Se nas próximas horas não morrer mais nenhuma...
Janeiro termina com três mulheres mortas em contexto de crimes de violência doméstica.
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Janeiro termina com três mulheres mortas em contexto de crimes de violência doméstica.
"E Catarina Martins: será que sabe a diferença que existe entre uma mulher que sonha e uma mulher de sonho?", pergunta o Serrão nesta sua crónica de opinião. Aposto que a Catarina sabe e que também sabe a diferença entre um homem de sonho e um porquito vestidito, o nome do meio do Manuel Serrão como prova a imagem junta.
para além de tudo este tipo não estava lá para fazer opinião.
Na Antena Aberta da Antena 1 da manhã de hoje, uma convidada (da Universidade do Minho, de Ciência Política, cujo nome não fixei) comentou o tema do dia. Não disse grande coisa além das banalidades habituais: que é um momento inédito, que existe expectativa sobre o futuro e que é um grande desafio para os gregos e para a Europa. Numa palavra, algo "histórico". O que me chamou a atenção não foi exatamente a classificação vulgarizada de chamar "histórico" a tudo o que é excecional ou, muitas vezes, inédito. O que me fez sorrir foi o seu uso, pela dita senhora, não ao evento, mas ao povo. Sim, aos gregos. Citando de memória, "um povo histórico como o grego". Portanto, há povos "históricos" e povos que não o são. Uns estão a abarrotar dela (de História), outros são carentes. Não percebi se isso joga a favor ou contra os gregos, porque a História, embora tanto seja um fardo como uma bênção, é invocada ora num sentido, ora noutro, conforme o grau de demagogia dos políticos e de vazio dos comentadores. Deduzi, pelo sentido, que era no sentido de "merecimento": que os gregos "merecem" sair do sufoco onde estão mergulhados porque são "um povo histórico". Qualquer outro que não apareça nos nossos manuais escolares, presumo, será menos merecedor, quiçá por ser "menos histórico". Basta ir a um atlas e escolher o nome mais esquisito.
A senhora, deduzo mais uma vez, estava a fazer eco da ignorância geral sobre História (em geral) e a dos gregos (em particular). Quero com isto dizer que já ouvi muitas vezes, sempre que vem o assunto à baila, as batidas referências à democracia grega, ao berço da civilização ocidental, etc. Tudo certo. O que o é menos é o que tem isto a ver com os gregos de 2015. Pelo meio ficam dois milénios e meio a separar Péricles de Tsipras. Imagine-se o que separa Viriato de Passos Coelho, não foge muito. Coisa pouca: Roma, Bizâncio, Império Otomano, domínio estrangeiro e revoltas, guerras de independência e guerras civis, uma instabilidade política endémica, Igreja Ortodoxa, ditaduras, migrações, perdas e ganhos de território, monarquias e repúblicas, várias guerras nos Balcãs, duas guerras mundiais, diáspora, ódio aos turcos, Chipre e uma integração europeia, entre muitas outras coisas. É, sem dúvida, um "povo histórico". Como qualquer outro, aliás.
Menos de 24h depois começa a cagada, estamos a falar de gente que faz (e diz, e pensa) estas coisas.
Eu e a Helena, a mesma luta.
(não me atrevi a cantar, felizmente para a R)
Rogério da Costa Pereira
Rui Herbon
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Cara Fernanda Câncio, boa tarde.Poderia ter a gent...
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