The King, The Island, The Train, The House, The Ship
Train, Mechanical, 2003–2009
Steel, platinum silicone, fiberglass, rope, electrical and mechanical components
276.9 x 152.4 x 566.4 cm / 109 x 60 x 223 in
(Photo: Alex Delfanne)
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Train, Mechanical, 2003–2009
Steel, platinum silicone, fiberglass, rope, electrical and mechanical components
276.9 x 152.4 x 566.4 cm / 109 x 60 x 223 in
(Photo: Alex Delfanne)
Em Golden Fetters, Barry Eichengreen explica como o padrão ouro contribuiu para transformar a recessão que se seguiu ao crash de 1929 na grande depressão dos anos 30. Oitenta anos depois, a Europa prepara-se para repetir o erro.
Parece que Merkel, Sarkozy e companhia estão empenhados em recriar o padrão ouro. Sem o ouro, é certo, mas com regras e penalizações suficientemente apertadas para transformar o euro, em termos funcionais, num regime equivalente ao padrão ouro. O governo português, liderado, de facto, por Vítor Gaspar, aplaude. O BCE, criado à imagem do Bundesbank, também. Perante os actuais níveis de desemprego e o risco de recessão a Zona Euro tem como grande objectivo continuar a fazer o que tem feito mas agora de forma ainda mais radical. E tudo para gerar aquela confiança que, vá-se lá saber porquê, teima em não aparecer. Continuamos nos anos 30, desta vez com ainda mais convicção. Não compreender a história condena-nos a repeti-la. Estamos entregues a indendiários.
No blog Massa Monetária, Pedro Romano escreve sobre o sucesso da Irlanda:
A "desvalorização real" por que as economias da periferia estão a passar tem conduzido a resultados substancialmente diferentes consoante os casos. Se na Grécia a pressão exercida pelo desemprego galopante não parece suficiente para reduzir os salários (e preços internos), na Irlanda o processo foi rápido e robusto. Em apenas três anos, a economia irlandesa reduziu em cerca de 12% os seus Custos Unitários do Trabalho (CUT) e parece ter readquirido a competitividade externa suficiente para voltar a crescer.
De acordo com esta teoria, a Irlanda é um 'sucesso' porque conseguiu reduzir mais os seus CUT do que a Espanha, Portugal e a Grécia. Seria expectável que este 'sucesso' se traduzisse num forte crescimento das exportações. É isso que diz a teoria; mas não é isso que nos mostra a realidade:
Despite being the strong point of the economy, Ireland’s export growth ranked as the second lowest in the EU last year, according to figures published yesterday. The information from Eurostat — the European Commission’s statistical unit — revealed that the 5% growth to €81.2 billion seen in Irish exports last year was higher only than that of Luxembourg and less than the 6% export increase seen in Greece. Furthermore, Ireland and Greece were the only countries to see an import decline last year, of 1% and 22%, respectively.(aqui)
Depois do 'sucesso' de 2010, a OCDE prevê que, em 2011, as exportações Irlandesas cresçam 4%, o que compara com os 7,1% de Portugal, os 7,9% da Grécia e os 9.1% de Espanha.
Estes dados são importantes porque parecem desmentir a teoria de crescimento pressuposta nos programas de ajustamento que estão actualmente em curso nos países periféricos. Sim, é verdade que a Irlanda já está a crescer, mas este resultado não tem qualquer relação com o actual programa de ajustamento; é explicado, isso sim, pelo facto do sector exportador irlandês valer 90% do PIB. O 'sucesso' irlandês é, pois, explicado por aquilo que a Irlanda é, não por causa daquilo que está hoje a fazer. A Irlanda cresce apesar do programa que está a implementar, não por causa deste.
As míticas reformas estruturais são isso mesmo: um mito. Não criam quaisquer condições para um crescimento sustentável. Se a redução dos CUT não tem qualquer relação com as exportações, algo de semelhante se passa na relação entre flexibilização do mercado de trabalho e o desemprego. Por muito que algumas teorias continuem a dizer que sim, basta olhar para os dados sobre desemprego, desemprego de longa duração e desemprego jovem na Irlanda, nos EUA e em Inglaterra para perceber que, no contexto actual, a flexibilização do mercado de trabalho não resolve nenhum problema (se é que alguma vez resolveu). A desvalorização interna a que os chamados países periféricos estão a ser sujeitos é um mero ideal teórico que não constrói nada. Ao contrário do que pensa Passos Coelho, trata-se de um passo atrás que não permite dar qualquer passo em frente, porque não há nada nestes programas que compense o aumento do desemprego, a redução do consumo, o corte dos salários e a queda do investimento. Empobrecer é isso mesmo. E apenas isso.
(fotografia de Ruth Rosengarten)
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Rogério da Costa Pereira
Rui Herbon
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