Ouvi hoje de manhã, na Rádio Clube, que, segundo uma sondagem efectuada pela Marktest para o Diário Económico, o PSD recolhe 39,8% e o PS recolhe 34% das preferências. Julgo que terá sido por lapso que a rádio em questão não referiu que a sondagem foi também efectuada para a TSF. E tenho a certeza que esse lapso nada terá a ver com o facto da TSF ser uma rádio. O jornalismo faz-se assim.
No dia 19 de Abril, o Tribunal Constitucional da Indonésia rejeitou a revogação de uma lei de 1965 que proibe a blasfémia, consagrada no artigo 156A do Código Penal do país, que prevê uma pena de prisão até cinco anos para os condenados por difamação de uma das seis religiões reconhecidas oficialmente: islamismo, catolicismo, protestantismo, budismo, hinduísmo e confucionismo.
depois de o rui ter postado o primeiro single de uma das minhas bandas favoritas (ali muitos muitos anos depois da data de saída -- 1978), aqui vai outra obra prima. para relembrar os esquecidos e apresentar aos neófitos -- os que não andavam cá no tempo da guerra das malvinas/falklands e não podem saber que esta música foi, imagine-se, proibida (sim, acontecia) no most liberal reino unido. não por acaso, os gang of four (sim, é piada à mulher do mao e companhia) são citados como referência de duas outras das minhas bandas: red hot chili peppers e rem. les beaux esprits, indeed.
a propósito desta notícia, ocorreu-me saber o que a malta que exige prisão para os distribuidores de preservativos 'ao papa' e lhe chama 'provocação miserável' e 'coisa sem nome' e 'intolerância jihadista' e 'arruaça' questionando se 'a próxima fronteira' será 'milicianos à porta das igrejas' considerará adequado para as pessoas que se acham no direito de ir para a frente de uma clínica abordar quem lá se dirige -- a menos que considere que isso sim é 'respeito e tolerância'.
Pacóvios que bebem por uma palhinha tudo o que ouvem dizer concordam que os alemães não têm nada que pagar os desmandos dos gregos.
Embora não receba nada dos gregos pelo serviço (coisa que o Barroso, por exemplo, não pode afirmar em relação aos alemães), sempre quero lembrar que poucos países têm violado de forma tão sistemática as regras da UE como a Alemanha.
Para não irmos vasculhar num passado mais distante nem entrarmos em demasiados detalhes, no ano passado o governo alemão desrespeitou os compromissos do Mercado Único com as ajudas de emergência concedidas à sua indústria automóvel.
Não contente em intervir para impedir o encerramento da Opel, ainda condicionou a oferta do apoio estatal ao encerramento total ou parcial de fábricas dessa empresa na Bélgica, na Espanha e no Reino Unido.
Medidas proteccionistas deste tipo impactam pronta e directamente as economias e as exportações dos restantes países membros, agravando ao mesmo tempo os excedentes comerciais crónicos da Alemanha e os défices igualmente crónicos doutros países, designadamente o da Grécia.
Se o governo da Alemanha se arroga o direito de assim proceder, não terá de que queixar-se no dia em que é confrontado com as consequências dos seus actos. Disciplina alemã? Deixem-me rir.
Em Março do ano passado as imagens da eurodeputada dinamarquesa Hanne Dahl estiveram em todos os jornais quando, por razões que ela lá saberá, não se coibiu de levar para o parlamento o seu filho. Há dois dias soube, pela Edite Estrela no twitter, que um deputado sueco dos Verdes tinha feito a mesma coisa. Dizia ela, em comentário à situação, "Pergunto: Quando é que um deputado português terá a coragem de levar um bebé para uma reunião parlamentar da AR? O tal colega é sueco!". Andei à procura de registo fotográfico da cena sem o conseguir, até que o Zé Nuno (obrigada de novo) me forneceu, no Facebook, o link para um video de onde consegui sacar a imagem supra. E não acrescento mais nada...
A mulher a quem chamou fanática era uma idiota xenófoba, mereceu bem o comentário que suscitou a Gordon Brown, razão pela qual a história do pedido de desculpas posterior me irrita, mas não tanto com a asquerosa situação que originou o incidente. É que se há coisa que me bule com o sistema é a impunidade com que os senhores jornalistas do mundo inteiro publicitam, sem o mínimo de decência, conversas que são apanhadas quando alguém está a falar não fazendo a menor ideia que está a ser gravado. Aconteceu, ainda não há muito tempo, com Rachida Dati e muitos outros exemplos poderia dar. É espantoso que estas merdas sejam postas a circular sem haver aquilo que se justificava, ou seja reacções indignadas que talvez pudessem servir para fazer lembrar aos jornalistas que eles não podem tudo.
.. mas penso que tenho tudo a ver com com estas despesas. O Estado laico paga um serviço de 24 peças de porcelana para seis pessoas - num total de cerca de 100 peças, todas "bordadas" a tinta de ouro - para a viagem de regresso de Bento XVI, não sei se através da TAP, para usar no serviço de bordo.
É isso que eu, contribuinte, vou pagar?
Se não percebi bem, agradeço que alguém me explique.