Ana Matos Pires: Olha que bizarro...
(texto de Ana Matos Pires) «Ser bissexual não impediu que a maioria das mulheres (mais de 70%) mantivessem relações afectivas de pelo menos um ano de duração.» E porque haveria de impedir? (psst, aposto que o que estava subjacente a "manter relações afectivas" era "manter relações heterossexuais", isto para já não falar na certezinha absoluta da relação causa efeito "bissexual então devassa, logo incapaz de relacionamentos afectivos estáveis"). Ah, a propósito de sexualidades aproveito e acrescento uma pequena nota a este post do Miguel.Os autores do artigo em questão apontam, eles próprios, limitações ao estudo. Para que ninguém emprenhe pelos ouvidos, aqui ficam: « Our study has limitations. Our incidence estimates for San Francisco come from a passive surveillance system and may underestimate the incidence of true infection. We relied on retrospective chart review for identification of risk factors for multidrug-resistant USA300 infection in the 2 clinic populations; because data were not collected or documented systematically, our estimates of risk may be influenced by selection, referral, documentation, or other biases. Specific sexual behaviors were not assessed or documented in clinic charts; we therefore cannot comment on the association between multidrug-resistant USA300 infection and specific male–male sexual practices. Finally, because the number of multidrug-resistant USA300 infection within risk-factor subgroups was small, some of our higher estimates of risk are statistically compatible with more modest risk increases (that is, many of the CIs are wide and their lower bounds approach 1.0).». Atenção, portanto, não se convençam que o bichinho dourado infecta só "desviados", marialvas e assim também marcham, estou só a avisar.
