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jugular

9 anos.

Desde então vivemos num país um bocadinho mais justo e não há Cavacos que derrubem esta vitória.

Para além de tudo o mais, que é muito, esta luta trouxe-me a f, a minha grande e querida f. E fi-la com a minha grande irmã grande. Amo-vos do coração, miúdas.

(choro sempre que ouço a Zé)

Não entendo isto, juro.

Os luso descendentes constituem uma maiores comunidade de binacionais em França, ou seja, estão no grupo dos que, com a abertura da caixa de Pandora da perda de nacionalidade, podem ser mais afetados e que se tornarão - sem eufemismos de merda - cidadãos de 2ª se o Congresso ratificar as alterações constitucionais aprovadas esta tarde. E, várias horas passadas sobre a votação, abrem-se sites noticiosos portugueses ao acaso e em nenhum deles o assunto merece estar na página de entrada (vide, por exemplo, Público, DN e Expresso às 22h50m)

Números da guerra e da paz

Esta animação é impressionante. Os números são conhecidos há muito, mas uma coisa são simples algarismos, outra é colocá-los assim, comparativamente e devidamente enquadrados. Não deixam, contudo, de obrigar a algumas ressalvas. A mais importante diz respeito à "nacionalidade". As cifras esmagadoras das mortes na União Soviética agregam nacionalidades distintas (que até há poucas décadas estavam diluídas na nossa cabeça, ou eram todas mais ou menos equivalentes a "russos"). Seria interessante ver a sua divisão entre russos, ucranianos, bielorrussos, georgianos, arménios, azeris, e a proporção de mortes em relação ao total da população. Este cálculo é feito para a Polónia, e é terrível. A comparação com o cenário asiático (e  o impacto na China) é também importante. Outra observação interessante é - como quase sempre - colocar estes dados no tempo longo, e constatar como o nosso tempo, herdado desta hecatombe, constitui uma exceção de paz e estabilidade, em contraste com o passado de muitos séculos.

The Fallen of World War II from Neil Halloran on Vimeo.

Deixem de ser ignorantes

Desenvolvimento de cuidados paliativos e dignidade para morrer não são incompatíveis nem mutuamente exclusivos.

"NINGUÉM TEM O DIREITO DE OBRIGAR SEJA QUEM FOR AO SOFRIMENTO, À DOR, À AGONIA, COMO NINGUÉM TEM O DIREITO DE ANTECIPAR A MORTE DE UM DOENTE QUE NÃO O QUEIRA FAZER" (roubado ao João Semedo).

Em questões de género não basta mudar a lei

Desde 2008 que em Portugal pai e mãe podem usufruir da licença, e respetivo subsídio, parental. Em 2009 houve alterações que limaram alguns aspetos e que melhoraram a legislação e passamos a ter uma "licença parental".

Existem, é certo, diferenças que têm em conta a recuperação física que quem esteve, de facto, grávida, e que a lei estabelece. Assim, a mãe goza obrigatoriamente de 42 dias - seguidos - após o parto, e o pai tem 10 dias obrigatórios, 5 deles seguidos logo após o parto. 

8 anos passados dessa alteração crucial da filosofia da parentalidade em Portugal constato que a maioria parece desconhecer em absoluto a legislação em vigor. Não é despeciendo que tal aconteça, bem pelo contrário, é sinónimo que falta pedagogia e que muito ainda tem de ser feito neste departamento. 

Os últimos dias têm sido fartos em disparates, como se pode ver pelos exemplos abaixo 

 

Sem título

1 . Para os 3 primeiros links: mal de nós se a licença de parentalidade tivesse menos de 15 dias

2. Não, caro DN, a licença de parentalidade para os pais não é de 10 dias. O que é de 10 dias é a licença de parentalidade exclusiva para o pai

3. E agora para o Expresso: não existe licença de maternidade em Portugal. Existe licença de parentalidade e pode ser gozada por pai ou mãe, tirando os dias de exclusividade acima referidos. 

 

O mínimo que se exige aos jornalistas é que se informem sobre os temas que andam a tratar, e é tão fácil, à distância de um clic têm tudo o que precisam saber(de nada).

 

Um erro numa excelente ideia

O SNS tem um novo portal. Parece-me excelente esta ideia de transparência e de um site de aproximação ao público. Já ao "pequeno" pormenor  de integrar uma nova funcionalidade de "visualização dos tempos de espera nas urgências hospitalares" torço o nariz, espero estar enganada mas aposto que isto vai funcionar como um "potenciador" das idas à urgência - tudo o que não precisamos, como se prova pela imagem junta ("Procura dos Serviços de Urgência dos hospitais").

Capturar.PNG

 Retirada daqui, via Nídia.

Viver numa realidade paralela é isto

 

Um dos problemas de muitos dos nossos comentaristas encartados é que não vêem para além do seu próprio umbigo, vivem numa espécie de bolha e não se coíbem de analisar a realidade que imaginam, apesar de de real ter pouco. Há pouco, na SIC, Miguel Sousa Tavares foi a ilustração perfeito do que descrevo. Alguém podia mostrar dados ao senhor e dizer-lhe que no escalão mais alto do IRS estarão cerca de 12.000 agregados familiares, um número irrisório.

 

Adenda: com bonecos é capaz de ser mais fácil perceber (obrigada André)

 

irs2

 

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