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jugular

A existência de oposição interna reforça a posição negocial externa de um governo

Já ouvi argumentar que, sendo a regra de ouro do equilíbrio orçamental exigida pela Alemanha uma bizarria inócua, não faz mal que o PS vote a seu favor.
Assim como assim, ninguém sabe exatamente o que significa e como poderá ser operacionalizado o limite de 0,5% ao longo do ciclo, de modo que mais valeria o país continuar a transmitir para o exterior uma imagem de unidade.
Sucede que isto é errado, mesmo do ponto de vista do governo (admitindo tratar-se de um governo empenhado em proteger os cidadãos que ele é suposto servir). Efectivamente, um executivo ganha margem de manobra negocial quando, nos fóruns internacionais, pode resistir a pressões argumentando que "lá em casa" será difícil conseguir fazer aprovar esta ou aquela medida.
Veja-se, por exemplo, como a necessidade constitucionalmente imposta de referendar decisões importantes tem ajudado vários países, mormente a Irlanda, a dar-se ao respeito ao mesmo tempo que conquista espaço de manobra. Dir-se-ia que, afinal, a democracia continua a ter as suas vantagens.
Se outras razões não houvesse para o PS votar contra a regra de ouro - e há-as em abundância - acredito que esta bastaria.

Chiado, mais um video e este oferece poucas dúvidas

 

As mui famosas imagens disponibilizadas pelo Expresso correspondem, neste video, aos 3m30s, já como consequência da carga polícial. Quais são, então, as misterioras imagens que o senhor ministro diz que viu e que contextualizam a referida carga? Fico - e penso não estar sozinha - ansiosamente à espera. 

 

Ah! E de notar, logo no princípio da carga (3m07s), a agressão bárbara ao fotojornalista José Goulão. A agressão a Patrícia Melo entrevê-se aos 3m37s. A senhora loura, que também toda a gente viu, surge aos 7m30s.

 

Adenda: esqueci-me de dizer, mas estava implícito, que o Expresso tem obrigação de, perante estas imagens, esclarecer o título e a notícia de sábado.

O "exame da 4.ª classe"

Fonte: Eurostat, Key data on Education in Europe, 2012

 

O Ministro da Educação, num daqueles dias em que mais parece que vivemos nos anos 50, anunciou o regresso de exames no final do 4.º ano de escolaridade. Diz-nos que servem para aferir as aprendizagens e conhecimentos dos alunos no fim do 1.º ciclo. Ora, para aferir os conhecimentos tínhamos as provas de aferição. Um exame que vale 30% não serve para aferir, serve para aprovar ou reprovar (já agora, como se vai ponderar a avaliação qualitativa do 1.º ciclo com o resultado de um exame??).

Os dados comparativos são, mais uma vez, muito claros. Número de países na Europa com exame no 4.º ano de escolaridade? Zero. Aliás, praticamente nenhum país tem exames (ou seja, provas com influência no percurso escolar dos alunos) antes do final da escolaridade obrigatória. Portugal vai "inovar", coisa que aliás faz imenso sentido num país que já tem os maiores défices de qualificações.

Dia triste, este em que percebemos que desistimos da educação para todos.

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