelos habitantes, a mais recente das quais um dress code que inclui disposições que seriam hilariantes não fora o chicote leve da polícia que as imporá pela força.
Há meses foi introduzida na (República da) Irlanda uma lei da blasfémia que permite, entre outras aberrações, que a Garda Siochana (a polícia irlandesa) confisque o que lhe parecer «blasfemo» e invada em altura «razoável», com uso de força «razoável», domicílios ou outros sobre os quais existam suspeições «razoáveis» de conterem material blasfemo.
Na Irlanda do Norte, pelo contrário, discute-se agora a abolição da anacrónica lei da blasfémia vigente no território. Sem qualquer surpresa, a proposta de Lord Lester encontra uma veemente oposição por parte de vários grupos cristãos.
O grupo Christian Concern for Our Nation, por exemplo, considera «completamente inaceitável que a Câmara dos Lordes tome uma decisão que irá afectar a cultura religiosa da Irlanda do Norte». Já o Christian Institute, provavelmente sem saber que não deve fazer uma leitura literal da Bíblia, recorre quer ao Novo quer ao Antigo Testamento para explicar que um dos mandamentos divinos é a sacralidade do nome do senhor e que este nome deve estar acima de tudo. Usando o 3º mandamento e uma das epístolas paulinas (não aquela do véu... essa não deve ser tomada literalmente), o grupo explica que as leis da blasfémia não são necessariamente para ser aplicadas mas que são uma declaração de princípios, que ressalta o facto de o estado inglês ser um estado confessional em que há uma relação muito especial entre religião e estado.
Una cosa,amor mío, me será imprescindible
para estar reclinada a tu vera en el suelo:
que mis ojos te miren y tu gracia me llene;
que tu mirada colme mi pecho de ternura
y enajenada toda no encuentre otro motivo
de muerte que tu ausencia.Mas qué será de mi cuando tú te me vayas.
De poco o nada sirven, fuera de tus razones,
la casa y sus quehaceres, la cocina y el huerto.
Eres todo mi ocio:
qué importa que mi hermana o los demás murmuren,
si en mi defensa sales, ya que sólo amor cuenta.
Shooting Into The Corner is one of the highlights of, 'Anish Kapoor', a major solo exhibition of the internationally acclaimed artist and 1991 Turner Prize winner. The exhibition is at the Royal Academy of Arts from 26th September to 11th December 2009.