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Olho por olho, medula por medula

O juiz Saoud bin Suleiman al-Youssef, na província de Tabuk, no nordeste da Arábia Saudita, endereçou uma consulta aos hospitais do país para saber se era possível danificar a medula de um saudita para que este partilhe a condição de Abdul-Aziz al-Mutairi, paralisado há dois anos numa briga. Insatisfeito com a justiça secular do país, «Ele [al-Mutairi] solicitou ao tribunal de Tabuk que o seu agressor sofra uma punição equivalente com base na lei islâmica», explicou um comunicado do tribunal publicado no jornal saudita Okaz.

 

Jornais locais publicaram igualmente uma declaração do irmão de al-Mutairi em que este afirmava que o seu irmão queria a execução da sentença e que tinha a confirmação do Hospital Rei Khaled, em Tabuk, de que a operação poderia ser feita. «Pedimos apenas o nosso direito legal sob a lei islâmica. Não há melhor palavra que a palavra de Deus - olho por olho", disse aos jornais.

 

Várias organizações de direitos humanos já apelaram às autoridades sauditas para que a barbárie não seja executada. Mas desta vez não são só as organizações internacionais a insurgir-se contra a justiça religiosa. Um dos hospitais mais respeitados do país, o Hospital Especializado Rei Faisal, em Riad, respondeu ao pedido do tribunal dizendo que «causar semelhante mal não seria possível» por razões éticas. Por outro lado, numa atitude inédita no país, muitos jornais e bloggers sauditas questionam a decisão do juiz confirmando que, devagarinho, os fundamentalistas wahabitas vão perdendo o braço de ferro que mantêm com o poder político.

8 comentários

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    Palmira F. Silva 21.08.2010

    Uh? Há gente que se passa mesmo, mesmo big time...
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    MFerrer 21.08.2010

    Eu dirigi-lhe uma crítica clara e fundamentada.
    Responde-me com um insulto e com a arrogância de quem se julga acima da verdade dos factos, ou de quaisquer argumentos.
    Se por um lado é curioso que uma professora universitária seja tão rala de ideias, a sua insistência no erro e na negação da realidade demonstram as minhas suspeitas de quem realmente derve.
    E não preciso da sua autorização para lhe devolver em dobro o insulto e a insinuação: Passada, estará a Palmira.
    Ainda não sei é porquê.
    O que é que a move?
    Quais são as vantagens que retira dessa insanidade?
    Esclareça-nos! 
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    Palmira F. Silva 21.08.2010

    mas já que está tão exaltado, talvez fosse melhor ler outra vez o post, sei lá, para ver que as críticas à barbárie são muitas delas sauditas.
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    MFerrer 21.08.2010

    Continua enganada. Agora também quanto à minha exaltação:
    Nunca a arrogância, a ignorância ou a ideologia, que sempre combati, me exaltaram. O mais das vezes me entristeceram.
    Confunde uma conversa acalorada com exaltação. Talvez daí os insultos e provocações.
    A sua única atenuante é não fazer a mínima ideia de com quem está a falar.
    Leia, informe-se e aprenda. Ficava-lhe a matar e evitava o ridículo de não ter um argumento para contrapor a isto:
    "The Torah is already very clear at to how adultery (sex with anyone other than your spouse in a marriage) was to be dealt with. The penalty was death by stoning for both parties involved." / In restoringisrael.org
    Ou leia o que acabei de publicar sobre a candente excitação sobre as lapidações dos adúlteros, e homossexuais nessas tais confissões superiores...
    Aproveite que estou de maré!
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    Palmira F. Silva 21.08.2010

    Eu sei que não deveria ser preciso perguntar, mas não resisto: e o que é que os alucinados fundamentalistas judaicos, felizmente uma minoria, têm a ver com este post? Aliás, o que é que os seus comentários dos últimos dias têm a ver com alguma coisa do post em que comenta?
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    MFerrer 22.08.2010

    Pois. Eu já suspeitava que se tratava de incompreensão.
    Não entendeu?
    Como aqui não se fazem desenhos, e pelos vistos, do alto da sua sabedoria, não consegue nem ler o que escrevi sobre o serviço que prestam os que rufam os tamborzinhos do sionismo e que preparam com, pelo menos uma enorme cegueira , a próxima guerra contra o "horrível" regime sanguinário iraniano- não esqueça o ridículo das 150 mortes anunciadas! - terei que lhe recomendar que apenas abandone as posições oficiais do Estado de Israel versus os seus vizinhos árabes e muçulmanos.
    É que é disso que se trata e da sua condenação apenas da bestialidade medieval dos fundamentalistas islamitas mas sem uma palavra de condenação dessa outra associação criminosa, moderna e actual, que dá pelo nome de sionismo, e dos seus continuados crimes...
    E por esse simples facto vc está a servir de correia de transmissão e de suporte a uma ideologia fascista, racista e militarista. A que bombardeia indescriminadamente mulheres, crianças, a que leva a cabo limpezas étnicas e que usa guerras sujas, envenenemento de poços, corte d emedicamentos e abandono de feridos, invasão de etrras alheias, expulsão de populações. Tudo em quantidades de milhares, de muitos milhares e ao arrepio das centenas de condenações da ONU e da OUA.
    Condenar os crimes de uns bandos islamitas com a criminalidade mais repelente de um Estado contra tudo quanto tenha a veleidade de se lhe opôr, constitui por si só a participação num objectivo criminoso: O Grande Israel e o seu regime d eapartheid racista e baseado em razões sobrenaturais.
    Acha pouco?
    Acha que pode sair de cara levantada?
    E pergunta-me o que é que a minha indignação tem a ver com a sua campanha contra o Irão?
    O Irão que irá ser varrido do mapa às mãos dos sionistas e das suas marionetas americanas? Por ser um estado islâmico em que há um grande desrespeito por direitos humanos?
    Claro que não. O Irão é vítima do expansionismo e do militarismo sionista e o único Estado que se lhe opõe e o denuncia.
    Vc escolheu o lado dos opressores, dos racistas e dos expansionistas militaristas.
    Prefere as bombas de napalm, as bombas de fórforo branco, as armas reforçadas com urânio, as excelentes bombas de fragmentação e participa em campanhas orquestradas por israel com "justificação" nas punições infligidas em nome de outra religião, para branquear os horrendos crimes desse estado pária em que se transformou Israel.
    É uma escolha.
    Não espere é o meu respeito nem os das pessoas com um pingo de sensibilidade e que não estejam ao serviço dessa outra monstruosidade religiosa: O tal povo escolhido por um tal deus com direitos inatos e a quem todos um dia teremos que servir.

    Nem sei o que lhe diga mais. 
    Talvez apenas dar-lhe um link sionista para que se informe do que eles pensam sobre as mulheres, o casamento, o divórcio, o adultério e a homosexualidade. Vá e informe-se . Talvez assim a minha indignação fique ao nível da sua ignorância e insensibilidade militante:
    http://restoringisrael.org/BiblicaDivorce-Remarriage.html (http://restoringisrael.org/BiblicaDivorce-Remarriage.html) 
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    Palmira F. Silva 22.08.2010

    sigh... quer dizer o Mferrer que quem escrever alguma coisa sobre qq coisa que não seja condenar israel é um sionista abjecto... sigh again.

    já agora, o post é sobre a arábia saudita, não sobre o irão. e, claro, acho bizarro que, num post que louva o princípio do fim da supremacia absoluta dos fundamentalistas wahabitas, ou seja, que mostra que, mesmo a sociedade saudita não é tão monolítica como alguns, islamofóbicos, a pintam, tente pintar  a sociedade israelita, por acaso uma das menos religiosas de acordo com a Gallup, com os tons de uma ultra minoria fundamentalista judaica.

    para o caso de não ter percebido ainda, para mim os fundamentalistas e fundamentalismos de todas as religiões são iguaizinhos. a única diferença é a forma como a sociedade local reage a esss fundamentalismos. e este post pretende mostrar que nem num dos bastiões do fundamentalismo islâmico, sunita neste caso, não shiita como no Irão, a sociedade como um todo aceita os ditames da minoria fanática. penso que o que tenho escrito sobre o Irão mostra claramente que não tenho dúvidas que algo análogo, mas em escala muito maior, se passa no Irão.

    ou seja, não agito, nunca, os vários fundamentalismos como um estigma que aflige toda uma sociedade. ao contrário do que o caro faz com Israel e com a sociedade israelita.
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