Estou mesmo e a culpa é do Valupi. Ouvir o que a senhora professora apresenta como exemplos de burocracia é irreal. O paralelo com a actividade médica é chamar burocracias ao diário clínico, à nota de alta, à informação para outros colegas, por exemplo. Como dizia uma amiga, "aturar os filhos dos outros, especialmente os que não são espertos e não dão para a escola" poderia muito bem ser a definição de burocracia da "stôra" convidada por Marcelo Rebelo de Sousa.
Foi divulgado hoje um estudo da consultora Rolland Berger para a APREN: Associação Portuguesa de Energias Renováveis, que questiona a desinformada percepção de que as renováveis são a besta negra da nossa factura energética.
Estudos há muitos e para todos os gostos, e devemos analisar os pressupostos e as metodologias para retirar as nossas conclusões. No entanto, alguns desilustres anónimos da nossa praça, que julgam os outros à sua medida, vieram logo a terreiro verter suspeição e ódio sobre um estudo que favorece a aposta - de Governos anteriores - nas energias renováveis. Esperemos é que na ânsia de se diferenciar politicamente, o PSD não adopte uma política de terra queimada numa das áreas onde Portugal conseguiu criar, de facto, um cluster industrial de sucesso (e.g. ENEOP).
Parece que o estudo não inclui na análise macro-económica, o diferencial entre as fontes de energia renovável e as alternativas fósseis ao nível da criação de emprego, contribuição para o PIB ou contributo para a balança comercial, que são claramente favoráveis às energias renováveis.
O PS conseguiu a maioria absoluta do senado (imagem do Público de hoje)? A sério? Vamos lá fazer contas, pode ser? Os dados para elas podem ser recolhidos neste quadro do Libération