50 anos de Snob
Parabéns Albino, até logo.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Parabéns Albino, até logo.
(carregue na imagem, fica logo tudo mais limpinho)
Um ex-jornalista mandou umas mensagens manhosas a um jornalista. O ex-jornalista é casado com uma ministra. A ministra não tem que responder pelos mensagens telefónicas do marido nem as mensagens telefónicas do marido se podem tornar "um caso político" só porque é marido da ministra. Estou com a Shyznogud, "Nestas coisas sou absolutamente radical, ninguém é responsável pelo que diz o marido, mulher, filho ou piriquito". Ponto.
(Particularmente "engraçado" quando se defendeu que mensagens de ministros a jornalistas não deveriam ser "casos políticos")
ILGA Portugal elege nova Direção: prioridade à parentalidade
Um beijo especial à Isabel Fiadeiro, uma fantástica pessoa que se tornou a primeira mulher presidente da ILGA.
Há coisas que me irritam. Uma delas é ler opiniões de quem não sabe do que fala. Mas pior ainda é quando há agravantes: quando se trata de um diretor de um jornal que não conhece nada do tema, nem se deu ao trabalho de ler o objeto sobre o qual escreve, faz analogias ridículas e, presunção extrema, permite-se deduzir conclusões político-ideológicas sobre o assunto. Um pleno, perfeito, melhor era impossível.
Falo da crónica de José Manuel Fernandes de hoje, sobre o "caso" Análise Social. O título é bombástico ("chantagem moral e cobardia intelectual") e serve de mote à denúncia de uma pretensa "matilha", um "grupo radical" que tem vindo a tomar a Universidade de assalto e que faz "caça à bruxas" a quem não alinha pelos seus diapasões; pior, uns "polícias do espírito" que "criaram um ambiente intimidatório em inúmeros campus universitários, um ambiente de que o episódio da Análise Social é apenas um exemplo menor" e por cuja ação "passaram a existir limites ao que se pode defender, escrever, pensar, dizer". Espera aí, estes são os que impediram a saída de um número da revista, já depois de pronto, certo? Ah não, não, estes são os outros, aqueles que queriam publicar o tal número mais os que protestaram pela sua destruição. Estes é que são os chantagistas morais e cobardes intelectuais de que fala o título.
E como chega JMF a tão brilhante, cartesiana conclusão? Através de uma analogia: imagine que num casamento com traje a rigor, um dos convidados aparece de calções e havaianas. Que fazer? Deixá-lo à porta, claro, porque "armaria um escândalo". O casamento é a Análise Social, o convidado indesejado é o tal ensaio visual que causou a controvérsia. Mais, a revista publicá-lo seria o mesmo que O Observador editar "um “ensaio fotográfico” com fotografias pornográficas explícitas, hard core", tão dissonante "como uma gravata vermelha num funeral". Magníficas metáforas. Pena é que falhem em praticamente tudo: 1. a revista é constituída por 3 secções (artigos, dossiês temáticos, forum), os "ensaios visuais" são extra, logo, não são sujeitos (e nunca o foram, tanto quanto sei) ao peer-review; 2. os números anteriores contêm igualmente "ensaios visuais", uns melhores, outros piores, na minha opinião; a diferença é que este em particular é sobre grafitti; 3. o texto que acompanha o dito (chamado "a luta voltou ao muro") enquadra os grafitados como expressão de revolta, de protesto e de sátira. JMF não o leu, não viu, não sabe do que fala, e as expressões que cita são exteriores à peça.
A embrulhar o discurso contra o que chama de "provocação" com "motivação ideológica", JMF permite-se, ainda, tecer lições paternalistas sobre Academia e as normas que regem uma revista científica. Vê-se que percebe de ambas as podas, tanto de curriculum académico como de prática de peer-reviewing em revistas científicas: primeiro faz uma brilhante descoberta, a de que a Análise Social é "uma revista académica onde são publicados ensaios académicos", para depois explicar que ali (como em qualquer revista científica, aliás), "os artigos científicos são primeiro avaliados por cientistas sociais que verificam se são pertinentes e têm qualidade, só depois sendo publicados" - não vá alguém pensar que fosse ao contrário - e "tanto é possível recusar um texto por ser demasiado intelectual como por ser demasiado popularucho". Para amostra, chega. E censura, que foi a principal acusação feita a quem mandou destruir o número? disparate, disparate, "recusar a publicação de um artigo por este não cumprir as regras de uma publicação não é censura, é uma escolha legítima que qualquer editor faz corriqueiramente". Que não tenha sido o editor da revista a fazê-lo, mas o diretor do ICS, é um pormenor de somenos importância, e que não se tenha tratado de uma recusa, mas de uma destruição de um número já acabado e pronto (e eu gostaria um dia de perguntar quem paga os prejuízos de tal decisão), idem aspas aspas. Tanto mais que, "modéstia à parte, sinto que tenho autoridade para falar do que é ou não é censura". Não duvido, QED.
(das profundezas da memória da blogosfera - 2003 - só mesmo para lembrar a historieta do anão)
"Responsável que denunciou sabotagem no Citius nunca acreditou nela". Como é que um tipo tem o topete de fazer uma coisa destas? Que falta de vergonha no trombil, que falta de decência, que falta de tudo. Quem é esta gente?
As regras da obtenção do grau de "Consultor" em Medicina mudaram depois da abertura do concurso de 2012 e para além da habitual discussão curricular implicam, agora, a discussão de uma história clínica. Percebo, e concordo, que a prova não se fique pela discussão do CV, mas já não compreendo que parte da avaliação se faça usando o mesmo método que o utilizado no Exame de Especialidade. Sei que há especialidades a utilizar outros métodos, a discussão de um tema específico sorteado e entre um conjunto possível, por exemplo. Alguém me explica como vão fazer os júris de Psiquiatria?
Esfaqueada e morta enquanto fugia pelas escadas abaixo. Os filhos assistiram a tudo.
Ele há alucinados em todas as decadas. No século passado, em 1975 tivemos o camarada Vasco, este não lhe fica atrás e no século XXI! Que categoria!
Rogério da Costa Pereira
Rui Herbon
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
The times they are a-changin’. Como sempre …
De facto vivemos tempos curiosos, onde supostament...
De acordo, muito bem escrito.
Temos de perguntar porque as autocracias estão ...
aaaaaaaaaaaaAcho que para o bem ou para o mal o po...