Os mais atentos terão reparado que desde esta manhã a lista de autores do Jugular foi aumentada em 2 nomes. Passamos a contar com o ecolo-economista-ciclo-freak Tiago Julião e com a Isabel Moreira, constitucionalista que já teve textos dela publicados por aqui (por exemplo este).
Espero que o duo maravilha se ponha a dar ao dedo em breve e, claro, se divirta, que é para isso que aqui andamos.
Um professor do Illinois foi suspenso das suas funções pelo grave crime de ter deixado os seus alunos lerem um artigo de uma revista de divulgação científica, mais concretamente um artigo da edição de 7 de Junho de 2006 da Seed.
O artigo em causa apontava um erro de Darwin, não acerca da evolução ou da selecção natural mas da selecção sexual. Jonah Lehrer, o autor, citava o trabalho Joan Roughgarden, professora de biologia em Stanford, para explicar que a teoria da selcção sexual não consegue explicar a homossexualidade que a bióloga documentou para mais de 450 espécies de vertebrados. Ou seja, por não ter dado pela existência de homossexualidade no reino animal, Darwin não percebeu a natureza da heterossexualidade nem que a homossexualidade é um facto normal, quiçá necessário, da vida.
No blog de Lehrer, um ex-aluno de Dan Delong informa que já há dois gruposno Facebook de apoio ao professor, suspenso por estimular o pensamento crítico. O Conselho Escolar reúne amanhã para decidir o futuro de Delong. Não me parece que sejam sensíveis às muitas mensagens que ambos os grupos reúnem e diria que as reacções dos conselheiros serão mais na linha dos que ficaram consternados com uma exibição do Gay Animal Kingdom em Oslo, no mesmo ano em que foi publicado o ofensivo artigo.
Ao contrário de muita gente é-me impossível viver sem papel, sem, pelo menos, um jornal "físico" por dia. Sou, ao mesmo tempo, uma criatura dada a rotinas quotidianas de início do dia... sem me sentar a uma mesa para um café acompanhado de um jornal o meu dia não começa (abençoado Jornal de Notícias que me salva sempre o dia 1 de Janeiro).
Para quem, como eu, compra e lê o Público desde o primeiro número e que andava a pensar seriamente em deixar de o fazer, o editorial de hoje -que marca a entrada em cena de Bárbara Reis como directora e onde se nota um cheirinho a auto-crítica - deu-me algum alento para, pelo menos, adiar mais um pouco a decisão final.
Depois de umas semanas em que fizeram notícia, entre outros descalabros, o turismo sexual do ministro da Cultura, o nepotismo presidencial e julgamentos de políticos proeminentes, Nicolas Sarkozy resolveu trazer o foco mediático para o que, segundo ele, é mesmo prioritário e urgente: descobrir o que afinal de contas é ser francês. Sarkozy parece ainda querer ligar a identidade nacional com a "ligação singular dos franceses à terra", lembrando o lema "a terra não mente" do general Pétain. Assim, com esta manobra, o item principal no programa que elegeu Sarkozy em 2007, quando pretendia ser o grande paladino dos valores tradicionais do verdadeiro ser francês, ocupou de novo o espaço político e mediático francês.
Assim, a designação «junk», que se pode traduzir como «lixo», é errónea. Como a maioria da população não segue a literatura científica, uma quantidade assustadora de charlatães dedica-se à tarefa de enriquecer à custa da ignorância alheia com dislates absolutamente arrepiantes que misturam patetadas New Age com uma linguagem pseudo-científica para enganar os mais incautos. Uma das banhas da cobra de eleição nos últimos tempos é uma suposta activação de ADN, normalmente envolvendo o dito "lixo", da qual existe uma enorme variedade de imbecilidades disponível, desde Theta healing (?) a Crystal Healing passando pelas inevitáveis curas psíquicas.